quarta-feira, 30 de junho de 2010

Iniciação

Em todas as escolas herméticas, há uma cerimônia com a qual se recebe o candidato, chamada cerimônia de Iniciação. Essa cerimônia, longe de ser compreendida pela maioria dos candidatos, é um ato muito significativo, cuja verdadeira importância está oculta sob a verdadeira aparência do véu exterior. A palavra iniciação, derivada da latina "Initiare" de initium, início ou começo, deriva-se de duas: in, para dentro, e ire, ir, isto é, ir para dentro ou penetrar no interior e começar novo estado de coisas. Mas, quem entra e como se pode entrar no mundo interno? Da etimologia da palavra depreende-se que o significado da Iniciação é o ingresso no mundo interno para começar uma nova vida. A Iniciação maçônica é jóia inestimável na coroa do simbolismo. Na loja, há um quarto de reflexão, símbolo do interior do homem. Todo homem, ao cerrar os sentidos ao mundo externo, acha-se em seu quarto de reflexão, isolado na obscuridade que representa as travas da matéria física que rodeiam a alma até a completa maturação. Esse interior obscuro é o estado de consciência do profano que vive sempre fora do templo no meio das trevas. Desde o momento em que o praticante começa a dirigir a luz do pensamento concentrado para seu mundo interior, a Iluminação principia a invadir seu templo, pouco a pouco, e o domínio de sua mente equivale ao azeite que alimenta a lamparina acesa. Então, o Iniciado é aquele ser que dirige seu pensamento ao mundo interno, mundo do espírito, que o conduz ao conhecimento próprio e ao do Universo, do Corpo e dos Deuses que nele habitam. O Espírito Único e Universal se diversifica em todos os seres que se acham no COSMOS. ESTES DEUSES DO UNIVERSO TÊM SEUS REPRESENTANTES NO CORPO DO HOMEM E ESTES REPRESENTANTES CHAMAM-SE ÁTOMOS. Por isso disse Hermes com razão: "O que está em cima é como o que está embaixo"; e por isso disse Jesus: "O Reino de Deus está dentro de vós"."


Iniciação a nível pessoal é o processo de retorno à origem, à origem espiritual que inclui um conhecimento profundo de si mesmo e um processo de aprimoramento contínuo ! 
Já, a iniciação em determinado culto, é o conhecimento da essência desse culto, dos fundamentos, ritualísticas e vivências; E dentro dos cultos espiritualistas esotéricos a iniciação mais importante é o conhecimento dos fundamentos do rito, e no aspecto mediúnico o médium ou neófito deve buscar encontrar seu mentor espiritual que é a entidade que assiste ao médium, bem como, deve realizar rituais de ligação a esse mentor espiritual e essa ligação é imprescindível porque essa iniciação, como a de outras tradições, visa libertar consciências e esse processo culmina em não oferecer resistência para a manifestação da divindade representada pelo mentor, ou seja, quando incorporamos esses mentores superiores, estamos também incorporando virtudes ou atributos e ficamos aptos a sermos bons veículos e a nos tornamos seres melhorados..


Então, já devem ter notado que existem duas condições essenciais para a consumação da iniciação , a primeira depende da pessoa pois, exige dedicação e estudo e a segunda depende de trazer consigo quando encarnar uma condição espiritual que lhe permita contactar um mentor superior que será responsável por seu despertar . 
No aspecto dos ritos, no Brasil temos a Umbanda como uma tradição esotérica que resgata fundamentos da cultura de todas as raças do globo e dentro desse rito existem algumas variações dependendo na afinidade de cada grupo de modo que praticam também outras iniciações secundárias segundo cada segmento, ou seja, no Omoloko ou Umbandomblé há rituais africanos de iniciação (feituras de cabeça ,bori ,dos cultos aos Orixás); Na Umbanda dita esotérica há rituais Hindus (despertar dos poderes dos chacras da magia Tântrica); Na Umbanda popular há rituais de culto as formas com ritos e fundamentos que se focalizam nas formas místicas de apresentação das entidades (índio, preto-velho, criança) com adição de novas formas de folclore regional: baianos, malandros cariocas, mineiros, nortistas, boiadeiros, marinheiros, Ciganos.... 
Enfim, no espiritualismo atual essa Umbanda pouco conhecida e valorizada pela maioria, é muito importante e é uma colcha de retalhos culturais que resgata todo valor da tradição dos vermelhos da América, do negros africanos, amarelos asiáticos, brancos europeus ... Em uma harmonia ritualística incrível e cabe a buscador da verdade que encontre o rito que mais se afinize...


Caros irmãos,
Muito nos questionam sobre iniciação de Umbanda mas o que podemos revelar servirá como guia para muitos.
Poderíamos explanar bastante sobre o tema mas tornaria o texto pesado e cansativo com pouca absorção final e como o astral vela pela simplicidade queremos que gravem as seguintes diretrizes:


1 - Somente as pessoas que nasceram destinadas a iniciação na Umbanda é que podem alcançar essa meta pois a condição inicial para a iniciação na Umbanda é ter um mestre no astral sendo que seu grau iniciático é relativamente proporcional ao alcance espiritual dessa entidade. ( criança, caboclo ou pai-velho )


2 - Se a pessoa atender a condição inicial deverá realizar o adestramento mediúnico que via de regra deverá ser efetuado por pessoa habilitada, ou seja, você tem que ser filho de santo antes de ser pai, tem que freqüentar um terreiro e aprender no mínimo como invocar o astral da forma correta e conhecer m profundidade o astral ou as entidades que lhe assistem no mediunismo.


3 - Após todas preparações devidas e com o tempo seu mestre espiritual ( entidade ) lhe direcionará para os passos seguintes de sua iniciação que consiste inicialmente em se auto-conhecer e se auto-aperfeiçoar, ou seja, não basta decorar 20 livros que não será iniciado, será sim um bom teórico. 


4 - Outra coisa muitos andam fazendo nome esotérico com formulas a partir da do nome de batismo e dados arqueométricos mas, não pensem que isso é nome iniciático. Nome iniciático é aquele que te vincula ao seu mestre superior do astral e só ele pode te revelar .
Enfim, iniciação na Umbanda é o reencontro com seu mestre espiritual e isso se reflete na prática como virtudes que qualquer um pode notar que são a humildade, a simplicidade, a pureza. O amor e a sabedoria que são inerentes aos grandes espíritos por isso irmão, como já falei, se buscas a iniciação busca primeiro sua reforma interior porque é a base de tudo !


A Iniciação é uma jornada espiritual contínua que requer: uma predisposição cármica, a presença de um Mestre Espiritual e um incansável trabalho de auto-conhecimento, auto-aprendizado e auto-elevação.


Primeiro, devemos esclarecer que Iniciação não é começar, iniciar um processo. Do ponto de vista da Umbanda, Iniciado é aquele que conhece o Início, o Princípio das coisas, ou seja, é capaz de reconhecer acontecimentos em suas causas e origens. Na verdade, em todas as filosofias místicas, o rito de consagração de um Iniciado se dá após um longo período de preparação e não na sua entrada àquele templo que o acolheu.


Infelizmente, alguns cultos já adulterados e muito distanciados da pureza de suas próprias origens, acabam difundindo conceitos falsos, como uma iniciação baseada em rituas esdrúxulos, para qualquer um que queira...e possa pagar...Vende-se a ilusão da aquisição de poderes sobrenaturais e coberturas astrais incomuns de maneira súbita, como em um passe de mágica. Antes fosse assim tão fácil...A propósito, não acreditamos em nada sobrenatural, nós é que não conhecemos mais o que é natural. Estamos, sim, em um estado "sub-natural".


Devemos também salientar que mediunidade não significa o mesmo que Iniciação. Um indivíduo pode ser médium e não ser um Iniciado porque esta condição não está em sua ficha kármica. Por outro lado, pelo menos na Umbanda, todo Iniciado verdadeiro é também médium atuante. Além de trazer de várias vidas passadas a conquista de um grau iniciático, confirma este grau na presente encarnação, e segue seu caminho através do serviço mediúnico, em comunhão com seus Mestres Astralizados.


Outra questão importante é que a manutenção da Tradição entre encarnados exige a transmissão do grau iniciático do Mestre encarnado para o discípulo que traz esta outorga em sua vida. Esta é uma condição sine qua non para que um ser encarnado possa considerar-se Iniciado, no seu grau. A Iniciação depende da vivência em muitas encarnações sucessivas, e a cada uma, o adepto deve reconquistar o grau que já possuía para tentar alcançar um superior.


A verdadeira iniciação é fruto da convivência direta e bipessoal entre Mestre e Discípulo. Por isso, também, não é possível iniciar-se a distância, por correspondência ou algo semelhante. Sabemos que encontrar verdadeiros Mestres Espirituais, com Ordens e Direitos conferidos pelas Confrarias do Astral Superior é algo raríssimo. Mas é da Lei que "Quando o Discípulo está preparado, o Mestre aparece".


Ser Iniciado significa um aumento da responsabilidade perante si mesmo e o seu próximo e quando vencermos as primeiras provas para sair da vida profana, certamente seremos acolhidos por um Mestre de verdade.


Trabalhar com afinco e perseverança, na busca da sua própria melhora e dos que estão à sua volta deve ser o lema daquele que pretende, um dia, candidatar-se à Iniciação de Umbanda. Importante também é buscar desvencilhar-se da vaidade, do orgulho e do egoísmo que todos temos. Reconhecer a si mesmo, aceitar seus limites e suas aptidões com naturalidade é condição básica para iniciar uma melhora verdadeira e profunda. A escada da evolução é infinita e não há como pular nenhum degrau, pois todos são igualmente fundamentais. Diz a Lei que "Assim é, porque sempre foi e sempre será..."
A CONDUTA NO TEMPLO DE UMBANDA 


O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes. 
O Templo de Umbanda é um local sagrado, especialmente preparados para as atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática do bem. Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos. 
Respeito, palavra que muitos bradam quando são contrariados, mas que cai no esquecimento daqueles que muito ofendem. Temos visto, para nossa tristeza, que existem conversas paralelas, mexericos, algazarras, exibicionismos, bajulações etc., esquecendo-se que tais comportamentos atraem e "alimentam" os kiumbas, que, aproveitando-se das vibrações negativas emanadas por estas pessoas, desarmonizam e quebram a esfera fluídica positiva, comprometendo assim os trabalhos assistenciais. 
Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé. 
Temos observado também que alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores (Entidades). Debocham de suas características e duvidam de sua eficiência.
Entretanto, quando passam por uma série de sofrimentos físicos e espirituais, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos de sua indiferença.
 Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso. Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluídos do bem. 
Este procedimento tem como consequência a irmanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade. 
O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um. 
A conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista, para que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante sementes de bondade, amor e proteção. 
A homogeneidade de pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo a concretização de seus desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros numa Casa de Umbanda.


Senhor !
Fazei-me um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio que eu leve o Amor;
Onde houver ofensas que eu leve a Perdão;
Onde houver discórdia que eu leve a União;
Onde houver dúvidas que eu leve a Fé.


Onde houver erros que eu leve a Verdade;
Onde houver desespero que eu leve a Esperança;
Onde houver tristeza que eu leve Alegria;
Onde houver trevas que eu leve a Luz.


Oh Mestre!
Fazei com que eu procure mais
Consolar que ser consolado,
Compreender que ser compreendido,
Amar que ser amado.
Pois é dando, que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a Vida Eterna...
Observações a serem feitas em um Templo De Umbanda

(1°) - Observar, serena e friamente, o ambiente moral e astral do terreiro que freqüenta...
Verificar, de alguma forma, se o médium chefe tem boa conduta, ou seja, se tem moral suficiente para tal encargo...
Veja se ele é dos que alimentam casos amorosos dentro do terreiro, mesmo sendo solteiro ou viúvo, pior ainda se for casado. Caso afirmativo, não se iluda – “quem não tem moral, não tem caboclo, nem preto-velho de verdade”...
Não caia na asneira de deixar que um quiumba, através de “mediunidade” desse tal chefe, possa influenciar seu aura e mesmo ditar preceitos e, sobretudo “por as suas mãos sujas em sua cabeça”...


(2°) - Veja se no terreiro (mesmo que o chefe tenha boa moral com o elemento feminino) ocorre certa ordem de trabalhos pesados, envolvendo oferendas grosseiras, para fins escusos, a poder de dinheiro...
Se isso acontece, tenha cautela! Não bote suas mãos nesse lodo astral, pois isso é uma perigosa armadilha, um jogo duvidoso com as forças negras, que sempre “explodem” pelo retorno, no entrechoque dos apetites desse mesmo astral inferior.
Em suma – se você tem participado dessas coisas a pedido do tal médium-chefe, pode crer que está, também, endividado. Sua parte na “pancadaria” e no “estrondo” final é certa...


(3°) – Veja se no terreiro ocorrem frequentemente mexericos, rivalidades, brigas, desentendimentos entre os médiuns...
Acontece-se muito isso – tenha cuidado! É sinal, inequívoco, de que o ambiente já foi invadido pela quiumbanda solerte, traiçoeira.
Você, assim está-se expondo ao ricochete dos outros; vai receber também a sua parte, dado que Você participa desse mesmo ambiente confuso.


(4°) – Veja se no seu terreiro batem tambores, palmas, “em ritmo de samba”, confusamente, barulhentamente, para excitar, movimentar a “roda dos médiuns”... Porque, assim, tudo vira agitação psíquica, frenesi, e o animismo vão imperar.
Você pode observar: todo mundo gira, grita, pula e se contorce com o “santo”... Imaginário.
E Você, que tem mediunidade mesmo, acaba se deixando envolver na onda desse alarido. Então, Você ou foge ou tende fatalmente atrofiar os seus fluidos de contato, as sua ligações, pois, para caboclo e preto-velho de fato chegar (incorporar), precisa encontrar o médium sereno, equilibrado em seu psiquismo e em sua saúde física propriamente compreendida.
Enfim, Você deve compreender que a mediunidade requer harmonia pessoal e ambiente adequado.


(5°) – Veja se o chefe de seu terreiro é dos que vivem levando a turma às cachoeiras e lá procede a disparatados preceitos, com “lavagens de cabeça” envolvendo sangue, bebidas alcoólicas e outros ingredientes pesados...
Fuja de se submeter a essas coisas, porque o único benefício (ou malefício) que Você pode obter com isso é sujar seu aura; é ficar encharcado de larvas astrais, que vorazmente se grudarão a seu corpo-astral, a fim de sugar suas emoções, provenientes desses elementos usados, e em face disso, caboclo e preto-velho se afastam cada vez mais de Você...
Se duvidar do que estamos dizendo (caso já se tenha submetido a tais preceitos), faça um recolhimento, medite honestamente, conscientemente, sobre suas posteriores condições mediúnicas e na certa (se quer ser leal consigo) chegará à conclusão de que suas incorporações estão muito duvidosas.
Irmão – “não compre nem venda ilusões a Você mesmo”.


(6°) – Então, se Você é um bom médium (que ainda não está viciado), que ainda não caiu no animismo infantil dos terreiros, que ainda não se deixou sugestionar de formas piores ou pela tola vaidade de ser o possuidor do “melhor caboclo, do melhor preto-velho e do exu mais forte, Você precisa saber ou relembrar constantemente, para que possa ir doutrinando seus pares mais atrasados, que existe mesmo grande diferença entre Umbanda e Candomblé ou ritual de nação africana, questão que fazemos empenho em definir tanto por aqui, como eles por lá”.


(7°) – A Umbanda prezado irmão, é uma Corrente formada pelos espíritos de caboclos, preto-velhos, crianças etc...
Nasceu ou foi lançada sobre o Brasil pela necessidade que se impôs, de socorrer essa massa de adeptos dos cultos afro-brasileiros, que vinha e ainda vem sendo arrastada através das práticas do fetichismo africano e do que ainda resta da pajelança de nossos índios, tudo isso se confundindo, hoje em dia, com o que chamam de macumba, candomblé e outras denominações comuns. Mas, no fundo a coisa que está sendo mais praticada mesmo é o chamado catimbó.
É bom, ainda que Você saiba que muitos desses sistemas estão mesclados de sincretismo, isto é, aceitam, dentro de suas crenças e de sua mística, vários “santos” da Igreja Católica Romana e faz festejos nos dias que lhes são consagrados (assim como se eles representassem os orixás)...
Catimbó é um sistema que enfeixa as práticas degeneradas dos africanos e dos nossos índios, onde os espíritos invocados tanto podem ser os encarnados caboclos como outros quaisquer. “Por lá se fala muito em ‘linha da jurema” e tem como base certo rito que faz com que o crente ou iniciando se torne ‘juremado ““...


(8°) – Saiba ainda que ritual de nação (africana), puro, não existe mais e que todos já se mascararam de “umbanda”, pois que foram deturpados há séculos de sua tradição correta, porque, no passado, em nenhum culto africano puro, notadamente no que predominou no Brasil – o ritual nagô ou yoruba – aceitavam eguns, ou seja, todo ou qualquer espírito que já tivesse passado pela vida terrena, sujeito (é claro) às reencarnações...
Ali os eguns eram repelidos. Só aceitavam ou evocavam seus “orixás” que, segundo a própria mística corrente, são espíritos superiores, donos dos elementos da natureza e que jamais passaram pela vida terrena ou encarnaram (todavia, na concepção popular dos africanos, persistem várias lendas sobre orixás, nas quais uns foram reis, outros príncipes da terra; casaram, brigaram, amaram etc.).
A essas coisas, os “tatas e os babalaôs” daqui cantam loas e dizem que são da tradição... Verdadeira.


(9°) – Agora, entenda: - caboclos, preto-velhos, crianças, exus e outros são eguns que já passaram pela vida terrena. Portanto, como se compreende que a tradição africana (do santo) se tenha degenerado tanto, a ponto de ser invadida pelos eguns?


(10°) – Muito simples e já dissemos isso com palavras de sentido mais elevado. Tudo degenerou. Tudo vinha e ainda se vem mantendo num atraso horroroso. Não podia continuar sempre assim.
Foi quando a providência Divina mandou o socorro para essa massa de crentes desses sistemas avariados.
E esse socorro veio pela mediunidade de uns e de outros, com os caboclos, os preto-velhos e outros fazendo surgir a Umbanda dentro desse citado meio, na forma de um movimento novo, para tentar a salvação de seus adeptos dos abismos da magia-negra, grosseira, inferior e até o momento ainda praticada...


(11°) – Então, fica esclarecido agora que o mediunato na Umbanda é poder na luz, é mediunidade na harmonia e na caridade, para combater as forças da sombra, da treva, da ignorância...


(12°) – Caboclos e preto-velhos não aceitam e até abominam, porque combatem, essas práticas de uso comum nos tais terreiros, que envolvem matança de animais, oferendas grosseiras e similares.
“Qual a mentalidade que, tendo uma gota de luz, pode aceitar que lhes ‘façam a cabeça”, botando sangue de animal (também ser vivente) na dita cuja, debaixo da agonia do mesmo, na tola pretensão de firmar um “orixá”?
Só se for um desses orixás do panteão dos deuses da mitologia africana (de sentido puramente imaginário), porque, os espíritos da Corrente Astral de Umbanda jamais se prestarão a isso; repugnam-lhes até essas práticas nefandas, negras... Que corroem a tela fluídica que reveste o corpo-astral ou perispirito de uma criatura-médium.
Observação especial: Tenha, sobretudo cuidado se o chefe do terreiro que Você freqüenta é “babá-mulher” (queremos lembrar, mais uma vez, que não estamos fazendo aqui, e em outros tópicos, referência direta às genuínas médiuns da Corrente de Umbanda. Estamos diretamente batendo na tecla que incide sobre “a mulher babá dos candomblés e das quimbandas, dos catimbós e outras misturas indefiníveis já existentes em quantidade”.).


Você deve verificar também se ela está dentro dos itens citados e ainda precisa ter em alta conta o seguinte: - em nenhuma religião do mundo, sistema de iniciação ou escola esotérica ou mesmo na mais simples das seitas que possam existir, a mulher participa na função, ou com o direito ou a outorga de consagrar, sagrar, sacramentar, batizar, preparar, iniciarem varões (homens).
Nem nos antigos cultos africanos (puros) dentro de seus legítimos rituais de nação, a mulher teve esse direito, esse comando vibratório, isto é, jamais na verdadeira tradição desses sistemas existiu mulher ou “yalorixá” com o bastão de comando masculino.
“Yalorixá pode ser sacerdotisa na função auxiliar, como sacerdotisas ou iniciadas existem em todos os sistemas citados, mas nunca – repetimos – lhes foi dada à outorga, a Ordem de sagrar ou fazer a iniciação de varões”...
E a veracidade do que estamos afirmando, você médium umbandista – poderá encontrar, se informando. Basta que olhe para a hierarquia religiosa da Igreja católica Romana...
Você já viu, por acaso, nas igrejas, a mulher (freira, irmã, macé etc.) oficiar missa? Batizar alguém? Casar alguém? Ordenar padres e outros?


Quem é o papa, o cardeal, o bispo, o frade, o padre? Homem ou mulher?
Você já viu no seio da comunidade protestante, a mulher ser ordenada pastor?
Então Você deve se convencer de que, desde o princípio do mundo, sempre quem trouxe o direito, a Ordem ou o Comando Vibratório para ordenar foi o homem...
É, porque sempre foi, a ordem natural das coisas Divinas mágicas, espirituais, que no fundo, foi uma imposição da própria lei cármica, de vez que o Arcano que podia revelar esse mistério permanece indevassável, pois até Moisés, esse grande mago de todos os tempos, temeu levantar um pouco o seu véu, e assim simbolizou quando, no seu Gênese, disse que a mulher, tendo desrespeitado a ordem divina, deu de comer ao homem o fruto proibido (ou seja, antecipou por conta própria dentro de seu livre-arbítrio, o segredo do sexo).


O Arcano “diz” que foi nela, dada sua natureza sensitiva mais aguçada, que se complementou mais depressa o plexo sacro (chacra muladhara) – enquanto o do homem estava sendo submetido aos últimos retoques, pelos citados técnicos astrais, e por isso é que houve esse tal paraíso, isto é, uma pausa, um cancelamento nos meios de reprodução da espécie, ou, para sermos mais claro: foi reconhecido pelas Hierarquias responsáveis, ou pelos técnicos astrais, que a raça pré-adâmica vinha com certos defeitos de ordem genética, assim, urgia corrigi-los na outra raça já em formação.
Os órgãos genitais, nessa raça, ainda não haviam atingido as necessárias condições calculadas. Com a citada precipitação de Eva – a mulher – houve certos desvios de ordem genética ou técnica e um conseqüente retardamento, o qual foi quase que totalmente sanado depois de algumas providências.
A conseqüência desse desvio (quando não se enquadra nos casos de viciosidade ou tramas morais-sexuais) ou desse retardamento, ainda pode ser identificada hoje em dia, nos puros casos de hermafroditismo, dentro dos quais muitos e muitos espíritos ainda não atingiram o perfeito equilíbrio técnico vibratório de sua linha de masculinidade ou de feminilidade.
Porque o paraíso, segundo o conceito interno do Arcano, foi uma espécie de parada obrigatória na função sexual dessa raça, conseguida pelos técnicos astrais, cujas linhas de força ou de energia tinham que passar por uma eletro magnetização especial, para dinamizar a estrutura íntima dos elementos chamados cromossomos pela ciência, de vez que não atingira ainda o protótipo idealizado pelas Hierarquias, ou seja, o padrão para as raças subseqüentes.
Quando Eva – a mulher – precipitou o ato carnal, pelo desejo que nela refloriu mais rapidamente, sofreu em sua natureza fecundante o impacto do elemento viril masculino, ainda não complementado, causando-lhe, portanto, perturbações...
Eis por que o hemafriditismo se verifica de um lado e de outro. Mas a coisa é tão lógica que, quando a ciência interfere, consegue corrigir e ressaltar a parte original, ou seja, a verdadeira linha afim do ser espiritual.


E foi por isso, e porque foi prevista a conseqüência dessa infração, ou dessa precipitação, de Eva – a mulher – que segundo Moisés, o Senhor Deus, através do alto Mensageiro, exprobrou o homem e condenou a mulher da forma que definiu em seu Gênese – Cap. 3, Vers. Dois:
“Perguntou-lhe Deus (ao homem): “Quem te fez saber que estavas nu”? Comeste do fruto da árvore que te ordenei que não comesses? Então disse o homem: a mulher que me deste por esposa, ela me deu do fruto da árvore e eu comi.”.
Logo em Gênese – Cap. 3 – Vers. 13 Moisés assim continuou: “Disse o Senhor Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A Serpente me enganou e eu comi.”.
Então veio a condenação (o que já definimos como a citada restrição cármica) que se vê em Gênese – cap. 3 – Vers. 16 e 17: “É à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos de tua gravidez; em meio de dores darás á luz filhos; o teu desejo será para teu marido e ele te governará.”.


“E a adão disse: visto que atendeste à voz de tua mulher, e comeste do fruto da árvore que te ordenara não comesses maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.”
E por alcançar perfeitamente o mistério desse Arcano que agora levantamos também Paulo – o apóstolo iniciado – já severamente doutrinava em sua Epístola ao Efésios que “As mulheres sejam submissas as seus próprios maridos como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, sendo esse mesmo salvador do corpo.”.
E é por isso, ou algo relacionado com esse arcano, que nenhuma Escola de Iniciação do Mundo se atreveu até agora a inverter essa ordem natural... ou essa injunção da própria Lei Cármica...


E então? Por que Você permite (ou vai aceitar de agora por diante) que a mulher seja “babá” ou lá o que for, e assuma sobre sua cabeça, ou sobre seu aura, seu corpo astral ou sua tela perispirítica, os direitos de um Comando Vibratório, se a sua própria natureza feminina foi impedida de executar essas coisas?
Você não sabe que a mulher (especialmente para efeitos de ordem mágica ou de magia) é a parte negativa, úmida, passiva, esquerda, lunar?
Você não sabe que a mulher não tem a próstata (uma glândula seminal, própria do sexo masculino), de poder criador e de função indispensável no Kundalini (o fogo serpentino dos hindus, ou seja, a energia sexual criadora que fecunda a matriz ou o seio, o mesmo que os órgãos de fecundação da mulher?).
Você não sabe que esse Kundalini, ou seja, a energia sexual é o elemento que sobe para suprir as células cerebrais, através de seus neurônios sensitivos, quando o homem concentra ou desprende energia mental?


Você não sabe que, se a mulher concentrar também, desprende energia mental e essa vai toda impregnada da qualidade de sua natureza sexual passiva, sujeita às influências de seu catamênio (regras), por força das quatro fases da Lua a que ela está sujeita?
Então, você deve ficar sabendo que isso, em questões de magia, é fundamental! E que você não pode nem deve receber essa impregnação vibratória sobre sua natureza de elemento masculino, positivo, direito, mormente sobre seu plexo ou chacra coronal (é quando a ignorância ou a insensatez do pessoal do candomblé e outros atinge as raias do absurdo, pois justamente na cabeça, na zona correspondente ao citado plexo, é que raspam e botam sangue animal. Ora, ali, por dentro do crânio, está situado a chamada glândula pineal, considerada a antena da mediunidade. Já imaginou as conseqüências disso?).
Basta que a mulher esteja de três a sete dias antes de sua fase mensal para que se altere bastante a função receptora e transmissora desse chacra ou plexo...
Poderá Você, lendo isso, retrucar que... “Não é tanto assim”, visto a Umbanda estar cheia de “babás-mulheres” com seus lindos terreiros e sua exuberante filharada, inclusive homens, e que todos se submetem a tudo que elas fazem etc. etc.?
Ora, caro Irmão, há muito cego ai... pobres irmãos de crença que não lêem, e que se transformam, por isso mesmo, em “maria-vai-com-as-outras”... Fazem sempre o que lhes mandam fazer, vêem o que querem que vejam e ainda ficam felicíssimos somente porque a sua “babá” (ou babá-homem) lhes garantiu (sugestionando-os) possuírem lindos caboclos na cabeça e que devem ser confirmados... Porque tudo vai ficar muito formoso para eles...
Bem, Você não vai querer comparar-se a um desses, vai? Você não vai querer ficar na eterna cegueira, não procurando saber nada, não estudando nada, não indagando nada, para fazer só o que lhes mandam, aceitando tudo, vai?


Por 
W W da Matta e Silva.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mais um Pai Nosso

Pai Nosso

Será inútil dizer "Pai Nosso" 
se em minha vida não tomo atitudes como filho de Deus, fechando meu coração ao amor. 


Será inútil dizer "que estais nos céus" 

se os meus valores são representados pelos bens da terra. 


Será inútil dizer "santificado seja o vosso nome" 

se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo. 


Será inútil dizer "venha a nós o vosso reino" 

se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades. 


Será inútil dizer "seja feita a vossa vontade aqui na terra como no céu" 

se no fundo desejo mesmo é que todos os meus desejos se realizem. 


Será inútil dizer "o pão nosso de cada dia nos daí hoje" 

se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome. 


Será inútil dizer "perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido" 

se não me importo em ferir, injustiçar oprimir e magoar aos que atravessam o meu caminho. 


Será inútil dizer "e não nos deixais cair em tentação" 

se escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho de Deus. 


Será inútil dizer "livrai-nos do mal" 

se por minha própria vontade procuro os prazeres materiais, e se tudo o que é proibido me seduz. 


Será inútil dizer "Amém" 

porque sabendo que sou assim, continuo me omitindo e nada faço para me modificar.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O DESPERTAR DE UM AMANHECER


SENTIMOS NO TOQUE DA BRISA QUE SUTILMENTE ASSOPRA O HÁLITO DA SABEDORIA,
 TOCAR OS CORAÇÕES DOS FILHOS DE FÉ DE UM VERDADEIRO CABOCLO,
 “PAI-VÉIO” E CRIANÇA.

ESTE TOQUE, FILHOS, É O TOQUE DA SENHORA DOS SETE VÉUS, A SENHORA DA SABEDORIA,
A SENHORA DO PODER ESPIRITUAL E ATEMPORAL, SENHORA DO AMOR,
A MÃE QUE CARREGOU NOSSO AMADO E RESPEITOSO OXALÁ (JESUS CRISTO) NOS BRAÇOS,
  A MESMA QUE TE CARREGA FILHO MEU,
NOS DIAS DE HOJE DE SUA CAMINHADA AQUI NO PLANO DA FORMA,
MESMO SEM VOCÊ TER ESTA PERCEPÇÃO
( É A UMBANDA).

ESTA SENHORA, QUE É DONA DAS SETE ARIANDAS, NOS DIZ QUE  A
REALIDADE QUE VISITA OS TERREIROS NA ATUALIDADE DE HOJE,
FILHOS MEUS, É A VOZ DO CHAMAMENTO.

ESTE CHAMAMENTO ESTE AFETO PARA AQUELES QUE JÁ CONSEGUEM
DIRECIONAR AS PONTAS DE SUAS BARCAS, MESMO DIANTE DE UMA
FORTE MARÉ, PARA OS CAMINHOS QUE NOS LEVAM PARA A VERDADE UNA,
A VERDADE DA DEIDADE (DEUS), VIVENCIANDO O APRENDIZADO DA
 ESPIRITUALIDADE QUE  VISITAMOS A CADA ESCADA DA EVOLUÇAO.

TENHA BRAÇOS FIRMES, MEUS FILHOS, TENHA BRAÇOS FIRMES ...
NÃO IMPORTA A INTENSIDADE DA FORÇA DE CADA MARÉ QUE BATE NA
 SUA BARCA, MAS CREIA MEUS FILHOS, NENHUMA PROVA É MAIS,
OU MENOS, DOLOROSA DIANTE DAQUILO QUE VOCÊ JÁ ESTEJA
PRONTO PARA APRENDER.

O SOFRIMENTO BURILA, A PROVA RECICLA, ENSINA E AMADURECE,
 O DISCERNIMENTO COM O APRENDIZADO ENCAMINHA.
           
SALVE YOMÁ . . .
SALVE YORIMÁ QUE ME ORDENA  . . .

***VELHO BENEDITO***



O chinês Lailai



Um certo dia, um chinês chamado Lailai resolveu dedicar a sua vida à meditação. Decidiu que iria para um mosteiro no alto de uma grande montanha, com objetivo de encontrar a iluminação.


Viajou muitos dias e ao chegar em frente ao portão principal do mosteiro encontrou aquele que seria o seu Mestre.


Lailai foi recebido com muito amor pelos monges que há muitos anos viviam por lá. E dizia a todos:


- Vim para buscar minha iluminação.


Passados alguns anos, o monge Lailai começou a ficar descontente com a sua situação, pois não conseguia encontrar o caminho da luz.


Procurou o mestre, e disse-lhe:


- Amado Mestre, me ensinastes muitas coisas belas e importantes nesta minha caminhada, mas ainda não consegui alcançar a iluminação em minha vida. Quero desistir da vida de monge e voltar para a minha aldeia.


E o Mestre respondeu:


- Tudo bem Lailai. Já que você está desistindo desta vida de meditação, quero lhe acompanhar na descida da montanha. Amanhã, às 4 horas da manhã, estarei lhe esperando no portão principal do mosteiro.


No horário marcado, Lailai encontrou o seu Mestre. Ao sair do mosteiro o Mestre perguntou ao Lailai:


- Querido filho, o que estás vendo neste momento?


Respondeu Lailai.


- Mestre vejo o orvalho da madrugada, o cheiro das flores, o céu estrelado e uma lua maravilhosa. Continuaram descendo a montanha. Passada uma hora de caminhada, o Mestre pergunta:


- E nesta parte da montanha, o que está vendo?


Respondeu Lailai.


- Vejo os primeiros raios de sol, escuto o canto dos pássaros e sinto a doce brisa da manhã penetrando em todo o meu ser.


E assim continuavam a descer a grande montanha. Passado algumas horas, o Mestre voltou com a mesma pergunta e Lailai assim respondeu:


- Mestre, neste trecho da montanha sinto o calor do sol, o som do riacho, o orvalho evaporando e os animais silvestres em harmonia com toda a natureza.


Seguiram a caminhada. Chegaram ao pé da montanha ao meio dia. E mais uma vez, o Mestre fez a mesma pergunta e teve como resposta:


- Mestre, vejo como a montanha é bela, as árvores da floresta, o riacho doce que circunda o vale, o camponês cuidando da plantação de arroz. Vejo também mestre, uma criança feliz brincando com os seus amigos.


Então, o Mestre lhe falou:


- Agora você já poderá voltar para o mosteiro.


Espantado, Lailai perguntou qual seria a razão da volta ao mosteiro.


Respondeu o Mestre:


- Porque você já encontrou a Iluminação.


- Como Mestre?


- Muito simples. Em cada etapa da descida da montanha você percebeu a importância de cada detalhe da natureza, compreendendo os seus sons, seus cheiros, suas imagens, as suas cores e suas vidas. Assim é que devemos ver e interpretar esta longa caminha. A isto tudo, nós chamados de iluminação.


A cada degrau da vida veja a beleza que ela nos oferece.

Ensinos de Pretos Velhos


Ensinos de Pretos Velhos
Por Fátima Damas(*)
Recordo-me que numa noite fomos à Tenda Espírita do Pai Jerônimo, localizada na rua Barão de Ubá, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, isso lá pelo início dos anos 70.
Em lá chegando, de forma anônima, pela primeira vez, eu e meu marido fomos levados a uma fila de consultas para uma Preta Velha a fim de que recebêssemos passes.
Essa Preta Velha começou a falar o que para mim pareciam ser "abobrinhas", deixando-me muito chateada. Tomada por esse sentimento diante da humilde servidora espiritual, naquele momento comecei a sentir vibrações. Visto isso, a Velha indagou-me se eu trabalhava em algum Centro. Respondi que não.
Resolvi sair dali e dirigi-me ao quintal da Casa, sendo seguida de Pai Jerônimo que me pedia para que eu não impedisse a incorporação. Eu transpirava muito, relutando e dizendo não, não, não ... Eu desejava sair dali, rapidamente.
O dirigente então pegou em minha mão e nesse instante Vovó Maria Conga, como que ignorando meu desejo de não "recebê-la" , chegou bastante aborrecida em razão de minha atitude inadequada para com aquela Preta Velha das "abobrinhas".
Vovó Maria Conga entrou pelo Terreiro e foi até o Congá. Cumprimentou o zelador que lhe perguntou se ela queria trabalhar ali. Vovó respondeu-lhe agradecendo seu convite, mas declinou dizendo que já possuía o seu cantinho. Indo à frente do Congá, despediu-se e foi embora, deixando-me com fortes dores no corpo que me faziam gritar.
Pai Jerônimo, compadecido de meu estado, tentava de todas as maneiras retirar a vibração de cima de mim, mas suas tentativas não tiveram êxito. Voltei a casa desesperada de dores físicas e contrariada com tudo que acontecera. Lá chegando, ela incorporou mais uma vez e novamente muito zangada. Ela falou ao Carlos, meu esposo: " não foi aquilo que eu mandei ela fazer!", " ela não deve testar entidade alguma!", " da próxima vez, se ela tentar repetir aquela atitude, eu a colocarei numa cama de hospital para que aprenda a respeitar qualquer entidade e qualquer Tenda que ela vá!". Essa foi a primeira e a última vez que eu desobedeci a suas ordens. Após isso passei a ter mais respeito e a sentir mais carinho por ela.
Em verdade a ida à Tenda do Pai Jerônimo era o cumprimento de uma ordem que eu recebera de Vovó Maria Conga, de "correr gira" para encontrar um local para que ela pudesse trabalhar. Entretanto, eu desconsiderei as recomendações que ela me dera, as quais representavam o método a ser empregado nesse processo de busca: ouvir, ver e não criticar nada!
Tive a segunda lição, que tento expor em minha singela homenagem aos Pretos Velhos, numa madrugada chuvosa e bem fria - duas horas da manhã!.
Forçados pela ordem de Vovó Maria Conga, como disse acima, de visitar possíveis Terreiros onde ela pudesse trabalhar, estávamos eu e marido, acompanhados de um casal amigo Athayde e Cléa, novamente " em campo".
Athayde lembrou da existência de um Terreiro antigo. Este ficava numa rua totalmente deserta e íngreme, de acesso muito difícil, obrigando-nos a segurar nos montes de capim para não cairmos. Até o som dos atabaques que nos facilitaria identificar sua localização não era ouvido por nós. Finalmente olhei e vi um Terreiro grande, de edificação antiga e mal iluminada.
Lá dentro encontramos duas moças sentadas num banco comprido e ao lado do Congá estava um Preto Velho dando uma consulta à outra moça igualmente.
Olhando tudo a nossa volta, percebi que o local não contava nem mesmo com a assistência valiosa de um cambono.
O médium - um negro idoso - vestia o uniforme da Umbanda, uma vestimenta simples e bem surrada, junto com seu chapéu de palha bem castigado pelo tempo. Tudo espelhava humildade: o médium, o uniforme, o chapéu, a rua e a Tenda.
Fui então pedir a bênção desse servidor. Quando curvei-me, senti que a chuva, escapando pelas goteiras da Casa, molhava minhas costas. Nesse momento, que não me sai da mente até hoje, notei que o Velho estava todo molhado. A cena doeu-me na alma e disse ao Preto Velho: " Vovô, o senhor me permite colocar o seu banquinho em outro local que não tenha goteiras?" Ele respondeu: " Filha, olhe para cima e você verá que não há nenhum local onde a chuva não possa penetrar. Tanto faz ficar aqui onde estou ou ir para outro lugar onde você tenha vontade de me colocar - será a mesma coisa!".
Seguindo a sugestão do Preto Velho olhei para cima e vi que o telhado era uma grande peneira!
Calei-me e minhas lágrimas, oriundas do exemplo de abnegação e modéstia do Velho, se misturaram à água da chuva que caía.
Ao fitar-me, falou o Velho: " Não fique assim não minha filha. O teu coração é muito grande, mas nós só podemos fazer aquilo que está ao nosso alcance. O que está passando pela sua cabeça, eu sei que você não pode realizar. A sua visita à essa hora da noite, com chuva e frio, já me mostrou o amor que você tem pela Umbanda e o que eu posso fazer por você, é pedir ao nosso Pai Oxalá que te abençoe, dando a você saúde e força para que você continue na sua busca a fim de cumprir a missão que a minha mana colocou em suas mãos".
Fiquei surpresa, pois eu não fizera nenhum comentário sobre o que a Maria Conga me mandara fazer, sobre a necessidade de "correr gira".
Eu agradeci a entidade por tudo que nos desejou e saímos para a continuação de nossa "busca".
No carro eu não conseguia conter o choro de gratidão a Deus por ter-me apresentado aquele Preto Velho, anônimo, de "uniforme surrado", chapéu de palha gasto, chamado Pai Joaquim das Almas. O Velho me deu uma lição de sabedoria, amor, fé, caridade, e muita, muita humildade.
Com a cena na mente, de tudo que se passou comigo, cheguei a seguinte conclusão: Para se praticar a caridade, só precisamos de amor, boa vontade e uma verdadeira Entidade. Não precisamos de Terreiros cheios, grandes, bem edificados, nem de muitos aparatos.
Ali naquele Terreiro, sem um número significativo de médiuns e de consulentes e sem estrutura material, tive a lição fundamental para a prática na vida espiritual - a humildade -, tive a base que me nortearia no meu relacionamento com as Entidades e com os irmãos de crença e o ímpeto de estudar e pesquisar a fim de saber o que eu estava fazendo dentro da Umbanda.
Do contato com o Preto Velho, afastado dos olhos das platéias numerosas e da pompa enganadora, saí impregnada do sentimento revelado nas máximas do inesquecívelCaboclo das Sete Encruzilhadas: " Umbanda é a manifestação do Espírito para a prática da Caridade", " Não cobrar, não matar, vestir o branco, evangelizar e utilizar as forças da natureza".
(*) Fátima Damas é Diretora Executiva da CEUB - Congregação Espírita Umbandista do Brasil, que tem a sua sede no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 26 de abril de 2010


Umbanda quem sois?

Sou a Mãe que o Pai enviou para que seus filhos o reencontre novamente.
Sou a Mãe que mostra o Caminho, cujos espinhos que encontrares em tua jornada serão somente teus e se me ouvires poderá curá-los sem dor.

E tua jornada para reencontrar a casa de teu Pai.

Será acalentada por teus irmãos que estarão incansavelmente a te orientar porém, para ouví-los, teu coração terá que ser doce como o pólen da flor que é apanhado pela abelha para transformá-lo em mel que é seu alimento e que alimenta a ti meu filho. Enquanto a abelha voa longe transformando o jardim e voltando para casa, você terá que transformar tua alma, alimentando-a de AMOR e ESPALHANDO este amor transformando o jardim da TUA MORADA.
Hoje TE ENCONTRAS num envólucro que te permite de APRENDER.
Não desperdice a oportunidade que conquistastes ATRAVÉS DOS TEMPOS. Pois o tempo MEU FILHO É SOMENTE UM ESPAÇO que você mesmo constrói. E este espaço SERÁ sempre a TUA IDENTIDADE.
Filho escuta TEU CORAÇÃO, pois é somente ele que CONHECE o caminho de volta para a CASA DO PAI. Se escutá-lo estarás sempre guarnecido e os espinhos que encontrares irão se transformar em flores que perfumarão tua caminhada.

Tenha sempre AMOR e coragem.


Conversando com o Mestre Aramirim/no salão

Discípulo: Aranauam, Mestre. Sua benção. Aqui estou eu de novo para fazer novas perguntas e receber seus ensinamentos, que sem dúvidas, os colocarei em prática
Mestre: Aranauam. Espero corresponder as suas expectativas e não decepcioná-lo.
Meu filho, é preciso deixar bem claro que o que lhe passo é sempre como um monitor, pois os Instrutores são outros, que gostaria de citar alguns como exemplos: André Luiz, Emmanuel, Néio Lucius, Sheila, Ismália, Allan Kardec, Chico Xavier, Ramatis, Mahatma Gandhi, Dr e Mestre Philippe de Lyon, Dr. Jorge Adoum (Mago Jefa), Mabel Collins, Paul Bruton, Yogue Ramacháraca, , Thich Nhat Hanh, Dalai Lama, Dion Fortune, Annie Besant, Trigueirinho, Krishnamurti, Hoberto Rohden. No campo da Umbanda Esotérica: Dimantino F. Trindade (Hanamatan) , F. Rivas Neto (Arapiagha), Ivan H. Costa (Itaoman).
Na área do Movimento Umbandista Brasileiro, merecem todo meu carinho e admiração Zélio Fernandino de Moraes, Benjamin Figueiredo, Leal de Souza e muitos irmãos que semeiam o Evangelho de Jesus ao vivo em seus terreiros.
No campo do Esoterismo de Umbanda sem dúvida alguma, o Eminente W. W. da Matta e Silva (Grão Mestre Yapacani) e seu Guia Pai Guiné foram importantíssimos para mim. Muitos Espíritos me esclareceram bastante e todos, com sua extrema humildade, se apresentam como: Mãe Catarina, Mãe Firmina, Pai Pedro, Pai Antônio de Angola, Pai José da Costa da África, Pai Manoel de Aruanda, Mãe Maria Conga, Pai Chico Preto, Pai Arruda, Pai Caminheiro, Pai Antônio das Ondas Claras, Caboclo Maranhão, Caboclo Zé da Montanha, Pai Benedito, Pai Joaquim, Pai Arruda, Caboclo Beira Azul, Caboclo Serra Negra, Caboclo Pedra Preta e outros. Os meninos de Yori e os Senhores Exus de lei.
Não posso me esquecer de dois guias sendo um irmão e uma irmã da área kardecista: Luiz Roberto e Lúcia.
Veja que o que lhe passo quase nada tem de mim mesmo a não ser mais cinqüenta anos de trabalhos espiritualistas na prática, trabalhos mediúnicos, muito estudo e dedicação.
Mas vamos as suas perguntas de hoje.
Discípulo: Acho muito interessante é que realmente o senhor não é vaidoso e não me lembro de ter ouvido o senhor dizer meu guia, meu preto velho, meu caboclo, meu exu e muito menos eu fiz, eu faço e eu farei. É uma lástima saber que a maioria dos médiuns não agem assim.

Discípulo: Mestre, por favor me diga mais sobre a Lei do Karma.
Mestre: Uma definição muito boa é a que Pai da Matta e Silva gostava de nos citar dentro de extrema sabedoria do espírito de Ramatis: “ Toda plantação é voluntária mas toda colheita é obrigatória.” Isto aponta a grande verdade que toda ação tem sua reação correspondente.
Dalai certa vez disse: “ Não importa se as pessoas acreditam ou não na Lei do Karma. Ele existe independentemente da vontade de muita gente neste mundo ocidental, principalmente, e cobra mesmo. Mais cedo ou mais tarde, mais hoje ou mais amanhã.”

Discípulo: É possível o cidadão comum fazer uma análise correta sobre nós, os umbandistas?
Mestre: Certa vez uma Entidade do Astral Superior nos disse que a maior dificuldade para se fazer uma análise rigorosa sobre o que somos e quem somos está numa terrível resistência que portamos, devido aos nossos apegos exagerados as coisas, as pessoas e ao prazeres do mundo material e, assim, nem sempre podemos ser exemplos vivos daquilo que pregamos oralmente dentro do terreiro e até fora dele. O que nos rege muitas vezes é: “Façam o que mando mas não façam o que eu faço”.
Existem também os que juram de boca para fora pois lá no seu mundo interior, no seu espírito, é muito comum a preferência de ficarmos mesmo da maneira que somos, de preferência idolatrando nosso Eu, aplaudindo nosso câncer da alma – o Egoísmo.
Não existem os chamados milagres na Umbanda real. As mudanças diárias são necessárias e sempre para melhor, em nossas vidas, isso no campo mental, astral (sentimental) e físico. Elas devem começar, a todo momento, em todos os minutos.
Nós temos um inimigo que mora dentro da gente, comum, feroz, implacável contra qualquer melhoria de nosso espírito, é o nosso famigerado inimigo de Deus e do amor ao próximo, o Egoísmo, o pai da vaidade e do orgulho, da maldade, da indiferença, da ambição tresloucada, do ódio, da mágoa, do rancor e dos vícios. É um amante do dinheiro e do sexo desvairado.
Aquele que vem aos nossos terreiros, ouve e presta atenção nas mensagens e guarda as mesmas no fundo do coração conseguem mudar bastante . Ao fazer isso entra em sintonia fina com o Espiritual e a Lei do semelhante atrai semelhante consegue ajudá-lo e aí por efeito do equilíbrio nos três planos: mental, astral e físico vem as graças, as curas e aberturas de caminhos.
A verdadeira Umbanda não fica pregando e mostrando só formas para provar “incorporações”. Então em vários terreiros vemos médiuns sugestionados, anímicos, querendo provar que estão incorporados. É bebida prá lá e prá cá. Espíritos que comem coisas materiais para provar que são exus e têm forças. Tem até “pretos velhos” que só faltam almoçar ou jantar. A maior difamação está nas Pomba Giras. Existem coisas que é preferível nem comentar. O que médiuns homens fazem dizendo-se incorporados por elas é de arrepiar. Se fosse assim então toda médium mulher que recebe caboclo teria que virar “mulher macho”.
Jesus foi claro e preciso: “ O homem não pode servir a dois senhores, a Deus e Manon....” E como tem gente que faz isto diariamente dando mal exemplo na rua, no mundo, lá fora e leva suas deformidades para o terreiro.

Rogo a Cristo Jesus que lhe abençoe e também as “suas” Entidades Espirituais, pois você mesmo jovem como é tornou-se logo um exemplo a ser seguido, até por mim mesmo. Obrigado por você existir em minha vida. Aranaum! Pai Orixalá o abençoe agora e sempre.

Discípulo: Muito obrigado mesmo por tudo. Estou tentando seguir os passos das pessoas honestas, dignas e honradas e que só servem a um senhor que é Jesus Cristo. Sua benção e muito obrigado, digo eu, de tê-lo como instrutor que é e não um só um monitor com diz. Sua benção.


“Conta uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto. Num determinado ponto da viagem eles discutiram. O ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia: “Hoje, meu melhor amigo me bateu no rosto”.

Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra: “Hoje, meu melhor amigo me salvou a vida”.

Intrigado, o amigo perguntou: “Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?”

Sorrindo, o outro amigo respondeu: “Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarreguem de apagar. Porém, quando nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração onde vento nenhum do mundo poderá apagar!”



Teto extraido do blog Aba Tinga

terça-feira, 6 de abril de 2010

O Poder do Pensamento


Denomina-se fluidos as emanações energéticas trabalhadas em um processo orgânico ou perispiritual. São energias, que recebem essa denominação especial, como por exemplo o "fluido vital", que também poderia ser denominado "energia vital. São mais próximos a matéria palpável.
Energias:
São as emanações não materiais, no campo vibratório, derivadas de atividades do pensamento ou de fenômenos vibratórios inerentes a estrutura da matéria e suas propriedades (ex.: luz solar, pensamentos, etc.)
"Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).
Allan Kardec  , em A Gênese, cap.XIV, item 15, esclarece este mecanismo da influênciação de desencarnado para encarnado : Sendo os fluidos o veículo do pensamento ,este atua sobre os fluidos como o som sobre a ar; eles nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som... Pode-se pois dizer, sem receio de errar, que há, nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confudirem, como há no ar ondas e raios sonoros.
Há mais: criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. Tenha um homem, por exemplo a idéia de matar outro ,embora o corpo material se lhe conserve impassível,seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último, executa fluidificamente o gesto, o ato que intentou praticar...


Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais, modificando suas características básicas.
Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência. Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.


O cérebro é como um aparelho emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo energético do campo espiritual. A vibração é um movimento de vaivém, chama-se movimento vibratório. Sintonia é a identidade ou harmonia vibratória, isto é, o grau de semelhança das emissões ou radiações mentais de dois ou mais espíritos, encarnados ou desencarnados, ou seja, afinidade moral.
Sabemos que o pensamento é um fluxo fluídico, é matéria sutil do corpo espiritual, logo é concreto e, às vezes muito visível, podendo perdurar longamente em dadas circunstâncias. Portanto o padrão vibratório é uma maneira de definir o padrão moral do espírito. Atraímos as mentes que possuem o mesmo padrão vibratório nosso, que estão no mesmo nível moral.
A comunicação interespiritual é controlada pelo grau de sintonia, a qual a seu turno, decorre da afinidade moral. Temos, por isso, a companhia espiritual que desejamos mediante o nosso comportamento, sentimentos, pensamentos e aspirações. Estão ao nosso redor aqueles que sintonizam conosco ou têm contas a ajustar.
          OS PENSAMENTOS SÃO COISAS VIVAS

Os pensamentos são coisas vivas. Um pensamento é tão sólido quanto a pedra. Podemos deixar de existir, mas os nossos pensamentos nunca morrem.
Cada mudança de pensamento é acompanhada pela vibração da matéria (mental). O pensamento, para funcionar como força, necessita de uma espécie de matéria sutil.
Quanto mais forte for o pensamento, mais rapidamente ele frutifica. O pensamento é focalizado e isso lhe dá determinada direção e, na proporção em que for focalizado e dirigido, estará o efeito que pretende alcançar.
       OS PENSAMENTOS SÃO FORÇAS MAIS SUTIS

O pensamento é uma força refinada. Esta nos é fornecida por alimentos (a matéria prima, o combustível do pensamento é o alimento; por isso, pensamos de acordo com o que comemos).
Quando o alimento é puro o pensamento também será puro. Quem tem pensamentos puros fala com grande pujança e produz profunda impressão nas mentes dos que ouvem suas palavras. Influencia milhares de pessoas através de seus pensamentos puros.
Um pensamento puro é mais afiado do que a lâmina de uma navalha. Cultive sempre pensamentos puros e sublimes. O cultivo do pensamento é uma ciência exata.
      OS PENSAMENTOS SÃO MENSAGENS RADIOFÔNICAS

Aqueles que alimentam pensamentos de ódio, inveja, vingança e maldade são, realmente, pessoas muito perigosas. Causam inquietação e má vontade entre os homens. Seus pensamentos e sentimentos são, como as mensagens radiofônicas, transmitidos através do éter e captados por indivíduos cuja mente é receptiva a tais vibrações.
A velocidade com que se move o pensamento é incomensurável. Os que cultivam pensamentos sublimes ou piedosos ajudam outros que estejam perto ou longe.
     OS PENSAMENTOS SÃO FORÇAS EXTRAORDINÁRIAS

O pensamento possui um poder incrível. Pode curar moléstias. Pode transformar a mentalidade das pessoas. Pode fazer qualquer coisa, até milagres. A velocidade do pensamento é incalculável.
O pensamento é uma força dinâmica. É causado pelas vibrações do Prana psíquico, ou Sukshma Prana, na substância mental. É uma força como a gravitação, coesão e repulsão. O pensamento viaja ou se move.

AUTO - DEMANDA

Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos

Passando pelo blog Umbanda Online achei um texto muito interessante com o nome de "Doutrina da Demanda", eu gosto de chamar de demandar contra si mesmo, ás vezes ficamos preocupados de recebermos demandas, mas afirmo a todos os irmãos que nosso maior inimigo somos nós mesmos, antes de fazermos qualquer tarefa já pensamos "Não consigo" isso cria uma barreira e realmente fica mais díficil concluimos aquela tarefa isso é demandar contra si mesmo.
Bem leiam o texto da Auréa de Oliveira que é muito legal.

Temos na Umbanda uma “Doutrina de Demanda”, ou seja, qualquer problema que a pessoa esteja passando é visto como sendo uma demanda e muitas vezes é esquecida a responsabilidade da pessoa envolvida.Vejamos:

No Kardecismo tudo é encarado como um carma, (do sânscrito, ação), ou seja , resultado de nossas ações passadas, as vezes mal entendidos, como se fosse uma conta bancária que temos que saldar, e de qualquer forma a pessoa entende a sua responsabilidade.

No Budismo todo sofrimento é visto como uma ilusão decorrente do apego à matéria onde se entende que a pessoa tem a responsabilidade de se desapegar da matéria para livrar-se do sofrimento.

No Judaísmo, o ser reconhece os seus pecados e muitas vezes usa um “Bode Expiatório” para livrar-se dos erros por ele cometido, o “Bode” simboliza o sacrifício e mais do que isso, o auto-sacrificio para alcançar a absolvição.

No Catolicismo nascemos predestinados e podemos melhorar nossa situação, reconhecendo os nossos pecados, “Somos Todos Pecadores”, pedindo perdão e rezando para obter a absolvição e no catolicismo não há sacrifício animal, pois Jesus o “Ultimo Cordeiro”, dando seu “Sangue Por Nós” tendo assim o dom do perdão.

No Taoísmo o Tão é o Tudo, é o equilíbrio. O sofrimento vem quando a pessoa luta contra a sua natureza, quando age de forma antinatural, quando deixa de seguir o rumo do rio e a responsabilidade é assumida por reconhecer que está vivendo sem equilíbrio, a busca pelo “caminho Novo”, é algo que deve ser alcançado pelo ser.

Na Umbanda vivemos a “Doutrina da Demanda” que muito nos tem prejudicado, pois as pessoas tem esquecido as suas responsabilidades.Se analisarmos a maioria das demandas são feitas por nós mesmos com nossos comportamentos desregrados.Na “Doutrina da Demanda”, quando um filho de Fé não consegue resolver seus problemas, ele põe a culpa na Religião e se afasta dela, como se a Religião fosse uma fabrica de milagres ou como se os Guias fossem “Deus” que tudo podem.Vamos assumir a responsabilidade por nossa situação e lembrar que o melhor que a Religião nos oferece não são milagres de solução material, mas de “Reforma Intima”.Dêem um basta á “Doutrina da Demanda”, expliquem aos médiuns e consulentes que podemos sim, limpa-los, desobsediá-los, quebrar demandas e encaminhar espíritos, mas o grande responsável pelas “Portas Negativas” que se abrem é a própria pessoa que uma vez limpa, deve dar início a reforma interior.O mundo exterior de cada um é apenas um reflexo do seu mundo interior, não existem grandes mudanças no exterior, na matéria, sem a mudança interior espiritual.Se vale a pena citar um exemplo, me lembro de um senhor que ao ver inúmeras amarras negativas e trabalhos serem desfeitos queria ele o nome da pessoa que tinha feito aquilo para o seu mal, e após insistir em saber quem tinha lhe feito mal, o Caboclo que estava atendendo solicitou ao Cambone que fosse buscar um espelho para que aquele senhor pudesse ver quem realmente o prejudicava...

Que Oxalá nos abençoe sempre

Saravá .'.

SÚPLICA DE UM MÉDIUM


SÚPLICA DE UM MÉDIUN


Olá irmãos


Que a paz de Oxalá esteja com todos


A algum tempo venho pesquizando essa súplica na internet e hoje eu achei;á algum tempo eu ouvi e meus olhos se encheram de lágrimas ao ver de tão linda que é essa súplica,ela se chama Volta Caboclo! Dizem que está súplica foi feita por um médium que não recebia mais o seu caboclo por ter infrigido alguma lei,bem espero que está súplica sirva para abrir nosso olhos, e que toque os vossos corações como o meu foi tocado.


Volta, Caboclo!
Volta, Caboclo!
Vem das tuas verdes matas para o recesso da minha mediunidade saudosa dos teus benditos fluídos!


Vem incensar minh’alma com o aroma da tua presença querida, fazendo ecoar em meus ouvidos atentos, o “quiô” da tua vibração!


Vem trazer-me o calor das tuas palavras fluentes, traduzidas na sonoridade das folhas das palmeiras quando se espanam no ar…


Quero, contigo, apanhar as folhas da Jurema para adornar todo o meu Juremá… Cruzar meu caminho com galhos de arruda e enfeitar minha gira com ramos de guiné…


Vem… Traz o teu arco forte e a tua flecha certeira… Vamos, numa só vibração, penetrar no seio da mata virgem, procurar o inimigo que lá se esconde e desarmá-lo, à pujança do teu braço forte!


Volta, Caboclo! Coloca em minha fronte o teu belo cocar… e entrosa em mim, tua essência pura de aromáticos jardins, contida em tão pequeno frasco!


Como podes usar-me, tu, enviado bendito das falanges superiores, para cumprimento da tua missão? A que sacrifícios se submete a tua aura, pois, sendo tão grande, consegue incorporar-se num tão diminuto ser!… Mesmo sabendo-me o mais insignificante dos teus médiuns, rogo-te, com ânsias desesperadas na voz e uma saudade torturante em meu coração: “Volta ao teu reino de luz onde impera a verdadeira caridade! Volta ao teu pegi de amor onde te aguardam, ansiosos, os teus filhos de fé e o teu modesto aparelho receptor…


As ondas vibráteis da minha mediunidade querem voltar a funcionar ao toque das tuas abençoadas mãos… Teu regresso será uma festa emocional onde as lágrimas mal contidas se confundirão com o sorriso de algumas criaturas que não sabem chorar…


Teu ponto riscado iluminado está… teu ponto cantado, entoado num só diapasão de voz, te abrirá ao nosso meio, para aconchego dos que reconhecem em ti, um trabalhador no campo sublime da caridade!…


Teu assobio atrairá a atenção daqueles que ainda te crêem em missão no Alto e de pronto, estarás entre nós, numa vibração harmoniosa que a todos envolverá.


Volta, Caboclo! Sem ti sou qual ave sem ninho… Pássaro sem asa… Árvore sem ramagens…


Volta, Caboclo… Minha cabana te espera… A copa dos arvoredos se cobre de flores ao ciclo mágico da primavera… O perfume dos jasmins perpassa pelo ar e o caminho do teu regresso está se aromatizando de incenso, mirra e de benjoim…


Curumins alegres - os teus curumins – vestidos de branco, irão espalhando, pela orla do vale, pétalas cheirosas à tua passagem… Nos cuités, haverá a água de coco fresquinha, o aluá e o néctar precioso que as abelhas produzem… Vem… Tudo se prepara para tua chegada… Os tambores saudarão a tua vinda junto com os aplausos daqueles que respeitam e reconhecem o valor da tua gira!


Volta, Caboclo! Minhas mãos te buscam na sinceridade DESTA súplica onde se patenteia o meu amor por ti e a gratidão ao Médium Supremo por me ter apontado para ser teu pequenino médium! Volta, Caboclo… Volta…


Autor Desconhecido


Okê Caboclo