quarta-feira, 30 de junho de 2010

Iniciação

Em todas as escolas herméticas, há uma cerimônia com a qual se recebe o candidato, chamada cerimônia de Iniciação. Essa cerimônia, longe de ser compreendida pela maioria dos candidatos, é um ato muito significativo, cuja verdadeira importância está oculta sob a verdadeira aparência do véu exterior. A palavra iniciação, derivada da latina "Initiare" de initium, início ou começo, deriva-se de duas: in, para dentro, e ire, ir, isto é, ir para dentro ou penetrar no interior e começar novo estado de coisas. Mas, quem entra e como se pode entrar no mundo interno? Da etimologia da palavra depreende-se que o significado da Iniciação é o ingresso no mundo interno para começar uma nova vida. A Iniciação maçônica é jóia inestimável na coroa do simbolismo. Na loja, há um quarto de reflexão, símbolo do interior do homem. Todo homem, ao cerrar os sentidos ao mundo externo, acha-se em seu quarto de reflexão, isolado na obscuridade que representa as travas da matéria física que rodeiam a alma até a completa maturação. Esse interior obscuro é o estado de consciência do profano que vive sempre fora do templo no meio das trevas. Desde o momento em que o praticante começa a dirigir a luz do pensamento concentrado para seu mundo interior, a Iluminação principia a invadir seu templo, pouco a pouco, e o domínio de sua mente equivale ao azeite que alimenta a lamparina acesa. Então, o Iniciado é aquele ser que dirige seu pensamento ao mundo interno, mundo do espírito, que o conduz ao conhecimento próprio e ao do Universo, do Corpo e dos Deuses que nele habitam. O Espírito Único e Universal se diversifica em todos os seres que se acham no COSMOS. ESTES DEUSES DO UNIVERSO TÊM SEUS REPRESENTANTES NO CORPO DO HOMEM E ESTES REPRESENTANTES CHAMAM-SE ÁTOMOS. Por isso disse Hermes com razão: "O que está em cima é como o que está embaixo"; e por isso disse Jesus: "O Reino de Deus está dentro de vós"."


Iniciação a nível pessoal é o processo de retorno à origem, à origem espiritual que inclui um conhecimento profundo de si mesmo e um processo de aprimoramento contínuo ! 
Já, a iniciação em determinado culto, é o conhecimento da essência desse culto, dos fundamentos, ritualísticas e vivências; E dentro dos cultos espiritualistas esotéricos a iniciação mais importante é o conhecimento dos fundamentos do rito, e no aspecto mediúnico o médium ou neófito deve buscar encontrar seu mentor espiritual que é a entidade que assiste ao médium, bem como, deve realizar rituais de ligação a esse mentor espiritual e essa ligação é imprescindível porque essa iniciação, como a de outras tradições, visa libertar consciências e esse processo culmina em não oferecer resistência para a manifestação da divindade representada pelo mentor, ou seja, quando incorporamos esses mentores superiores, estamos também incorporando virtudes ou atributos e ficamos aptos a sermos bons veículos e a nos tornamos seres melhorados..


Então, já devem ter notado que existem duas condições essenciais para a consumação da iniciação , a primeira depende da pessoa pois, exige dedicação e estudo e a segunda depende de trazer consigo quando encarnar uma condição espiritual que lhe permita contactar um mentor superior que será responsável por seu despertar . 
No aspecto dos ritos, no Brasil temos a Umbanda como uma tradição esotérica que resgata fundamentos da cultura de todas as raças do globo e dentro desse rito existem algumas variações dependendo na afinidade de cada grupo de modo que praticam também outras iniciações secundárias segundo cada segmento, ou seja, no Omoloko ou Umbandomblé há rituais africanos de iniciação (feituras de cabeça ,bori ,dos cultos aos Orixás); Na Umbanda dita esotérica há rituais Hindus (despertar dos poderes dos chacras da magia Tântrica); Na Umbanda popular há rituais de culto as formas com ritos e fundamentos que se focalizam nas formas místicas de apresentação das entidades (índio, preto-velho, criança) com adição de novas formas de folclore regional: baianos, malandros cariocas, mineiros, nortistas, boiadeiros, marinheiros, Ciganos.... 
Enfim, no espiritualismo atual essa Umbanda pouco conhecida e valorizada pela maioria, é muito importante e é uma colcha de retalhos culturais que resgata todo valor da tradição dos vermelhos da América, do negros africanos, amarelos asiáticos, brancos europeus ... Em uma harmonia ritualística incrível e cabe a buscador da verdade que encontre o rito que mais se afinize...


Caros irmãos,
Muito nos questionam sobre iniciação de Umbanda mas o que podemos revelar servirá como guia para muitos.
Poderíamos explanar bastante sobre o tema mas tornaria o texto pesado e cansativo com pouca absorção final e como o astral vela pela simplicidade queremos que gravem as seguintes diretrizes:


1 - Somente as pessoas que nasceram destinadas a iniciação na Umbanda é que podem alcançar essa meta pois a condição inicial para a iniciação na Umbanda é ter um mestre no astral sendo que seu grau iniciático é relativamente proporcional ao alcance espiritual dessa entidade. ( criança, caboclo ou pai-velho )


2 - Se a pessoa atender a condição inicial deverá realizar o adestramento mediúnico que via de regra deverá ser efetuado por pessoa habilitada, ou seja, você tem que ser filho de santo antes de ser pai, tem que freqüentar um terreiro e aprender no mínimo como invocar o astral da forma correta e conhecer m profundidade o astral ou as entidades que lhe assistem no mediunismo.


3 - Após todas preparações devidas e com o tempo seu mestre espiritual ( entidade ) lhe direcionará para os passos seguintes de sua iniciação que consiste inicialmente em se auto-conhecer e se auto-aperfeiçoar, ou seja, não basta decorar 20 livros que não será iniciado, será sim um bom teórico. 


4 - Outra coisa muitos andam fazendo nome esotérico com formulas a partir da do nome de batismo e dados arqueométricos mas, não pensem que isso é nome iniciático. Nome iniciático é aquele que te vincula ao seu mestre superior do astral e só ele pode te revelar .
Enfim, iniciação na Umbanda é o reencontro com seu mestre espiritual e isso se reflete na prática como virtudes que qualquer um pode notar que são a humildade, a simplicidade, a pureza. O amor e a sabedoria que são inerentes aos grandes espíritos por isso irmão, como já falei, se buscas a iniciação busca primeiro sua reforma interior porque é a base de tudo !


A Iniciação é uma jornada espiritual contínua que requer: uma predisposição cármica, a presença de um Mestre Espiritual e um incansável trabalho de auto-conhecimento, auto-aprendizado e auto-elevação.


Primeiro, devemos esclarecer que Iniciação não é começar, iniciar um processo. Do ponto de vista da Umbanda, Iniciado é aquele que conhece o Início, o Princípio das coisas, ou seja, é capaz de reconhecer acontecimentos em suas causas e origens. Na verdade, em todas as filosofias místicas, o rito de consagração de um Iniciado se dá após um longo período de preparação e não na sua entrada àquele templo que o acolheu.


Infelizmente, alguns cultos já adulterados e muito distanciados da pureza de suas próprias origens, acabam difundindo conceitos falsos, como uma iniciação baseada em rituas esdrúxulos, para qualquer um que queira...e possa pagar...Vende-se a ilusão da aquisição de poderes sobrenaturais e coberturas astrais incomuns de maneira súbita, como em um passe de mágica. Antes fosse assim tão fácil...A propósito, não acreditamos em nada sobrenatural, nós é que não conhecemos mais o que é natural. Estamos, sim, em um estado "sub-natural".


Devemos também salientar que mediunidade não significa o mesmo que Iniciação. Um indivíduo pode ser médium e não ser um Iniciado porque esta condição não está em sua ficha kármica. Por outro lado, pelo menos na Umbanda, todo Iniciado verdadeiro é também médium atuante. Além de trazer de várias vidas passadas a conquista de um grau iniciático, confirma este grau na presente encarnação, e segue seu caminho através do serviço mediúnico, em comunhão com seus Mestres Astralizados.


Outra questão importante é que a manutenção da Tradição entre encarnados exige a transmissão do grau iniciático do Mestre encarnado para o discípulo que traz esta outorga em sua vida. Esta é uma condição sine qua non para que um ser encarnado possa considerar-se Iniciado, no seu grau. A Iniciação depende da vivência em muitas encarnações sucessivas, e a cada uma, o adepto deve reconquistar o grau que já possuía para tentar alcançar um superior.


A verdadeira iniciação é fruto da convivência direta e bipessoal entre Mestre e Discípulo. Por isso, também, não é possível iniciar-se a distância, por correspondência ou algo semelhante. Sabemos que encontrar verdadeiros Mestres Espirituais, com Ordens e Direitos conferidos pelas Confrarias do Astral Superior é algo raríssimo. Mas é da Lei que "Quando o Discípulo está preparado, o Mestre aparece".


Ser Iniciado significa um aumento da responsabilidade perante si mesmo e o seu próximo e quando vencermos as primeiras provas para sair da vida profana, certamente seremos acolhidos por um Mestre de verdade.


Trabalhar com afinco e perseverança, na busca da sua própria melhora e dos que estão à sua volta deve ser o lema daquele que pretende, um dia, candidatar-se à Iniciação de Umbanda. Importante também é buscar desvencilhar-se da vaidade, do orgulho e do egoísmo que todos temos. Reconhecer a si mesmo, aceitar seus limites e suas aptidões com naturalidade é condição básica para iniciar uma melhora verdadeira e profunda. A escada da evolução é infinita e não há como pular nenhum degrau, pois todos são igualmente fundamentais. Diz a Lei que "Assim é, porque sempre foi e sempre será..."
A CONDUTA NO TEMPLO DE UMBANDA 


O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes. 
O Templo de Umbanda é um local sagrado, especialmente preparados para as atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática do bem. Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos. 
Respeito, palavra que muitos bradam quando são contrariados, mas que cai no esquecimento daqueles que muito ofendem. Temos visto, para nossa tristeza, que existem conversas paralelas, mexericos, algazarras, exibicionismos, bajulações etc., esquecendo-se que tais comportamentos atraem e "alimentam" os kiumbas, que, aproveitando-se das vibrações negativas emanadas por estas pessoas, desarmonizam e quebram a esfera fluídica positiva, comprometendo assim os trabalhos assistenciais. 
Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé. 
Temos observado também que alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores (Entidades). Debocham de suas características e duvidam de sua eficiência.
Entretanto, quando passam por uma série de sofrimentos físicos e espirituais, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos de sua indiferença.
 Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso. Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluídos do bem. 
Este procedimento tem como consequência a irmanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade. 
O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um. 
A conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista, para que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante sementes de bondade, amor e proteção. 
A homogeneidade de pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo a concretização de seus desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros numa Casa de Umbanda.


Senhor !
Fazei-me um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio que eu leve o Amor;
Onde houver ofensas que eu leve a Perdão;
Onde houver discórdia que eu leve a União;
Onde houver dúvidas que eu leve a Fé.


Onde houver erros que eu leve a Verdade;
Onde houver desespero que eu leve a Esperança;
Onde houver tristeza que eu leve Alegria;
Onde houver trevas que eu leve a Luz.


Oh Mestre!
Fazei com que eu procure mais
Consolar que ser consolado,
Compreender que ser compreendido,
Amar que ser amado.
Pois é dando, que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a Vida Eterna...
Observações a serem feitas em um Templo De Umbanda

(1°) - Observar, serena e friamente, o ambiente moral e astral do terreiro que freqüenta...
Verificar, de alguma forma, se o médium chefe tem boa conduta, ou seja, se tem moral suficiente para tal encargo...
Veja se ele é dos que alimentam casos amorosos dentro do terreiro, mesmo sendo solteiro ou viúvo, pior ainda se for casado. Caso afirmativo, não se iluda – “quem não tem moral, não tem caboclo, nem preto-velho de verdade”...
Não caia na asneira de deixar que um quiumba, através de “mediunidade” desse tal chefe, possa influenciar seu aura e mesmo ditar preceitos e, sobretudo “por as suas mãos sujas em sua cabeça”...


(2°) - Veja se no terreiro (mesmo que o chefe tenha boa moral com o elemento feminino) ocorre certa ordem de trabalhos pesados, envolvendo oferendas grosseiras, para fins escusos, a poder de dinheiro...
Se isso acontece, tenha cautela! Não bote suas mãos nesse lodo astral, pois isso é uma perigosa armadilha, um jogo duvidoso com as forças negras, que sempre “explodem” pelo retorno, no entrechoque dos apetites desse mesmo astral inferior.
Em suma – se você tem participado dessas coisas a pedido do tal médium-chefe, pode crer que está, também, endividado. Sua parte na “pancadaria” e no “estrondo” final é certa...


(3°) – Veja se no terreiro ocorrem frequentemente mexericos, rivalidades, brigas, desentendimentos entre os médiuns...
Acontece-se muito isso – tenha cuidado! É sinal, inequívoco, de que o ambiente já foi invadido pela quiumbanda solerte, traiçoeira.
Você, assim está-se expondo ao ricochete dos outros; vai receber também a sua parte, dado que Você participa desse mesmo ambiente confuso.


(4°) – Veja se no seu terreiro batem tambores, palmas, “em ritmo de samba”, confusamente, barulhentamente, para excitar, movimentar a “roda dos médiuns”... Porque, assim, tudo vira agitação psíquica, frenesi, e o animismo vão imperar.
Você pode observar: todo mundo gira, grita, pula e se contorce com o “santo”... Imaginário.
E Você, que tem mediunidade mesmo, acaba se deixando envolver na onda desse alarido. Então, Você ou foge ou tende fatalmente atrofiar os seus fluidos de contato, as sua ligações, pois, para caboclo e preto-velho de fato chegar (incorporar), precisa encontrar o médium sereno, equilibrado em seu psiquismo e em sua saúde física propriamente compreendida.
Enfim, Você deve compreender que a mediunidade requer harmonia pessoal e ambiente adequado.


(5°) – Veja se o chefe de seu terreiro é dos que vivem levando a turma às cachoeiras e lá procede a disparatados preceitos, com “lavagens de cabeça” envolvendo sangue, bebidas alcoólicas e outros ingredientes pesados...
Fuja de se submeter a essas coisas, porque o único benefício (ou malefício) que Você pode obter com isso é sujar seu aura; é ficar encharcado de larvas astrais, que vorazmente se grudarão a seu corpo-astral, a fim de sugar suas emoções, provenientes desses elementos usados, e em face disso, caboclo e preto-velho se afastam cada vez mais de Você...
Se duvidar do que estamos dizendo (caso já se tenha submetido a tais preceitos), faça um recolhimento, medite honestamente, conscientemente, sobre suas posteriores condições mediúnicas e na certa (se quer ser leal consigo) chegará à conclusão de que suas incorporações estão muito duvidosas.
Irmão – “não compre nem venda ilusões a Você mesmo”.


(6°) – Então, se Você é um bom médium (que ainda não está viciado), que ainda não caiu no animismo infantil dos terreiros, que ainda não se deixou sugestionar de formas piores ou pela tola vaidade de ser o possuidor do “melhor caboclo, do melhor preto-velho e do exu mais forte, Você precisa saber ou relembrar constantemente, para que possa ir doutrinando seus pares mais atrasados, que existe mesmo grande diferença entre Umbanda e Candomblé ou ritual de nação africana, questão que fazemos empenho em definir tanto por aqui, como eles por lá”.


(7°) – A Umbanda prezado irmão, é uma Corrente formada pelos espíritos de caboclos, preto-velhos, crianças etc...
Nasceu ou foi lançada sobre o Brasil pela necessidade que se impôs, de socorrer essa massa de adeptos dos cultos afro-brasileiros, que vinha e ainda vem sendo arrastada através das práticas do fetichismo africano e do que ainda resta da pajelança de nossos índios, tudo isso se confundindo, hoje em dia, com o que chamam de macumba, candomblé e outras denominações comuns. Mas, no fundo a coisa que está sendo mais praticada mesmo é o chamado catimbó.
É bom, ainda que Você saiba que muitos desses sistemas estão mesclados de sincretismo, isto é, aceitam, dentro de suas crenças e de sua mística, vários “santos” da Igreja Católica Romana e faz festejos nos dias que lhes são consagrados (assim como se eles representassem os orixás)...
Catimbó é um sistema que enfeixa as práticas degeneradas dos africanos e dos nossos índios, onde os espíritos invocados tanto podem ser os encarnados caboclos como outros quaisquer. “Por lá se fala muito em ‘linha da jurema” e tem como base certo rito que faz com que o crente ou iniciando se torne ‘juremado ““...


(8°) – Saiba ainda que ritual de nação (africana), puro, não existe mais e que todos já se mascararam de “umbanda”, pois que foram deturpados há séculos de sua tradição correta, porque, no passado, em nenhum culto africano puro, notadamente no que predominou no Brasil – o ritual nagô ou yoruba – aceitavam eguns, ou seja, todo ou qualquer espírito que já tivesse passado pela vida terrena, sujeito (é claro) às reencarnações...
Ali os eguns eram repelidos. Só aceitavam ou evocavam seus “orixás” que, segundo a própria mística corrente, são espíritos superiores, donos dos elementos da natureza e que jamais passaram pela vida terrena ou encarnaram (todavia, na concepção popular dos africanos, persistem várias lendas sobre orixás, nas quais uns foram reis, outros príncipes da terra; casaram, brigaram, amaram etc.).
A essas coisas, os “tatas e os babalaôs” daqui cantam loas e dizem que são da tradição... Verdadeira.


(9°) – Agora, entenda: - caboclos, preto-velhos, crianças, exus e outros são eguns que já passaram pela vida terrena. Portanto, como se compreende que a tradição africana (do santo) se tenha degenerado tanto, a ponto de ser invadida pelos eguns?


(10°) – Muito simples e já dissemos isso com palavras de sentido mais elevado. Tudo degenerou. Tudo vinha e ainda se vem mantendo num atraso horroroso. Não podia continuar sempre assim.
Foi quando a providência Divina mandou o socorro para essa massa de crentes desses sistemas avariados.
E esse socorro veio pela mediunidade de uns e de outros, com os caboclos, os preto-velhos e outros fazendo surgir a Umbanda dentro desse citado meio, na forma de um movimento novo, para tentar a salvação de seus adeptos dos abismos da magia-negra, grosseira, inferior e até o momento ainda praticada...


(11°) – Então, fica esclarecido agora que o mediunato na Umbanda é poder na luz, é mediunidade na harmonia e na caridade, para combater as forças da sombra, da treva, da ignorância...


(12°) – Caboclos e preto-velhos não aceitam e até abominam, porque combatem, essas práticas de uso comum nos tais terreiros, que envolvem matança de animais, oferendas grosseiras e similares.
“Qual a mentalidade que, tendo uma gota de luz, pode aceitar que lhes ‘façam a cabeça”, botando sangue de animal (também ser vivente) na dita cuja, debaixo da agonia do mesmo, na tola pretensão de firmar um “orixá”?
Só se for um desses orixás do panteão dos deuses da mitologia africana (de sentido puramente imaginário), porque, os espíritos da Corrente Astral de Umbanda jamais se prestarão a isso; repugnam-lhes até essas práticas nefandas, negras... Que corroem a tela fluídica que reveste o corpo-astral ou perispirito de uma criatura-médium.
Observação especial: Tenha, sobretudo cuidado se o chefe do terreiro que Você freqüenta é “babá-mulher” (queremos lembrar, mais uma vez, que não estamos fazendo aqui, e em outros tópicos, referência direta às genuínas médiuns da Corrente de Umbanda. Estamos diretamente batendo na tecla que incide sobre “a mulher babá dos candomblés e das quimbandas, dos catimbós e outras misturas indefiníveis já existentes em quantidade”.).


Você deve verificar também se ela está dentro dos itens citados e ainda precisa ter em alta conta o seguinte: - em nenhuma religião do mundo, sistema de iniciação ou escola esotérica ou mesmo na mais simples das seitas que possam existir, a mulher participa na função, ou com o direito ou a outorga de consagrar, sagrar, sacramentar, batizar, preparar, iniciarem varões (homens).
Nem nos antigos cultos africanos (puros) dentro de seus legítimos rituais de nação, a mulher teve esse direito, esse comando vibratório, isto é, jamais na verdadeira tradição desses sistemas existiu mulher ou “yalorixá” com o bastão de comando masculino.
“Yalorixá pode ser sacerdotisa na função auxiliar, como sacerdotisas ou iniciadas existem em todos os sistemas citados, mas nunca – repetimos – lhes foi dada à outorga, a Ordem de sagrar ou fazer a iniciação de varões”...
E a veracidade do que estamos afirmando, você médium umbandista – poderá encontrar, se informando. Basta que olhe para a hierarquia religiosa da Igreja católica Romana...
Você já viu, por acaso, nas igrejas, a mulher (freira, irmã, macé etc.) oficiar missa? Batizar alguém? Casar alguém? Ordenar padres e outros?


Quem é o papa, o cardeal, o bispo, o frade, o padre? Homem ou mulher?
Você já viu no seio da comunidade protestante, a mulher ser ordenada pastor?
Então Você deve se convencer de que, desde o princípio do mundo, sempre quem trouxe o direito, a Ordem ou o Comando Vibratório para ordenar foi o homem...
É, porque sempre foi, a ordem natural das coisas Divinas mágicas, espirituais, que no fundo, foi uma imposição da própria lei cármica, de vez que o Arcano que podia revelar esse mistério permanece indevassável, pois até Moisés, esse grande mago de todos os tempos, temeu levantar um pouco o seu véu, e assim simbolizou quando, no seu Gênese, disse que a mulher, tendo desrespeitado a ordem divina, deu de comer ao homem o fruto proibido (ou seja, antecipou por conta própria dentro de seu livre-arbítrio, o segredo do sexo).


O Arcano “diz” que foi nela, dada sua natureza sensitiva mais aguçada, que se complementou mais depressa o plexo sacro (chacra muladhara) – enquanto o do homem estava sendo submetido aos últimos retoques, pelos citados técnicos astrais, e por isso é que houve esse tal paraíso, isto é, uma pausa, um cancelamento nos meios de reprodução da espécie, ou, para sermos mais claro: foi reconhecido pelas Hierarquias responsáveis, ou pelos técnicos astrais, que a raça pré-adâmica vinha com certos defeitos de ordem genética, assim, urgia corrigi-los na outra raça já em formação.
Os órgãos genitais, nessa raça, ainda não haviam atingido as necessárias condições calculadas. Com a citada precipitação de Eva – a mulher – houve certos desvios de ordem genética ou técnica e um conseqüente retardamento, o qual foi quase que totalmente sanado depois de algumas providências.
A conseqüência desse desvio (quando não se enquadra nos casos de viciosidade ou tramas morais-sexuais) ou desse retardamento, ainda pode ser identificada hoje em dia, nos puros casos de hermafroditismo, dentro dos quais muitos e muitos espíritos ainda não atingiram o perfeito equilíbrio técnico vibratório de sua linha de masculinidade ou de feminilidade.
Porque o paraíso, segundo o conceito interno do Arcano, foi uma espécie de parada obrigatória na função sexual dessa raça, conseguida pelos técnicos astrais, cujas linhas de força ou de energia tinham que passar por uma eletro magnetização especial, para dinamizar a estrutura íntima dos elementos chamados cromossomos pela ciência, de vez que não atingira ainda o protótipo idealizado pelas Hierarquias, ou seja, o padrão para as raças subseqüentes.
Quando Eva – a mulher – precipitou o ato carnal, pelo desejo que nela refloriu mais rapidamente, sofreu em sua natureza fecundante o impacto do elemento viril masculino, ainda não complementado, causando-lhe, portanto, perturbações...
Eis por que o hemafriditismo se verifica de um lado e de outro. Mas a coisa é tão lógica que, quando a ciência interfere, consegue corrigir e ressaltar a parte original, ou seja, a verdadeira linha afim do ser espiritual.


E foi por isso, e porque foi prevista a conseqüência dessa infração, ou dessa precipitação, de Eva – a mulher – que segundo Moisés, o Senhor Deus, através do alto Mensageiro, exprobrou o homem e condenou a mulher da forma que definiu em seu Gênese – Cap. 3, Vers. Dois:
“Perguntou-lhe Deus (ao homem): “Quem te fez saber que estavas nu”? Comeste do fruto da árvore que te ordenei que não comesses? Então disse o homem: a mulher que me deste por esposa, ela me deu do fruto da árvore e eu comi.”.
Logo em Gênese – Cap. 3 – Vers. 13 Moisés assim continuou: “Disse o Senhor Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A Serpente me enganou e eu comi.”.
Então veio a condenação (o que já definimos como a citada restrição cármica) que se vê em Gênese – cap. 3 – Vers. 16 e 17: “É à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos de tua gravidez; em meio de dores darás á luz filhos; o teu desejo será para teu marido e ele te governará.”.


“E a adão disse: visto que atendeste à voz de tua mulher, e comeste do fruto da árvore que te ordenara não comesses maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.”
E por alcançar perfeitamente o mistério desse Arcano que agora levantamos também Paulo – o apóstolo iniciado – já severamente doutrinava em sua Epístola ao Efésios que “As mulheres sejam submissas as seus próprios maridos como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, sendo esse mesmo salvador do corpo.”.
E é por isso, ou algo relacionado com esse arcano, que nenhuma Escola de Iniciação do Mundo se atreveu até agora a inverter essa ordem natural... ou essa injunção da própria Lei Cármica...


E então? Por que Você permite (ou vai aceitar de agora por diante) que a mulher seja “babá” ou lá o que for, e assuma sobre sua cabeça, ou sobre seu aura, seu corpo astral ou sua tela perispirítica, os direitos de um Comando Vibratório, se a sua própria natureza feminina foi impedida de executar essas coisas?
Você não sabe que a mulher (especialmente para efeitos de ordem mágica ou de magia) é a parte negativa, úmida, passiva, esquerda, lunar?
Você não sabe que a mulher não tem a próstata (uma glândula seminal, própria do sexo masculino), de poder criador e de função indispensável no Kundalini (o fogo serpentino dos hindus, ou seja, a energia sexual criadora que fecunda a matriz ou o seio, o mesmo que os órgãos de fecundação da mulher?).
Você não sabe que esse Kundalini, ou seja, a energia sexual é o elemento que sobe para suprir as células cerebrais, através de seus neurônios sensitivos, quando o homem concentra ou desprende energia mental?


Você não sabe que, se a mulher concentrar também, desprende energia mental e essa vai toda impregnada da qualidade de sua natureza sexual passiva, sujeita às influências de seu catamênio (regras), por força das quatro fases da Lua a que ela está sujeita?
Então, você deve ficar sabendo que isso, em questões de magia, é fundamental! E que você não pode nem deve receber essa impregnação vibratória sobre sua natureza de elemento masculino, positivo, direito, mormente sobre seu plexo ou chacra coronal (é quando a ignorância ou a insensatez do pessoal do candomblé e outros atinge as raias do absurdo, pois justamente na cabeça, na zona correspondente ao citado plexo, é que raspam e botam sangue animal. Ora, ali, por dentro do crânio, está situado a chamada glândula pineal, considerada a antena da mediunidade. Já imaginou as conseqüências disso?).
Basta que a mulher esteja de três a sete dias antes de sua fase mensal para que se altere bastante a função receptora e transmissora desse chacra ou plexo...
Poderá Você, lendo isso, retrucar que... “Não é tanto assim”, visto a Umbanda estar cheia de “babás-mulheres” com seus lindos terreiros e sua exuberante filharada, inclusive homens, e que todos se submetem a tudo que elas fazem etc. etc.?
Ora, caro Irmão, há muito cego ai... pobres irmãos de crença que não lêem, e que se transformam, por isso mesmo, em “maria-vai-com-as-outras”... Fazem sempre o que lhes mandam fazer, vêem o que querem que vejam e ainda ficam felicíssimos somente porque a sua “babá” (ou babá-homem) lhes garantiu (sugestionando-os) possuírem lindos caboclos na cabeça e que devem ser confirmados... Porque tudo vai ficar muito formoso para eles...
Bem, Você não vai querer comparar-se a um desses, vai? Você não vai querer ficar na eterna cegueira, não procurando saber nada, não estudando nada, não indagando nada, para fazer só o que lhes mandam, aceitando tudo, vai?


Por 
W W da Matta e Silva.