sexta-feira, 13 de julho de 2012

O QUE MÉDIUM UMBANDISTA TEM NECESSARIAMENTE DE OBSERVAR, PARA A BOA MANUTENÇÃO DE SUAS CONDIÇÕES MEDIÚNICAS 


A) Manter o justo equilíbrio em sua conduta moral, emocional e espiritual... 


B) Não fazer uso de bebidas alcoólicas, a não ser em casos excepcionais. 


C) Manter-se (segundo suas posses) dentro de racional alimentação, evitando, tanto quanto possível, as carnes em conserva de qualquer espécie. 


D) Nos dias de função mediúnica, alimentar-se (caso possa) somente de leite, ovos, frutas, legumes e verduras.. 


E) Isentar-se do ato sexual de véspera e no dia de sessão... 


F) Evitar a convivência de pessoas maldosas, viciosas, intrigantes, faladeiras etc., que possam irradiar negativos sobre sua aura, a fim de que não entre em repulsão, como reação de suas defesas naturais, provocando assim desgastes de energia necessária a outros fins... 


G) Usar banhos e defumadores apropriados, sempre que sua sensibilidade medianímica acusar qualquer alteração... 


H) Todos os meses, na fase da Lua Nova, usar um composto de vitaminas (em líquido ou drágeas) do complexo B e que seja associado a fósforo orgânico ou vegetal ou mesmo glicerofosfatos, de qualquer laboratório idôneo. Se não puder, use então três colheres de sopa, diárias, de suco de agrião. Isso é importante. O médium despende muita energia nervosa, por via dos fluidos que dá e mesmo pela constante concentração etc... 


I) Ter especial cuidado, se o seu terreiro for de tambores, palmas e curimbas violentas, porque isso provoca muita excitação nos plexos-nervosos e principalmente na circulação ou no aparelho circulatório. É comum ao médium, depois de três anos nessas condições, passar a sofrer do coração ou do dito sistema cardio-circulatório. Ou aparece pressão baixa ou alta ou dilatação na veia aorta e às vezes tudo junto. Porque, dentro dessas vibrações altamente excitantes, todo o sistema nervoso do médium se agita em demasia e em conseqüência as irradiações, as incorporações, enfim, os fluidos de contato de seus protetores ou de qualquer espécie de espírito que possam atuar sobre ele, agem também nessas condições de excitação... Por isso é que há muitos tremores, quedas, tonturas, muita agitação nos nervos motores; o médium transpira em excesso, ora está com as extremidades e o rosto quentes, ora estão frios etc. Há que observar isso, se o médium quer se “salvar” desses transtornos... 


OBS.: Então – meu irmão médium? Leu e está meditando no assunto? Você está dentro desse caso? Porque nesse negócio de “receber” caboclos, tremendo, gritando, gingando, pulando, suando, caindo, cansando, é claro que você assim não esta “recebendo” o seu “caboclo” – você está sim mais é lutando contra ele”... ou com alguém que quer se passar por ele. O.K. ?.
QUEDAS E FRACASSOS DE MÉDIUNS... CAUSAS PRINCIPAIS:  VAIDADE, DINHEIRO (PELO ABUSO DA LEI DE SALVA... REGRAS DA DITA LEI) E SEXO. HORRORES QUE OS ESPERAM NO ASTRAL PELO QUE “SEMEAREM EMBAIXO, COLHERÃO EM CIMA”... AS ADVERTÊNCIAS DOS GUIAS E PROTETORES... DISCIPLINA – CASTIGO – ABANDONO...

Esses são assuntos áridos, sobre os quis todos se escusam de falar ou de escrever e, quando o fazem, é por alto, indiretamente...
Nós vamos abordar essa questão de maneira mais direta possível, pois visamos assim, tão-somente, a levar um brado de alerta àqueles que estão predispostos a esses erros e mesmo para os que já caíram neles, visto termos a esperança de que nossa sincera advertência ainda possa chegar a tempo do recuo, da salvação ou da regeneração...
Ora, é com grande tristeza, bastante desolado mesmo e sem o menor resquício de querer ser melhor do que ninguém (pois também temos nosso karma bem pesado, por erros de pretérito), que vimos, dentro de uma serena e acurada observação, quase que direta, sobre pessoas e casos, testemunhando, constatando, como é grande o número de médiuns fracassados ou decaídos e, o que é pior, sem termos visto ou sentido neles o menor desejo de reabilitação sincera, pautada na escoimação real de suas mazelas, de suas vaidades, de suas intransigências etc. O que temos observado cuidadosamente na maioria desses médiuns-fracassados são os tormentos do remorso que, como chagas de fogo, queimam lhes a consciência, sem que eles tenham forças para se reerguerem moralmente, pois se enterraram tanto no pântano do astral-inferior, se endividaram tanto com os “marginais do astral” que, dentro dessa situação, é difícil mesmo se libertarem de suas garras...
Isso porque o casamento de fluidos entre esses médiuns-fracassados e esses “marginais do astral” – os kiumbas – já se deu há tanto tempo, que o divórcio, a libertação se lhes apresenta dentro de tais condições de sofrimento, de tais impactos, ainda acrescidos de renuncia indispensável a uma série de injunções, que o infeliz médium-decaído prefere continuar com seus remorsos... É duro, duríssimo mesmo, se libertar de um kiumba que entrou, há muitos anos, na faixa de um aparelho pelas suas antenas mediúnicas em distúrbio e cujo legítimo protetor ou guia – caboclo ou preto-velho – o tenha abandonado por causas morais, principalmente quando o seu caso foi sexo ou dinheiro.
Mas situemos desde já, dentre os diversos meios pelos quais os médiuns têm fracassado, os três aspectos principais ou os três pontos-vitais que os precipitam nos abismos de uma queda mediúnica etc. Ei-los:
I – A vaidade excessiva, que causa o empolgamento e lança o médium nos maiores desatinos, abrindo os seus canais medianímicos a toda sorte de influências negativas.
II – A ambição pelo dinheiro fácil, exaltada pelo interesse que ele identifica nos “filhos-de-fé” em lhe agradar, em lhe presentear, para pedir favores, trabalhos, pontos, afirmações etc., que envolvem elementos materiais. 
III – A predisposição sensual incontida, que lhe obscurece a razão, dada a facilidade que encontra no meio do elemento feminino que gira em torno de si por interesses vários e que comumente se deixa fascinar pelo “cartaz” de médium chefe... de “chefe-de-terreiro”, babá etc. Como a coisa começa a balançar a moral-mediúnica desses aparelhos? 

  1º CASO – O da vaidade excessiva: uma criatura, homem ou mulher, tem o dom mediúnico. Naturalmente que o trouxe de berço, isto é, desde que se preparava para encarnar. Em certa altura de sua vida, manifesta-se a sua mediunidade. Eis que surge o protetor – caboclo ou preto-velho.  Como no médium de fato e da Corrente Astral de Umbanda a entidade também é de fato, é claro que ela faz coisas extraordinárias. Cura. Ajuda. Aconselha. Tem conhecimentos irrefutáveis etc... São tantos os casos positivos do protetor através da mediunidade do médium, que logo se forma em torno dele uma corrente de admiração, e de fanatismo também.     A maioria dos elementos que o cercam, diante das coisas que vêem, são levados  a agradar, a bajular, e com essas coisas, inconscientemente, vão-lhe incentivando a vaidade latente. Isso de forma contínua. A maioria desses médiuns não estudam  porque também não receberam ou não se interessam por uma preparação mediúnica adequada. O protetor faz o que pode e deve (respeitando o livre-arbítrio), isso é, ensina, doutrina, alerta pelos canais mediúnicos: na manifestação, nas intuições, nos avisos etc. Mas acontece sempre que o médium, devido a fortes predisposições à vaidade, começa por não dar muita atenção aos conselhos, às advertências que o seu protetor vem fazendo...Chega ao ponto de se julgar o tal, quase um “pequeno deus”. Ele pensa que a força é dele... que o protetor é dele – é propriedade sua...O médium vai crescendo em gestos, em palavras, pois que todos se acostumam a acatá-lo em respeitoso silêncio, quando não, pelo medo ou por interesse próprio...
Vai crescendo a sua vaidade e logo começa a fazer exibições mediúnicas...Ele começa a praticar uma coisa que será fatalmente a sua cova... Passa a “trabalhar” sem estar corretamente mediunizado (ou seja, pede apenas a irradiação do “guia” de sua preferência sobre ele). A sua entidade protetora pode usar certos meios para manifestar o seu desagrado, mas respeita também o seu livre-arbítrio, é claro... pois até as Hierarquias Superiores respeitam esta faculdade.
Então, começam os desatinos, as bobagens e as confusões e a respectiva falta de penetração nos casos e coisas. Começa a criar casos, a ter preferências e outras coisas mais. Não obstante as reiteradas advertências do protetor, ele continua... Eis que surgem os “transtornos”. Os seus canais-mediunicos, dada a faixa-mental que ele criou com os efeitos de sua excessiva vaidade, abre portas aos kiumbas, que entram na dita faixa...
Daí tem início uma série de absurdos, de envolvimento negativos  etc. O ambiente do terreiro sai da tônica de outrora. Tudo se altera. Nessa altura o médium percebe apavorado que o seu protetor mesmo – aquilo que era bom, foi embora... deixou de sentir a positividade de suas fluidos benéficos... No principio ele tem um tremendo abalo...depois...ah! depois, ele vai se acostumando com os fluidos dos kiumbas etc., e mantém a sua excessiva vaidade de qualquer forma... não quer perder o “cartaz”...
Porém, as curas, a antiga eficiência, não há mais... muitos percebem e dão o fora... compreendendo que o “seu fulano não é mais o mesmo” e alguns até passam a olhá-lo com desprezo... e se afastam ironizando dele, muito embora, no passado, tenham se beneficiado com sua mediunidade.
O pobre médium que fracassou pela excessiva vaidade no íntimo é um sofredor, muitos se desesperam com o viver da arte de representar os caboclos, os pretos- velhos etc... Enfim, ser um “artista do mediunismo” também cansa, porque a “descrença” é o “golpe de misericórdia” em suas almas.

2º CASO – O da ambição pelo dinheiro fácil.
Aqui é preciso que se note a diferença entre o médium de fato que cai pela ambição desenfreada do vil metal e do “caso” em que se incluem centenas e centenas de espertalhões, desses vândalos que usam o nome da Umbanda e de suas entidades a fim de explorarem a ingenuidade da massa, de todas as maneiras. Esses são bem reconhecidos... Seus “terreiros” são enfeitados, há muita bebida, os “comes e bebes” são constantes, há muita roupagem vistosa, enfim, esses “terreiros” se caracterizam pelos cocares de penas multicores, pelos tais capacetes de Ogum, pelas espadas, pelas capas de cores, pelos festejos que fazem sob qualquer pretexto, onde os médiuns exibem tudo isso e mais os pescoços sobrecarregados de colares de louça e vidro como se fossem “condecorações”... Tudo nesses ambientes é movimento, encenação, panorama...São verdadeiras arapucas, onde tudo é duvidoso.
 Por ali se paga tudo. Desde uma consulta até um dos tais “despachos”, até as famigeradas camarinhas” com seus obis e orobôs para firmar o santo na cabeça”... do paspalhão que acredita nisso. Esses antros de exploração, que chafurdam o bom nome da Umbanda na lama da sujeira moral e espiritual, são fáceis de ser reconhecidos. De vez em quando os jornais dão notícias deles...
Mas voltemos ao caso do médium de fato, que fracassou pelo dinheiro... É sabido que a Corrente Astral de Umbanda manipula constantemente a Magia positiva (chamada de magia-branca) sempre para o bem de seus filhos-de-fé ou para qualquer um necessitado, venha de onde vier...
A magia, dentro de certas necessidades ou casos, requer determinados elementos materiais. São velas, flores, ervas, plantas, raízes, panos, pembas e até o fumo e certas bebidas... O fato é o seguinte: quando há mesmo necessidade disso, a entidade pede e a pessoa TRAZ, ou providencia, satisfazendo a Lei de Salva ( O que uma entidade pede, independente de seu médium, dentro da Lei de Salva, numa operação mágica, é uma coisa. E o uso legal da Lei de Salva por um médium magista, é outra coisa. Em nossa obra a caminho do prelo “Umbanda e o poder da mediunidade” está esclarecida, de vez, essa questão). 
A coisa quando é manipulada pelas entidades – os caboclos, os pretos-velhos – costuma sempre dar certo. O resultado é satisfatório... De sorte que quase todo mundo que “gira” pelos terreiros, pelas Tendas, sabe disso. Daí é que entra na observação do médium a facilidade, a presteza com que as pessoas se dispõem a fazer um “trabalhinho” para o seu bem, para abrir ou melhorar seus caminhos, etc.... De princípio ele obedece tão-somente às ordens do seu protetor, quanto a esses aspectos. Depois, através de presentes, de agrados diversos dos beneficiados, ele começa a pensar seriamente na facilidade do dinheiro...
Então lança mão de uma chave: a questão da salva em dinheiro para seu anjo de-guarda, para o cambono etc. Aí, já começou a imperar nele a ambição pelo ganho fácil, por via desses trabalhos... Então, começa a exceder a regra da salva (dentro da magia) e sobre a qual ele já foi bem esclarecido, porque essa salva existe, na Umbanda em relação com a Quimbanda. E como é isto? Diremos: o médium recebe ordens para fazer determinado trabalho, reconhecidamente necessário, quer seja para um “desmancho” de baixa-magia, quer seja para um encaminhamento ou desembaraço qualquer de ordem material ou de um proveito qualquer, tudo dentro da linha justa, isto é, que jamais implique no prejuízo de alguém... Quer seja uma descarga, um “desmancho” ou proveito qualquer, se for manipulado dentro da movimentação de certas forças mágicas e que impliquem em elementos de oferenda para certas falanges de elementares, à pessoa para quem é feito esse trabalho se pede a dita salva. Essa salva pode constar de certo número de velas ou de azeite para iluminação ou para posterior uso do médium ou de uma compensação financeira relativa, da qual parte deve ser dada de esmola pelo dito médium, na intenção de sua guarda. Essa é uma lei da magia que existe e nós não a inventamos, nem ninguém, e sobre a qual não podemos nos estender em detalhes maiores.
Todavia, devemos esclarecer que essa lei de compensação da Magia, ou para os trabalhos de cunho nitidamente mágico é indispensável. E uma espécie de fator de equilíbrio entre a ação, a reação e o desgaste relativo ao operador (Então repisemos: é claro que estamos fazendo referência aqui aos médiuns magistas, isto é aqueles que sabem e podem movimentar elementos de ligação mágica, para fins adequados... Não estamos incluindo nisso essa “corja” de espertos, de exploradores que interpenetram o citado meio umbandista, justamente para fazer meio de vida, criando a indústria de umbanda. Porque essa “máquina” está montada e é impressionante verificar como funciona.
E a propósito: Aqui cabe a todos os umbandistas dignos que felizmente existem aos milhares, fazer a seguinte pergunta: que fazem essas tais “uniões, federações, primados, confederações, colegiados e congressos” que, nunca jamais em tempo algum ousaram levantar suas vozes em defesa da dignidade dessa mesma Umbanda, desses mesmos caboclos e pretos-velhos, desses mesmos “orixás” que dizem representar...)
Na Umbanda, já o dissemos: essa lei (ou esse fator) se denomina Salva, e é tão antiga que podemos identificar seu emprego entre os primitivos e verdadeiros Magos e Sacerdotes Egípcios, com a denominação de Lei de AMSRA. Disso também nos falam os Rosacruzes em seus ensinamentos ou instruções internas (esotéricas).
Agora, compete ao magista seja ele de que corrente for, não abusar, não exceder, não ambicionar, não derivar para o puro lado da exploração...
Ora, o médium-magista então  ambiciosamente, começa a abusar disso. Começa por se exceder na lei de salva, pedindo mais dinheiro. Passa a cobrar grosso em tudo e por tudo. Inventa “trabalhos” de toda espécie, assim como “desmanchos” e afirmações para isso e aquilo...
E os aflitos, os supersticiosos, os impressionáveis, os filhos-de-terreiro, dão e sempre com prazer, visto esperarem sempre uma melhoria ou uma vantagem qualquer por via disso (aliás a tendência da maioria das pessoas que freqüentam “giras”, é pagar, gostam de o fazer).
Assim – ele, o médium – de tanto fazer trabalhos materializados, sempre por conta própria, mas tudo relacionado com os “exus” (que é o espantalho para essa maioria de ignorantes, de simples, de ingênuos etc.) e que envolvem materiais grosseiros, acaba chafurdado na vibração pesada dos espíritos atrasados, que passam a rondá-lo ou a viver em torno dele, ansiosos por esses tipos de oferendas...
A sua entidade protetora, como sempre, já lhes deu vários alertas que ele não levou na devida consideração, pois o dinheiro está entrando que é uma beleza...
E nessa situação o aparelho já está “cego e surdo” a qualquer advertência e o seu caboclo ou o seu preto-velho, que, para ele, já são incomodativos, visto temer que se manifestem mesmo de fato nele e levantem toda essa sujeira, desmoralizando-o (como tem acontecido), se afastam e deixam-no envolvido com o baixo-astral, com quem já esta conluiado... pois ele, o médium, tem o sagrado direito de usar o seu livre-arbítrio como bem queira... já o dissemos.
Porém, chega dia em que esse infeliz aparelho necessita de uma firme proteção para um caso duro e apela para a presença do verdadeiro guia e NADA... Abalado, dentro de um tremendo choque, aterrado mesmo, ele verifica que os fluidos são de exu e de outros, bastante esquisitos e que lhe causam mal-estar e que não tinha percebido antes, claramente.
Alguns ainda param, fazem preceitos, para o anjo da guarda, enfim, pintam o sete, para ver se o protetor volta... porém, NADA...
Então, comumente se deixam enterrar mais ainda nesses aspectos, porque afinal de contas o dinheiro é coisa boa e traz muito consolo por outros lados.
Todavia, apesar da fartura do dinheiro fácil reconhecem depois de certo tempo que é um dinheiro maldito... passam a viver com a consciência pesada, irritados e sempre angustiados. O fim de todos eles tem sido muito triste... ou surgem doenças insidiosas, ou os vícios para martirizá-los por toda a vida ou acabam seus dias na miséria material, pois a moral já é uma cruz que ele carrega desde o princípio de seu fracasso mediúnico... Agora falemos do

 3º CASO – A queda pelo fator Sexo.
 Esse é um dos aspectos mais escabrosos, um dos mais escusos e uma dos mais difíceis de ser perdoados pela entidade protetora... É um caso que está intimamente ligado ao 1º ou seja, o da vaidade excessiva.
Um se completa, quase sempre, com o outro, e às vezes os três juntos. Temos em nossos 26 anos de Umbanda, assistido, constatado, identificado, positivamente, a situação ou as condições de vários médiuns que caíram desastrosamente por causa do elemento sexo...É que esse é um dos fracassos mais duros de ser suportado, não resta a menor dúvida, porque mais do que nos outros, a MORAL do médium fica na LAMA em que ele se SUJOU. Por mais que eles digam e se desculpem de toda forma, ninguém se esquece, ninguém consegue apagar da lembrança a causa do seu fracasso....
É uma MANCHA que, mesmo que ele tenha se regenerado completamente ,mesmo assim não se apaga... Já dissemos como é que o médium de fato é logo envolvido pelas criaturas, com admiração, bajulações e fanatismo. Ele sente um constante endeusamento em torno de si e quase que sem sentir vai caindo na faixa da vaidade.
Particularmente (convém repetir) se sente muito visado pelo elemento feminino, que tem a propensão para se deixar fascinar pela mediunidade, mormente quando a vê num homem bem apessoado.
Bem, todo médium que trabalha na faixa da luz, no combate a todas as mazelas, especialmente contra o baixo-astral – convém sempre que o lembremos – é avisado constantemente pelas entidades protetoras de que sua regra de todo instante é o “orai e vigiai”...
Por quê? Porque o baixo-astral que ele contraria, por força de sua mediunidade positiva, fica na sombra aguardando uma oportunidade para atacá-lo...
Logo, se ele tem um ponto fraco qualquer, nesse caso, uma forte predisposição sensual, é certo que esse mesmo baixo-astral lançará mão de todos os recursos para instigá-lo nessa parte...
Então, como não podem atacar diretamente, costumam fazê-lo, lançando sobre ele a tentação do sexo através de algum elemento feminino que o cerca e que por sua própria natureza é fraco. Isso no caso do homem-médium. No caso da mulher médium é a mesma coisa. Essa cai mais depressa. Lançam o elemento masculino sobre elas e pronto... quase não tem muito trabalho, pois a mulher tem uma ponte de contato maior, muito maior do que o homem, para o baixo-astral – é sua natural vaidade que é logo decuplicada... e pronto... é difícil escapar (há exceções, é claro. Estamos nos referindo à causa comum do fracasso).
Mas que não haja dúvidas do seguinte: o médium é alertado, pela sua entidade protetora, de todos os aspectos negativos que o cercam. Exercem uma constante vigilância sobre ele e nada acontece a esse médium se ele está dentro da moral ou da “linha justa”. Agora, se esse médium, usando de seu livre-arbítrio, dentro de uma incontida predisposição, já por ter criado pela vaidade uma série de condições negativas, vira as costas à moral e à “linha justa”, construiu a ponte de contato mental ou vibratório para as influências inferiores. Dentro dessas condições ele está repelindo as influências benéficas e protetoras de suas entidades, que se vêem jogadas a um segundo plano... E é por tudo isso que, nessas questões, nesses casos de médiuns-fracassados por causa de forte incontinência sexual ou pelo irrefreável sensualismo em torno de mulher ou moça de seu próprio terreiro, não tem desculpa... ou melhor: um ou outro, excepcionalmente, dadas certas condições particularíssimas de sua vida, foram desculpados, porém, dentro do ultimatum de ser o primeiro e o último... Porque, infelizmente, é duro mas nós vamos dizer: todos os fracassos, todas as quedas de médiuns, quer seja homem ou mulher, tem se dado, invariavelmente, com elementos ou criaturas que estão dentro do terreiro ou que fazem parte do corpo-mediúnico, isto é, criaturas que estão sob a responsabilidade moral e espiritual do médium-chefe...Não é que estejamos nos arvorando de Juiz – longe disso! Quem somos nós para isso... Estamos nos baseando, tão-somente, na observação fria, no fato inconteste de que, quase todos eles – os médiuns decaídos – foram abandonados pelos seus protetores imediatamente e esses protetores não mais voltaram...
E se abandonaram e não mais voltaram é porque não desculparam o ERRO ou os erros... E é claro, patente que, se esses protetores não mais voltaram a ter ligações mediúnicas com o seu “aparelho”, é porque ele NÃO SE REGENEROU, não entrou no sincero arrependimento, indispensável à verdadeira reintegração moral-mediúnica...
Assim falamos porque, além da observação direta, além dos esclarecimentos dados sobre o assunto por uma entidade amiga, temos acolhido as lágrimas de remorso de inúmeros irmãos que foram, no passado, médiuns de fato e que depois de terem usufruído por muito tempo de toda uma aparente situação, acabaram rolando pelo caminho da doença, da miséria material e moral...
Assim, queremos reafirmar aqui, em tintas negras, para esses irmãos médiuns que estão predispostos ou que PROSTITUIRAM a sua mediunidade e que CONTINUAM dentro dessas condições, isto é, sem terem até o presente procurado o caminho da REGENERAÇÃO, sinceramente, humildemente, que a LEI É DURA e eles não podem nem imaginar o ABISMO DE HORRORES que os esperam do outro lado da vida...
Esses médiuns decaídos, fracassados, que persistem no caminho do erro , quando desencarnarem se verão face a face com o cortejo de horrores, blasfêmias, ameaças e clamores de vingança daqueles que eles envolverem em suas tramas de erros, interesses mesquinhos, por via de seus trabalhos, de suas consultas erradas, de toda má orientação que deram a seus semelhantes. Por via da influência inferior que acolheram. Verá todo aquele baixo-astral, que ele arrebanhou para servi-lo através dos preceitos grosseiros em que ele se transviou, RIR SATÂNICAMENTE, fazendo valer seus diretos de conluio, isto é, arrebatá-lo para o seu lado...
Verá, quando transpuser o túmulo (se desprender dos laços carnais, pela“morte”) como num panorama tétrico, o desfilar em sua própria consciência de todos os seus desacertos.
A sua imaginação apavorada, exaltada, fará uma revisão tão precisa de seu passado, que tremendos pesa adelos astrais o acometerão como hediondos fantasmas que não dominará e nem sequer poderá afastar de sua mente espiritual...
Angustiado, acovardado, se verá presa desse astral-inferior e dos irmãos que ele enganou e prejudicou na vida terrena...Ele será arrebatado – quase sempre é assim – pelo astral inferior por muito tempo, até que a Providência Divina lhe dê uma chance para libertação...
Agora devemos reafirmar duas coisas.

– Que nem todos os médiuns, por que são da Corrente de Umbanda e por força dessa circunstância tem de lidar com os efeitos do baixo-astral, tendem fatalmente a serem atacados, a serem envolvidos, enfim, a fracassar... Não! Nos da corrente dita como kardecista, essas situações também acontecem. “aqui como lá, maus fados há”... Conhecemos também vários médiuns de fato que tem a proteção do seu “caboclo, de seu preto-velho”, desde o princípio, há 15, 20 e mais anos. Nunca se desviaram da linha-justa e nunca sofreram nada a não ser as naturais injunções ou provações de seus próprios karmas...
A
2a Reafirmação é a seguinte: que no caso de todos os médiuns fracassados, os seus protetores muito lutaram para evitar as suas quedas; fizeram o possível e o “impossível”. Muitos desses “caboclos, desses pretos-velhos”, chegam até a disciplinar, a castigar mesmo o aparelho, antes do abandono final. Por vezes, jogado numa cama, com pertinaz moléstia, por meses e até por um, dois e mais anos.
Dão-lhes certos tombos na vida material. Fazem ficar desempregados, passando necessidades etc. É como se diz na “gira de terreiro”... “fulano está apanhando que só boi de canga”... 
 Esses médiuns que estão dentro dessas condições disciplinares ficam revoltados, chegam até a xingar os seus guias etc., e costumam “correr outra gira”, para ver “o que é que há com eles”.
E lá vão se queixar ao protetor do outro, que naturalmente já sabe do que se trata. É quando “preto-velho” diz com muita propriedade: “em surra de preto velho eu não boto a mão”... ou então, “quando caboclo bate, não reparte pancada”...
Depois de uma séria disciplina, alguns desses médiuns se emendam, ficam com medo e não facilitam mais, isto é, começam a dominar a excessiva-vaidade ou voltam à linha-justa quanto à ambição pelo dinheiro ou às cobranças desregradas, ou sobrepujam as suas predisposições sensuais incontidas... Porém, a maior parte desses médiuns, mesmo passando por uma disciplina, um duro castigo, mesmo assim, voltam a inclinar-se desastrosamente nas antigas e adormecidas predisposições... então “caboclo ou preto-velho”, vê que não há mais jeito... não adiantou o castigo, nem advertência, nem nada..Assim, é um fato, é uma verdade que nenhum desses médiuns-fracassados ficou com o seu protetor, em sua guarda, depois de terem errado, persistindo no erro.
Esses “médiuns” costumam se desculpar, depois, dizendo que caíram vítimas de demandas muito fortes etc... mas não! Foi “força de pemba” mesmo. Foi a Lei que faz executar sobre eles o “semeia e colhe”... A “força de pemba” às vezes é tão grande, desce com tanta rapidez sobre o médium que prostituiu sua mediunidade que muitos são levados ao suicídio, à embriaguez e a vergonhas maiores... Você, meu irmão umbandista (ou não) que acaba de ler tudo isso, sabe lá o quão doloroso é, para um médium, depois de ter sido admirado, acatado, respeitado, tido sua fase de glória mediúnica, acabar completamente desmoralizado, desprezado, em face de sua moral-mediúnica, sua moral-doméstica e social que ficou a ZERO?....
Porque, meu irmão umbandista – cremos que você compreendeu bem o caso – não é o erro em si, porque errar é humano e afinal todos nós podemos escorregar, de uma forma ou de outra! A questão é cometer o mesmo erro, é persistir nos  MESMOS ERROS. Caboclo e preto-velho não são CARRASCOS, mas não podem acobertar erros nem a repetição dos mesmos erros...


Texto extraído do livro Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda
A MEDIUNIDADE NA UMBANDA

Já temos escrito muito sobre mediunidade e, pelos esclarecimentos que demos, temos a certeza de que centenas, milhares de criaturas, de irmãos, já conseguiram se libertar, isto é, já quebraram os grilhões que prendiam a certas práticas “mediúnicas”...
Conseguiram essa libertação porque, lendo e meditando, vendo e comparando (segundo as simples elucidações contidas em nossas obras) romperam os “véus” que lhes obscureciam o entendimento e eles passaram a ver esses aspectos corriqueiros de certas sessões em suas justas condições...
E é por isso que doutrinam por todos os lados: “a pior cegueira é a da ignorância”... e o único remédio para ela se chama – esclarecimento.
Nós temos cumprido a nossa parte nesse mister – graças a Jesus, o Mestre de Justiça do Planeta Terra!
Não há escapatória, não há evasivas em face dos Tribunais do Astral para aquele que ilude, que explora e alimenta a boa fé do ignorante... sabendo conscientemente que deve e pode esclarecê-lo!
E nós estamos, como sempre, esclarecendo mais um pouco; vamos dizer “duras verdades”, porém, necessárias... Não nos move a vontade de destruir, atacar, criticar! Não! Apenas somos movidos por uma força imperiosa que, do astral,ordena que digamos a verdade – sempre a verdade...

Portanto, devemos reafirmar em alto e bom som: mediunidade, ou melhor, médiuns de afinidade direta da Corrente Astral de Umbanda existem!
Apenas não estão todos por aí, aos milhares, nas sessões de todas as noites, como se fosse a coisa mais banal desse mundo “receber” (incorporar) centenas e centenas de entidades...

Como se falanges e mais falanges de “caboclos e preto-velhos” estivessem à disposição deles médiuns”, prontas a entrar em função a um “simples toque deum botão elétrico”... em atendimento ao simples fato de assim desejarem...
Como se as condições reinantes na maioria dessas sessões estivessem de acordo, em sintonia, para que, dentro da Lei de afinidade, eles encontrassem campo para os legítimos contatos mediúnicos!
Dissemos acima que médiuns da Corrente Astral de Umbanda existem, mas não estão por aí, assim... às ordens de qualquer um...
É impossível que outros – não apenas nós – ainda não se tenham apercebido de que, há anos, já se fez sentir sobre todos os ambientes que praticam ou invocam as manifestações mediúnicas, a força de uma lei que, já em 1956, em nossa obra “Umbanda de Todos Nós”, denominamos como de retração!
Sim! Houve e continua havendo grande retração dos fenômenos mediúnicos ou espíritas propriamente ditos, sobre dezenas, centenas talvez de criaturas que portavam, de berço, o dom da mediunidade e apenas estavam aguardando o tempo justo do desabrochar! Mas – porque isso aconteceu e está acontecendo? ...
Ora, porque mercantilizaram a mediunidade, expuseram-na nos balcões dos mais variados e inconfessáveis interesses e dos mais tortuosos desejos e, não é só: expuseram os médiuns inexperientes em panoramas de vaidosas encenações, de tais humanas atrações que, os que não baquearam, caindo de vez, envolveram-se tanto e tanto que acabaram a “ver navios”... ficaram sós, sem assistência de seus
protetores que foram ... “oló”...
Dizem que essas coisas todas e outras mais são sinais dos tempos, males da época, fim de ciclo!...
Cremos que sim! No entanto, precisamos fazer algo mais, todos, trabalhando, combatendo, doutrinando em benefício dos que ainda podem se salvar e dos que ainda não caíram nos abismos das quedas, dos fracassos. Lancemos, enfim, um brado de alerta nos predispostos... e, particularmente, aos que andam em busca do caminho certo e que “não querem comprar nem vender ilusões”...
Porque, em qualquer Tenda de Umbanda onde houver sinceridade, limpeza moral etc., é possível, é quase certo, ter a assistência desses humildes trabalhadores da seara do Cristo-Jesus – chamados “caboclos, pretos-velhos e crianças”...
Para isso é necessário que criem as condições indispensáveis a suas presenças!Porque, mediunidade é sublime missão, é luz redentora! É ter humildade, é ter compreensão, é ter simplicidade! Não queremos dizer, assim, que todos sejam perfeitos! Não! Perfeito só o Pai – como disse Jesus... 
Porém, que cada qual se capacite e passe a entender claramente que, com sujeira de corpo, de alma ou de ações, NINGUÉM PODE SER UM VEÍCULO DE FATO E DE DIREITO DE CABOCLO OU PRETO-VELHO!!!
Assim, vamos iniciar agora mais uma de nossas conversações francas e diretas......Você, meu irmão umbandista, que dirige uma sessão, é chefe-de-terreiro, como se diz vulgarmente – tem o “seu terreiro”, cheios de médiuns? Claro – você o tem......Você é dos “tais” que “desenvolve” os seus médiuns rodando-os desesperadamente e jogando sobre eles as fumaçadas de um possante charuto ou de um rijo cachimbo, desse que até tem uma figura com chifres? E ainda diz por cima disso tudo, quando eles dão cabeçadas às tontas e mesmo caem no chão: “você precisa ter mais fé... caboclo quer pegar você firme, mas você está muito duvidoso dele”......Pois bem, meu irmão – se você faz isso, não passa de “um cego, guia de cegos”...... Meu irmão “chefe-de-terreiro”: você é desses que sugestionam uma criatura,
afirmando que ela é médium mesmo, que tem um bonito caboclo ou um poderoso preto-velho e mesmo um grande “orixá”, só para prendê-la no seu terreiro e acrescentar mais um a sua corrente ou ao número dos que ali já estão nessa esperança, produzindo assim mais um candidato ao neuro-animismo e à mistificação inconsciente? É? ...
Pois bem – você está agindo mal, está alimentando a boa fé dos ingênuos, dos ignorantes, está vendendo ilusões e a qualquer instante você poderá cair em “maus lençóis”... porque, você esta querendo “mascarar” os outros, com sua própria “máscara”. (Porque oh! Irmão – sugestionar uma pessoa para ser “médium” é empulhar, ou melhor, é predispor o seu psico-somatismo a sensíveis e mesmo a graves irregularidades ou transtornos... Conhecemos pessoas de um animismo tão profundo,
que, “por dá cá aquela palha, recebem “espíritos”, às vezes, até deitados na alcova”... 
E jamais podemos esquecer as ações de uma certa criatura que possui a mais perfeita máscara artística que já vimos num neuro-anímico. Ele chegava até a se emocionar, chorar mesmo... “quando via os espíritos”, ou seja, “as suas entidades protetoras”, que, naquela altura, já as contava em número de onze. 
Tudo nele, em matéria de mediunidade, era mais perfeito do que nos outros – pois chegava até a “testar” a mediunidade dos outros... Suas entidades [afirmava] são de alta função e iluminação...“Possui” um “caboclo” que [segundo ele] é assim como uma espécie de chefe de polícia lá no astral... Tem “guias”  caboclos, caboclas, bispos, padres, médicos famosos e iluminados do astral... até o Bezerra de Menezes ele “tem” [pois essa criatura neuro-anímica veio do kardecismo e virou “tata de umbanda”]
Foi quando sua vaidade neuro-anímica se expandiu tanto, que ele “arranjou” ou se fez “médium” até de um MANU [Manu – no alto ocultismo indiano ou na filosofia oriental, vem a ser o mesmo que um Cristo Planetário]... Vejam! É para rir ou para chorar?...E desses está tudo cheio por ai... 
A turma só quer “receber” Manus, Mestres orientais, caboclos chefes de legiões, médicos famosos etc... Que é que se pode fazer com essa turma de neuro-animicos? Nada! Apenas orarmos sempre, para que eles deixem de “vender tanta ilusão a si próprios”...)
... Meu irmão – “poderoso babalaô, tata, pai-de-santo, babá ou como quer que lhe chamem: você é desses que, além disso tudo, ainda inventam preceitos de toda sorte, vão às cachoeiras, ao mar, à mata (e à “encruza” também) e “empassocam” a cabeça das pessoas tidas como médiuns com bebidas e ervas confusas e ainda enchem o pescoço dos ditos com esses lindos colares de louça e vidro e até os
envaidecem mais, determinando que eles adquiram esses vistosos cocares de penas multicores para se exibirem e dar mais encenação a sua sessão?... É? ...
Então, oh! “poderoso irmão”, a sua situação em face da lei, esta mal parada, mal situada. Nessas condições você pode esperar a qualquer instante um “estouro” do baixo-astral no seu terreiro...
Você está “brincando de umbanda”, ou está brincando com a verdade? A tolerância também tem um limite...
Meu irmão em Cristo-Jesus: você é um desses tais que ainda fazem “camarinha”com raspagem de cabeça e sangue na dita, para “firmar o orixá”, nos “seus” filhos de-santo?
E ainda diz que isso é Umbanda de fato?

Não façam isso assim – dizendo que é de Umbanda... Pode ser de tudo que você queira, menos de Umbanda.
Meu bom irmão, filho do mesmo Pai, que vem da mesma essência de todos nós, que é ou quer ser umbandista: vamos cumprir a nossa parte, vamos cooperar com o Cristo-Jesus, dentro da Corrente Astral da Umbanda!...
Vamos fazer a caridade, vamos ajudar os nossos semelhantes, vamos promover as condições adequadas para que os médiuns de fato possam surgir, possam realmente desenvolver os dons que já tenham trazido do berço!
E para isso é preciso que você tenha na devida conta apenas esses simples fatores...

Mediunidade é coisa espontânea... Ninguém bota um dom na cabeça de ninguém! Quem faz isto são os Mentores Karmicos, antes mesmo do individuo encarnar... Isto é outorga, é concessão e consta na ficha karmica da criatura! É coisa que é posta em cima – não embaixo!... 
Então, quando as criaturas que portam esse dom (em qualquer uma de suas modalidades) surgirem em seu terreiro, forneça-lhes as condições adequadas para que possam desabrochar!...

Médiuns precisam de ambientes serenos, precisam de harmonia e sobretudo que esses ambientes se pautem na linha justa da moral!... para se expandirem verdadeiramente!...

Então, para que essa barulhada de tambores, de palmas e de gritos? É carnaval? É terreiro de Umbanda ou escola de samba? Esse alarido todo é para atordoá-lo? Para confundi-lo? Para estourar a sensibilidade neuro-medianímica de seus plexos nervosos?
Você não sabe – pois fique sabendo agora: com tambores, gritos e palmas, os médiuns acabam se atrofiando completamente! E é por isso que no seu terreiro tem muita gente “vestida de médium”, mas médium mesmo que é bom, não tem nem um...
Porque esses irmãos todos que estão ai, cercando você, uniformizados, denominados por você médiuns, estão confiando-lhe as suas questões espirituais, íntimas etc.; assim, é claro que você está assumindo uma tremenda responsabilidade karmica sobre eles! Portanto, cuidado, não os iluda com supostos
dons mediúnicos...
E finalmente, meu irmão: você tem o direito de ter o seu terreiro, a sua sessão. O que você não tem direito é de alimentar – tornamos a dizer – a ignorância do ingênuo ou do crédulo, em seu benefício...
O que você precisa fazer e com urgência é o seguinte: promover as suas sessões, com paz, com harmonia espiritual e sobretudo com honestidade.
O que você precisa fazer, sempre, é pedir humildemente a Jesus – O Mestre de Justiça do Planeta Terra, a Sua mercê, através desses caboclos e desses pretos velhos, que você tanto invoca e que são também seus mensageiros...
E o que você deve fazer já é alertar os que estão cegos pela vaidade e pelo fanatismo destruidor, para que não caiam nos abismos dos fracassos e das quedas mediúnicas!...
Mostre-lhes certos panoramas do meio, cite exemplos e ajude aconselhando  cumpra a sua parte!
Diga-lhes que o médium – seja em que corrente for – é uma antena, sujeita as forças positivas e ao choque das negativas!
Olhe, você quer saber em pormenores como é que os médiuns baqueiam? Quer saber quais são as três vias que os conduzem às mais desastrosas quedas?
Pois então leia na outra página, e com muita atenção, o que ali se encontra (Já demos em nossa obra “Lições de Umbanda...” algo sobre isso; em “Mistérios e Práticas...”, fomos mais longe um pouco. Porém, recebemos tantos apelos para que rasgássemos mais os véus, pormenorizando mais ainda essa “espinhosa questão” que, agora, vamos ser mais claros e diretos. É preciso, é imperioso.)


Texto extraído do livro Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda

domingo, 8 de julho de 2012

ENTREVISTA COM MATTA E SILVA
Perfil de Matta e Silva
Sábio e erudito pesquisador da Umbanda

Seu nome completo é Woodrow WiIson da Matta e Silva, que lhe foi dado em homenagem a um dos presidentes dos Estados Unidos (l9l5). Nasceu no dia 28 de junho de 1916, numa cidadezinha do estado de Pernambuco: Catende. O mesmo que Katendê¹ (Orixá do Tempo dos Nagôs), e de lá saiu para o Rio de Janeiro. Onde residiu.

Desde menino se dedicou às letras, tendo colaborado em revistas, jornais etc. Porém. somente em 1954 foi que começou a escrever sobre a Umbanda, tendo lançado em 1956 o livro "Umbanda de Todos Nós", cumprindo uma ordem de seu mentor espiritual, Caboclo Velho Pajé. Praticou e estudou a mediunidade por mais de 40 anos como um iniciado. defendendo uma religião, uma doutrina. uma filosofia que é a Umbanda do Brasil.

Livros: Umbanda de Todos Nós; Sua Eterna Doutrina; Lições de Umbanda e Quimbanda na palavra de um Preto-Velho; Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda; Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda; Umbanda e o Poder da Mediunidade; Umbanda do Brasil; Doutrina Secreta da Umbanda; Macumbas e Candomblés na Umbanda.”

Entrevistar Matta e Silva é um privilégio raríssimo. Considerado um dos primeiros divulgadores de nossa doutrina no Brasil. Grande estudioso dos cultos afro, Matta e Silva é respeitado como intelectual e sério pesquisador das origens e mistérios da Umbanda.

Aqui estão respostas que consideramos de alto valor para elucidação dos leitores, podendo provocar aprovação e aplausos, como também causar polêmica e discordância. Mas, de qualquer forma, partindo de quem as produziu, deverão, não só fixar uma posição definida da filosofia do entrevistado, como também contribuir para o maior conhecimento de nossa religião.


Qual a origem da Umbanda?

A Umbanda tem dois lados: o esotérico e o exotérico, ou seja. o interno (esse que guarda o valor de seus fundamentos dos ritos secretos e que estuda e ensina sua ancestralidade através das raças etc.) e o externo, que é o lado que chamamos de "Umbanda Popular", cheia de crenças, crendices, superstições e mitos onde misturam tudo, menos a mediunidade de fato.

A origem da Umbanda popular está aqui mesmo no Brasil, e surgiu no grito do Caboclo Curuguçu e no advento do Caboclo das Sete Encruzilhadas e de outras Entidades Espirituais que, simultaneamente, surgiram em varios terreiros, revelando o termo Umbanda como bandeira de um novo movimento, em face da poluição espiritual, moral e da magia negra. Temos uma obra no prelo. que sairá em fins de julho - "Umbanda e o Poder da Mediunidade", ampliadíssima, que define tudo isso, ponto por ponto.

Qual o valor do sincretismo entre os santos da igreja católica e os Orixás?

No sentido real. nenhum. Na vivência da Umbanda popular, serve como valor místico, sugestivo e relativo.

Como se explica a evolução da Umbanda no Brasil?

O povo tem conflitos. angústias e um sem número de problemas. Nenhuma religião vinha respondendo a seus apelos mais diretos e concretos. Como pagar a psiquiatras. psicanalistas etc.? Como pedir, desabafar, chorar? Só nos terreiros mesmo. É só encontrar Caboclo e Preto-Velho de verdade, que será consolado, compreendido, ajudado e curado. Daí é que tudo foi crescendo; os adeptos e os terreiros, já na base dos 150 mil, por esses Brasis afora.

A Umbanda é Espiritismo somente ou é também Doutrina Espírita? Qual a diferença?

A Umbanda não é e não incorporou nada. Diretamente, dessa Doutrina dita Kardecista. Reencarnações, reajustamentos (a Lei de Consequência, o mesmo Carma dos Orientais) pela dor, pela vivência humana, são pontos de doutrina tão antigos quanto os livros sagrados de todos os povos ou raças do mundo. Até entre nossos antiquíssimos pajés. Tudo isso era conhecido pela sabedoria dos Velhos. O TUJABAE-CAÁ. A diferença? Da água para o vinho. A Umbanda tem Iniciação, Ciência dos Ritos Sagrados, Magia, Metafísica e Filosofia inéditas (vide Doutrina Secreta da Umbanda).

Os rituais de Umbanda podem ser chamados de Magia Primitiva?

Os ritos da maior parte dos terreiros de Umbanda popular são ainda muito primitivos e fazem "coisas" que pensam ser magia.

A que se deve a discrepância de conceitos e ensinamentos encontrados na literatura de Umbanda?

Livros e mais livros têm surgido como literatura Umbandista. aos borbotões. Porém na sua maioria, são de narradores e aproveitadores e não de autênticos escritores-pesquisadores, sobretudo de escritores iniciados de gabarito, para ensinar a Doutrina de Umbanda do Brasil. Esses citados narradores e aproveitadores vêm com esse tipo de literatura, alijando a fé e o psiquismo dos que tem se apoiado nela. "Serão chicoteados nos 'Tribunais do Astral"... Não perdem por esperar...

Sabendo que os Orixás são forças divinizadas da Natureza e que o sincretismo religioso foi o responsável pela sobrevivência do culto africano em nosso meio, como, hoje, poderemos nós estabelecer relação verdadeira entre os santos católicos e os Orixás, sabedores que somos da falta de contemporaneidade entre eles?

Os Orixás nunca foram considerados "forças divinizadas da Natureza" entre os Nagôs. Forças ou elementos da natureza são os íons. os elétrons, os prótons, os átomos, as correntes eletromagnéticas e, por extensão, os raios. os trovões, os ventos, as tempestades etc. Mas isso tudo não são os Orixás e nem forças no sentido de divinizadas, são elementos da Natureza, já ouvimos um Pai-de-Santo dizer na televisão que o Orixá Xangô era a pedra...

Orixás (ori - cabeça: xá ou sá - dono. senhor) sempre foram venerados entre os Nagôs como divindades (habitantes do Orun, isto é, do além, do astral superior), como Potências Espirituais; inteligências que comandam forças ou os elementos da Natureza. Esses ditos escritores "fajutos" vêm complicando tudo. Não há relação direta entre os santos católicos e os Orixás, pelo menos entre os principais Orixás, a não ser a título de ilustração esotérica: Yemanjá poderia ser O “Ànjo-de-Guarda" de Maria ou Myriam de Nazaré, a mãe carnal de Jesus.

Yemanjá seria seu “Anjo-de-Guarda". No sentido de ser uma mentora Kármica superior: como a mãe do Eterno Feminino.

Como a Umbanda deve ver Exu?

Exu na Umbanda popular é tudo: diabo chifrudo, bicho-papão e outras coisas assim.

Em verdade, é um Espírito em função cármica disciplinar. Serve como agente intermediário, da Direita para a Esquerda, da Luz para a Sombra. Os Exus são uma espécie de Polícia de Choque no astral inferior; todos já passaram pela vida carnal.

A Umbanda seria uma religião milenar?

Sim. A Umbanda é uma religião milenar, sua raiz, ou seja. seu verdadeiro sistema está em todos os templos iniciáticos do mundo. desde os da Ásia Oriental, Índia, Egito etc. O sistema religioso e iniciático da Umbanda Esotérica é a mesma Ciência dos Magos de todos os tempos, quer fossem dos santuários da Lhassa. do Agharta e quer fosse praticado pelos Essênios do Mar Morto, quer o mesmo Tujabaé-Caá de nossos antiqüíssimos pajés, quer fosse ainda aquele praticado e ensinado pelos antigos Babalaôs.

Existe alguma semelhança entre os deuses da Mitologia e os Orixás?

Não.

Qual o verdadeiro significado do Orixá Omolu e por que a Umbanda o considera chefe de uma das Legiões de Exus?

Omolu, Xapanã ou Obaluaiê é um Orixá Divino. Tinha culto e sacerdócio próprios entre os nagôs. Era o único Orixá que tinha. Exclusivamente, o jogo de Búzios. Os outros Orixás não falavam por jogo de Búzios. Era considerado uma espécie de disciplinador cármico, referente às epidemias, às pestes ou às doenças de tipo coletivo. Já dissemos que na Umbanda popular misturam tudo; esse Omolu não é chefe de nenhuma falange de Exu ou de Legião deles.

Qual a diferença entre o médium consciente e o inconsciente?

Vide nossa obra "Umbanda de Todos Nós". Ela explica e deline essa questão.

O que é a Magia? Como ela é vista na Umbanda?

Magia mesmo, não se deve explicar para os leigos e nem para o umbandista não iniciado. Na Umbanda Esotérica, Magia é um de seus principais vértices.

Qual a ligação da Umbanda com o Candomblé?

Muito pouco. Somente considerou alguns de seus orixás por serem termos sagrados desde suas origens, pelas Leis ou Ciência do Verbo, da Cabala original - ário-egípcia, onde os primitivos sacerdotes de alto grau da raça africana aprenderam quando estiveram radicados às margens do Alto Nilo, no Egito.

Como o indianismo passou a fazer parte e influenciar a Umbanda?

O chamado indianismo também contém verdades esotéricas, que não são privilégio dele. A Umbanda Esotérica repele 80% do que os livros orientalistas vem ensinando para o Ocidente.

Caboclos e Pretos Velhos são Espíritos de luz que para facilitar a aproximação cultural se identificam como tal?

E claro, são de alta sabedoria. O lema deles é saber se comunicar com o povo. Ou seja. Com os de menor ou de baixa cultura - os mais necessitados. Jesus praticava entre a plebe.

A Umbanda pode ser intitulada uma religião genericamente nacional? Seria então a de tão almejada cultura brasileira ou a cultura é uma só?

Sim. Ressurgiu aqui com um sistema e um propósito. Preservadora da antiga cultura religiosa e esotérica dos antigos mistérios.

Por que existem tantos rituais de Umbanda praticados em tantos lugares? A Umbanda é uma só ou existe mais de uma Umbanda?

A Umbanda verdadeira é uma só. A diversificação de conceitos e rituais vão por conta da ignorância de seus crentes, e muito mais dos falsos médiuns, mentores, dirigentes e exploradores dela.

Há teorias novas de vários autores, sociólogos e pesquisadores do culto, que diferem muito das suas, gerando "confusão". O que o senhor tem a dizer sobre isso?

Cremos que certos autores e pesquisadores estão decalcando suas teorias das coisas que foram ver e observar nessa vivência atrofiada de terreiros sem base, por meio de um animismo desenfreado, difuso e confuso. Eles não são iniciados e nem revelaram ter cultura esotérica.

Não enxergam o trigo no meio do joio. Existe uma grande diferença entre o narrar fantasias, lendas e místicas doentias e o levantar e sustentar a filosofia de uma Doutrina, enfim, de um sistema religioso, espíritico, mágico, mediúnico e esotérico...

Essa é que é a verdade.

1 Segundo iniciados do mesmo, a data, o ano e cidade de nascimento, não esta correto, nossa função, (editor do site), é trazer a informação conforme a mesma foi publicada.

Fonte: JORNAL ARUANDA - Agosto de 1978