terça-feira, 17 de janeiro de 2012









Obrigado Deus, por me permitir evoluir e fazer de minhas vitórias e derrotas, os marcos concretos de minha obrigatória evolução.

Mais do que ver e perceber o outro é preciso se interiorizar e fazer de nossa caminhada uma marca de mudança interna (microcosmo). Além disso, é preciso deixar de ser orgulhoso e perceber que todos nós temos obrigações uns com os outros, mesmo que ainda não entendamos bem tais obrigações.


Pensar em ano Novo é pensar em reforma interna, utilizando o ano que passou como um basilador de nossas novas atitudes. Deixar de querer inventar e fazer parte do movimento cósmico de harmonia, torna-se uma boa idéia. Deixar de subverter, mentir, criar cismas, conflitos e outros vícios oriundos do orgulho, é mais que uma obrigação, é uma meta.
Lembrem-se que todos os que nos cercam tem representação microscósmica em nossas vidas; nossos pais representam todos os pais do mundo, nossos filhos, todos os filhos do mundo e nossos irmãos todos os irmãos espalhados por todos os recantos da terra. Deixar de exercer a caridade dentro de nossa casa e furtar com o dever cósmico de ser caridoso e generoso de forma absoluta, ou seja, se tornar um cidadão do mundo.

Pense nisso, releia a cartilha de sempre, dedique um tempo ao texto abaixo, ele apesar de ser antigo é fielemente atual e seu bom entendimento e prática pode nos livrar de muitas armadilhas.


O CAMINHO RETO DA INICIAÇÃO NA UMBANDA


Caríssimo leitor. Você já estará certamente convencido, conscientemente compenetrado, pelo que vem lendo e assimilando, de que a Corrente Astral de Umbanda é um fator vivo, imperante. Existe, expressa-se e se relaciona através de milhares e milhares de Falanges de Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças, Guias e Protetores. Como Guias identificamos as entidades que estão num grau muito mais elevado ou possuem conhecimentos gerais muito mais amplos do que os que se encontram no grau de Protetores.


Os Guias operam no cabalismo profundo da Magia dos Sinais Riscados - que denominamos também de Lei dePemba, e os Protetores, via de regra, são auxiliares, trabalham, isto é, operam na Magia, dentro de seus conhecimentos, porém num âmbito relativo e mais simples. Os Guias não são comuns ou afins à maioria dos médiuns; nesse caso estão os Protetores, e assim mesmo somente através dos que sejam médiuns de fato, positivos. De qualquer forma, com ou sem médiuns, as Falanges atuam sobre a coletividade umbandista, fiscalizando, frenando, amparando. Não confundir, portanto, animismo, fanatismo, influência de "quiumba" e mesmo a mistificação vaidosa, consciente, que também são fatores reais, com a legítima manifestação do Guia ou Protetor de fato e de direito. Devemos tolerar os senões apontados, visto serem produto da falta da Doutrina especializada, da ignorância, e sobretudo porque eles definem estados de consciência "dando cabeçadas nos degraus da evolução".

No entanto, desculpar ou tolerar não é compactuar, submeterse, aliar-se. Assim, o leitor já deve ter deduzido definitivamente que os valores postos em ação e reação pela mentalidade da massa são circunscritos, isto é, "medidos, pesados e contados" pelo seu grau de mentalidade ou de alcance do intelecto, e não como o produto direto da atuação das genuínas Falanges de Caboclos, Pretos-Velhos, etc.

Bem, sabemos que são inumeráveis os desiludidos por via desses fatores reais. Sabemos que se contam às centenas os simpatizantes, adeptos e mesmo iniciados inconformados e muitos até envolvidos pela sombra da descrença, dado que confundiram, misturaram o que era do humano médium com o que pensaram ser do próprio Guia ou Protetor. Conceitos errôneos adquiridos por força de tantos impactos, de tantos fracassos e de tantas desilusões, humanas, é claro. Um nosso caso particular elucida bem o que desejamos ressaltar:

"Aos 16 anos de idade tivemos a oportunidade surpreendente de falar e receber conselhos, inclusive três profecias do caboclo Yrapuã, através de urna mocinha, médium, mas de família carola, católica. Durante seguramente uns vinte anos - depois que nos embrenhamos na seara umbamdista - falamos com vários 'Yrapuãs', sem que jamais nos tenham reconhecido ou identificado, pois aquela entidade nos havia dito que voltaria a falar-nos no futuro, tendo ainda o cuidado de nos ter avisado de que, com esse nome, só existia ele mesmo. Esse retorno real aconteceu, porém, há uns dois anos atrás e por intermédio deum médium que jamais nos havia visto. Yrapuã veio confirmar os acontecimentos realizados e profetizados. Logo após subiu em definitivo; foi oló".

Por essas e por outras, oh! irmão, não é que você vai deixar de se filiar diretamente à Sagrada Corrente Astral de Umbanda, composta essencialmente dos Guias e Protetores astrais; passe por cima dessa subfiliação que implica em você se deixar cair, ou envolver, na faixa vibratória de um médium qualquer, quer seja chefe de terreiro, pai ou mãe-de-santo, tata ou lá o que for.

Isso porque as condições reinantes, de chefia, doutrina, ritual e magia, são dúbias, e você sendo urna pessoa que lê, estuda, perquire e compara, na certa não vai, nem deve, submeter-se a um "quiumba" qualquer, arvorado a caboclo ou preto-velho. Você, sendo um verdadeiro "filho de fé" da Corrente Astral de Umbanda, não deve ficar na dependência e no temor dos "caprichos de A ou de B", sabendo que o elemento mediúnico é humano; é "aparelho" sujeito a desgaste, erro, subversão de sua própria mediunidade ou dom.

E mesmo que o médium seja bom, positivo, correto, esclarecido e com bons Guias ou Protetores, está sujeito a morrer, adoecer e a errar também, podendo inclusive surgir um problema qualquer no terreiro com você e conseqüente afastamento; portanto, a filiação direta e tão-somente a faixa espirítica, moral e vibratória de um chefe de terreiro não é o bastante para lhe acobertar de eventuais problemas ou decaídas mediúnicas, cisões, etc. Entenda bem: se você é filho de santo ou iniciado por um Guia ou Protetor de um médium, está, ipso facto, ligado essencialmente quer à sua corrente espirítica mediúnica, quer às suas condições mentais ou psíquicas, morais, etc., isto é, fica envolvido inteiramente em sua orientação, práticas, subpráticas ou rituais.

Se ele morre, erra ou decai na moral e na mediunidade, lógico que você fica impregnado, comprometido com todos os fatores mágicos, ritualísticos ou práticos e astrais a que tanto se ligou por intermédio dele, e se você brigar com ele e se afastar, muito pior, porque haverá forçosamente um impacto moral, mental, astral, isto é, um choque de correntes, quer a razão esteja com você, quer com ele, e como a maioria desses chefes são vaidosos e cheios de sensibilidade, esperam que o caso não fique assim ... assim ... entendeu, não é?

Por essa e por outras é que existe, acertadamente, no culto africano a tirada da mão de vumi, isto é, ninguém que enxergue um palmo do assunto deseja ficar ligado às influências astrais do defunto "pai-de-santo", ou aos impactos decorrentes de uma decaída ou cisão. E se levarmos diretamente ao caso do erro ou da subversão dos valores morais-mediúnicos, tanto pior, pois aí é que você vai receber a metade da pancadaria, ou melhor, as sobras da derrocada. Lógico.

Você estava ligado, comprometido e até participava de trabalhos especiais constantemente (embora inocente ou inconscientemente, na confiança), como queria ficar isento dessas injunções? Magia é magia. Astral é astral. Ligação é ligação. Raciocine, entenda e compare.

Então, não convém a ninguém (adepto ou iniciado) ficar sujeito a essas eventualidades ou condições, mesmo que o médium seja da linha reta, em tudo por tudo. Não mantenha ilusões, estamos lhe dando um recado, que vem muito de cima e não de baixo.

O que lhe convém é se pôr a coberto de qualquer uma dessas eventualidades, filiando-se por cima de tudo isso e diretamente à Corrente Astral de Umbanda - a sua Cúpula Astral, composta dos Guias Espirituais, que são os seus legítimos mentores; esses jamais subverterão essa cobertura, essa proteção, porque não são humanos, não são médiuns.

Se você seguir o que vamos aconselhar, vinculando tudo ao item 2, do qual vai inteirar-se logo adiante, nada terna, nem mesmo o seu chefe, quer seja caboclo ou preto-velho, quer seja o próprio médium, porque o Guia ou Protetor, seu ou desse médium, não pode negar, nem desfazer e nem obstruir isso, alegando qualquer coisa, porque se assim proceder, não é um legítimo integrante dessa Sagrada Corrente Astral de Umbanda, visto estar na obrigação de saber que a Ordem é de cima, da Cúpula Astral, e não de baixo, pessoal, nossa. E não se esqueça, irmão, todo "quiumba" prima pela vaidade, arrogância e desfaçatez.


Tudo o que lhe vamos TRANSMITIR redundará numa FILIAÇÃO ou numa INICIAÇÃO Astral DIRETA - não alterando outros fatores ou valores, e se o fizer, é para melhor, mesmo que você conserve outros talismãs ou colares particulares, de seus protetores, de seu terreiro. Porque por onde vamos encaminhá-Io encontrará urna superfiliação e não apenas urna subfiliação, pois vai implicar em:


1º) conselhos e advertências claras, positivas e irreversíveis dentro da Linha da Reta Iniciação;

2º) consolidação disso tudo, numa GUIA CABALÍSTICA, ordenada e CONSAGRADA pela Cúpula da Corrente Astral de Umbanda, que sintetiza, representa e traduz: a) os Sagrados Mistérios da Cruz; b) o Signo Cosmogônico da Hierarquia Crística; c) a Alta Magia da Umbanda e a sua identificação corno genuíno adepto ou iniciado umbandista. Essa guia (colar com a cruz e o triângulo – veja adiante) define cabalmente o lado A - UMBANDA Evolutiva, o lado B - Africanismo degenerado, catimbó, pajelança, rituais confusos, práticas grosseiras, mescladas, etc. Atente primeiro para as questões relacionadas com o item 1º. Pratique a caridade, seja lá corno for; por intenção ou sentimentos bons, por generosidade e até mesmo por vaidade - faça a caridade, quer material, quer moral, quer astral-espirítica.

O único "talão de cheque" que você pode levar quando deixar essa sua carcaça apodrecendo lá na cova é esse; único pelo qual pode sacar no Banco Cármico do Astral. Lá você pode depositar suas "ações", sujeitas até a "correção de valores" entre seus méritos e deméritos, e onde se aplica a regra eternal do "fora da caridade não há salvação".
Não aceite a baleIa que por aí pregam, de que "a caridade sem a boa intenção nada vale". Isso é força de expressão doutrinária "de nossos melodiosos irmãos kardecistas".
Toda ação positiva, quer parta da pureza intencional, quer parta simplesmente da generosidade, quer seja impulsionada apenas pela vaidade, produz um benefício, um conforto, uma satisfação, um alívio.

Portanto, será contada, medida e pesada, para que se lhe atribua um valor. Entretanto, a caridade não se restringe apenas ao socorro aos que estão necessitados de comida, roupa ou medicamento; há outros elementos, por via de certos conhecimentos, poderes psíquicos e mediúnicos. Os desesperados e decaídos por causas morais, emocionais e astrais são incontáveis e a esses nem sempre o pão e a roupa fazem falta. Asseveramos isso de cadeira, porque militamos como "curandeiros e macumbeiros" há quase trinta anos. Sim, porque, via de regra, o médium que cura é logo apodado de "curandeiro" pelos interessados, invejosos, despeitados e contrariados, e se ele for de Umbanda, adicionam logo: "é macumbeiro".
Assim, afirmamos que há desesperos e traumas de toda espécie, complexos terríveis, que somente um "curandeiro experimentado ou um médium-magista pode enfrentar e curar". Da medicina especializada aos terreiros é onde termina a via-crucis de um sem-número de infelizes, do corpo e da alma.

A verdadeira Iniciação da Corrente Astral de Umbanda é subir pelo merecimento, pela vontade férrea, os degraus do conhecimento e do poder, a fim de adquirir as condições indispensáveis à prática desse tipo de caridade.

Para que você vive, irmão? Só para comer, beber, gozar, procriar... e vegetar? Isso os irracionais também fazem. Assim você sobe e desce, sempre navegando nas mesmas águas.
Procure ser útil a seus semelhantes, e da forma mais positiva, mais aproveitável e real, que se traduz na caridade pela sabedoria. Amor somente não o levará à verdadeira Iniciação; tem que irmaná à sabedoria das coisas.

Então, como já explanamos especialmente essa questão de caridade, esperamos que você faça tudo para pautar sua conduta dentro desses singelos itens:

a) Escute muito, observe muito e fale pouco. Não seja um impulsivo. Domine-se. E quando o fizer, que o seja para conciliar, amparar, mas sem ferir o ponto fraco de ninguém.

b) Não alimente vibrações negativas, de ódio, rancor, inveja, ciúme, etc. E nunca perca seu tempo, para não desperdiçar suas energias neuropsíquicas, na tentativa de convencer um fanático, um arrogante ou pretensioso, seja de tal ou qual setor, mormente do religioso.

c) Não tente impor seus dons mediúnicos, ressaltando sempre os feitos de seus guias ou protetores. Tudo isso pode ser bem problemático, e não se esqueça de que pode ser testado, ter desilusões, até porque, se tiver mesmo dons e poderes, eles saltarão, e qualquer um logo perceberá. Isso o "zé-povinho" cheira de longe.

d) Não mantenha convivência com pessoas más, invejosas e maldizentes. Isso é importante para sua aura, a fim de não ficar sobrecarregado com "as larvas ou os piolhos astrais" desse tipo de gente. Tolerar a ignorância não é partilhar dela.

e) Tenha ânimo forte, através de qualquer prova; confie, espere, mas se movimente de acordo com o que vai aprender relativo ao item 2.

f) Não tema ninguém, pois o medo é prova de que está com algum débito oculto em sua consciência pedindo reajuste.

g) Não conte seus "segredos" assim, a um e a outro, pois sua consciência é o templo onde deverá levá-Ios a julgamento; todavia, deve saber identificar um verdadeiro amigo, e o faça seu confidente. Isso é bom. Ninguém deve ficar "remoendo" certas coisas na consciência.

h) Lembre-se sempre de que todos nós erramos, pois o erro é humano e fator ligado à dor, à provação e, conseqüentemente, às lições com suas experimentações. Sem dor, lições, experiência, não há carma, não há humanização, nem polimento íntimo – o importante é não reincidir nos mesmos erros. Passe uma esponjano passado, erga a cabeça e procure a senda da reabilitação e aprenda a não se incomodar com o que os outros disserem de você; geralmente aquele que fala mal de outro tem inveja, despeito ou uma mágoa qualquer.

i) Conserve sua saúde psíquica zelando pelo seu moral, ao mesmo tempo que cuide da física com uma alimentação racional; não force sua natureza a se isentar da carne, se você verificar que seu organismo sente a sua falta; não abuse de fumo, álcool ou qualquer outro excitante.

j) Na véspera e logo após a sessão mediúnica não tenha contato sexual, especialmente se for participar de algum trabalho de descarga, demanda, etc., dentro de uma corrente mágica ou de oferendas.

k) Todo mês, escolha u m dia a fim de passar algumas horas em contato com a natureza, especialmente um bosque, mata ou cachoeira. O mar não se presta muito à meditação ou à serenidade quando está um tanto ou quanto agitado”. (...)

W. W. Matta e Silva

Livro Doutrina Secreta de Umbanda.

Se meu burro falasse!




Sempre que posso faço dois exercícios, um deles consiste em me desligar de todo universo afeto a Umbanda. Onde fico dias sem ler, escrever, pesquisar, ver ou me ater a atos externos praticados em favor ou contra a Umbanda. Chamo tal ato de oitiva da voz coletiva, ou melhor, é um momento em que passo a ouvir o coletivo, através de um ato de silêncio.

Bem, sendo este um problema que é da minha única e exclusiva conta, tomo a liberdade de mostrar a você que é tão humano quanto eu, que existem muitas formas de tirarmos as vendas que nos atrapalham a visão. Assim, descrevo a segunda forma de exercício ligado a Umbanda que praticamos, a qual chamo de exercício de auto análise ou de crítica construtiva. Em que pese a possibilidade de desequilíbrio entre o inconsciente e o consciente que sempre surgem com resultado, no final a concretização de tal ato é por vezes muito gratificante.

Começamos pensando nos benefícios que a religião de Umbanda e sua religiosidade têm trazido para humanidade. Depois pensamos nos benefícios que a religião de Umbanda tem trazido para o ser humano. Após analisamos os benefícios para o nosso país, depois para a nossa cidade, nosso bairro, nossa casa, nossa família e finalmente para nós mesmos, nos permitimos uma crítica. A qual tem lugar após estas primeiras análises, onde colocamos sobre crítica a importância da Umbanda para as pessoas de credo diferente dos nossos. Fazemos também uma crítica das sociedades cuja base religiosa possui uma diversidade das coisas que aparentemente são diferentes das que cultuamos na Umbanda, vamos ainda analisando os povos espalhados pelo mundo, nações terrenas e até mesmo extraterrenas.

Confessamos que após anos de análise profícua sobre a religião e a religiosidade de Umbanda, afirmamos categoricamente que somos muito inocentes e presos a forma. Nossa forma de leitura, inclusive a minha, é muito limitada. Analisamos as coisas de forma muito medíocre e apegada, por isso sofremos tanto.

Acreditamos, sem sombra de dúvidas, que o simples fato de darmos nome a nossa manifestação do sagrado já limita seu poder natural de manifestação. Criamos barreiras e falamos uma linguagem ininteligível aos nossos corações e cercamos de mimos um projeto que busca muito mais do que nossas limitadas intenções e capacidade de perceber e entender o sagrado.

Roupa branca, preta, vermelha, azul ... colares, miçangas, velas, bichos, atabaques, comidas, gritos, berros, macumbas, feitiços, magias mortas e vivas, garfos e facas, roças, terreiros, choupanas, farofas, sinais, pontos, pólvoras, velas, flores, cachaça, dendê, pimenta, cantigas, cantos e etc. Nada disso é Umbanda e ao mesmo tempo deixa de ser sua manifestação, pois muito mais que objetal, a Umbanda é uma intrincada manifestação de abarcamento e filosofia de vida. Ela avança sobre o fetichismo e espera pura e imutável pela nossa presença e vontade de mudar o nosso destino. Umbanda é vida, ela, graças ao grande espírito, não encarcera ou escraviza. Suas várias faces se adaptam a busca de cada ser, mas ela continua imaculada e bela, sem perder-se pela vontade e vaidade de cada um dos atrasados seres que se alimentam em suas sagradas fontes de conhecimento.

Para finalizar ainda existe uma última análise. Esta é feita no interior de cada ser, ela sem nenhum vício de resistência, analisa as nossas burradas, ou melhor, nossos atos de inconseqüência e ignorância. Nesta hora devemos ouvir o burro que existe dentro de cada um de nós. Dói um pouco, mas este burro precisa falar e quando um burro fala o outro abaixa a orelha. Devemos nos posicionar com um mínimo de dignidade e afastar as fontes de erro que nos fazem sofrer tanto. Deixe seu burro falar, para depois você não se arrepender de não ter deixado que o mesmo azurrasse por sua necessária mudança.

Aratanan – Ouça o burro que existe em voce, não seja ele

TEXTO EXTRAÍDO DO BLOG:

Onde buscar a Umbanda?




Você que está chegando à banda agora e mesmo você que já esta há alguns anos a perfilar as colunas da bandeira branca de Oxalá, cuidado. Cuidado em primeiro lugar com você mesmo, pois tudo de bom ou ruim que você colher é fruto do plantio feito a alhures pela vossa clara caminhada evolutiva. Já que chafurdamos nas lamas de reencarnações passadas e por impositivo da lei estamos mudando obrigatoriamente nossos graus consciencionais, receba o alerta de cuidado pessoal com seus instintos.

Existe grande diferença entre, luz, sombra e trevas. E como a Natureza não dá saltos, e, estamos no processo de regresso à luz, devido a queda de nossas consciências nas trevas que nos aniquilam a vontade, cuidado. Pois, somos fruto de nossas desmedidas atitudes e valorizamos muito o que não presta e é ruim. Penso inclusive que somos moldados já na infância a acreditar que o mal vence. Lembre-se só: “- Menino não mexe nisso que a bruxa vai te pegar; não pega nisso que o homem do saco vai te levar; não responde que a mula sem cabeça vai te levar, ...”. Uma vez adulto, estas informações ficam embutidas no nosso pensar, assim valorizamos muito o que é mal em desfavor do que é bom e nos liberta.

Esta tendência nos acompanha pelo resto da vida. E pela grande ênfase e valorização do mal que carregamos, somos vítimas de nós mesmos todo o tempo. E por incrível que possa ser temos de forma costumeira medo do mal, dos espíritos, das assombrações e companhia limitada, apenas por terem incutido em nossas mentes o poder que o mal tem de nos arrebentar a fé. Não nos esqueçamos que os espíritos, os fantasmas, as almas e companhia limitada são nós mesmos. Após os estágios na vida física, passamos a habitar o mundo paralelo e espiritual, por clara conclusão, somos nós mesmos os fantasmas, espíritos, ou seja lá o que você quiser inventar.

Diante disso, todo aquele que dominar o mal que existe dentro de nós é vitorioso e também nos domina. Basta incutir, um trabalho, uma magia, olho grande, demanda, despacho, sapironga e até mesmo uma vingança pessoal por parte dos espíritos que nos assistem, para que o mal se instale em nossas pobres almas desvalidas. Daí pra frente é um Deus nos acuda, pois a nossa tendência como sempre, é valorizar o mal que nos faz escravos de nós mesmos.

Outrossim, quando a coisa toma conta dos dirigentes de terreiro o negócio fica feio, pois quando o acesso aos bons espíritos é fechado e só sobra o que é mal, não existe outra escapatória do que se aliar ao mal que sempre valorizamos. E ai minha gente muito do que foi dito e pregado vai pelo ralo, pois sustentar o bem às vezes não nos trás nenhum pagamento perceptível em um primeiro momento, mas chafurdar no mal, nos trás uma série de aborrecimentos. Dentre deles a perda de contato com os irmãos espirituais que tanto nos amam no bem, ficando a desdita de quem os ignora arvorada nas falsas manifestações e na tentativa desesperada de fazer tudo aquilo que um dia se reservava a bondade pessoal de cada um.

A lei é clara, não tente mudá-la, o mal sempre será transformado em bem, não o contrário. Tem muito irmão por ai que pensa e age de forma contrária, mas o problema é dele, não nosso, Graças a Deus.

Nosso alerta – cuidado. 
http://umbandaeuniversalismo-umgritodealerta.blogspot.com/

SACERDÓCIO – INICIAÇÂO



Nos tempos antigos os discípulos eram considerados como propriedade do Templo ao qual se filiavam, sendo que incorriam em pena de morte caso o abandonasse sem a autorização do Sumo Sacerdote. Era o que acontecia, por exemplo, nos Templos dos Mistérios egípcios, babilônicos, hindus e gregos.
Nas sociedades tribais, aqueles que os mundo dos espíritos escolhesssem como seus instrumentos na terra estavam fadados a carregar esta responsabilidade pelo resto da vida, sendo uma de suas funções orientar e iniciar futuros Xamãs, Payés e Baba’Lawôs.
A hierarquia sacerdotal era rigorosamente observada, sendo que alguns discípulos estavam fadados à desvelar os mistérios menores e à outros era reservado o acesso aos mais altos patamares da sabedoria oculta, tornando-se assim sacerdotes dos Grandes Mistérios.
O desejo de penetrar o segredo das coisas, a sede de saber, eis o que traz o discípulo ao Templo.
A iniciação antiga repousava sobre uma concepção do homem ao mesmo tempo mais elevada e sã que a nossa. Nós dissociamos a educação do corpo daquela da alma e do espírito. As nossas ciências físicas e naturais, muito avançadas, abstraem do princípio da alma e da sua difusão do Universo; as religiões modernas, com raríssimas exceções, não satifaz as exigências da inteligência, a nossa medicia não procura nem quer saber da alma e do espírito. O homem contemporâneo, mais do que nunca, busca o prazer sem felicidade, a felicidade sem a ciência e a ciência sem a sabedoria.¹
A Antiguidade não admitia que essas coisas se pudessem separar, levando em conta, em todos os domínios, a tríplice natureza do homem². A iniciação era uma elevação gradual de todo o ser humano para as cumeadas vertiginosas do espírito, de onde se pode dominar a vida.
Para atingir o mestrado – dizia os sábios de então – o homem precisa refundir totalmente o seu ser físico, moral e intelectual.
Ora, essa refundição só é possível pelo exercício simultâneo da vontade, da intuição e do raciocínio. Por uma completa concordância desses três elementos, o homem pode desenvolver as suas faculdades até limites incalculáveis.
Existem na alma sentidos dormentes: a Iniciação acorda-os.
Com um estudo profundo, uma aplicação constante, o homem consegue pôr-se em relação consciente com as forças ocultas do Universo. Por um esforço prodigioso, pode atingir a percepção espiritual direta, devassar os caminhos do Além e tornar-se capaz de seguir por eles. Só então pode dizer que venceu o seu destino e conquistou desde cá de baixo a sua liberdde divina. Só então o iniciado pode tornar-se Iniciador, ou seja, um “criador” de almas. Porque só aquele que se governa à si próprio pode governar os outros: só aquele que é livre pode libertar.
A Verdadeira Iniciação é, pois, alguma coisa bem diferente de um sonho vazio, e bem mais que um simples ensino científico e religioso: é a criação de uma alma por si mesma, a sua eclosão em um plano superior, a sua eflorescência em um mundo divino.
Feliz aquele que compreende estas palavras porque a Lei do Mistério encobre a Grande Verdade.


Texto extraído do blog:http://vozesdearuanda.wordpress.com