quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Magia na Umbanda

EM MANUTENÇÃO

FORMA E APRESENTAÇÃO DOS ESPÍRITOS NA UMBANDA

Ao adentrarmos neste assunto , sabemos, de antemão, que vamos contrariar uma grande parte do "meio" aferrada a "esquisitas visões"; porém o nosso objetivo é separar o joio do trigo, pela ridícula confusão com que o fanatismo, irmão do fetichismo , faz das FORMAS ou ROUPAGENS FLUÍDICAS que os Orixás , Guias e Protetores usam em nossa UMBANDA.
Não devemos , em absoluto, aceitar as descrições fantásticas que videntes , intoxicados de animismo , fazem das supostas Entidades.... Alguns vêem Oguns Japoneses , Mongóis , Tibetanos e até Romanos , de couraças , espadas e cimitarras flamejantes , quando não é um "Xangô" chinês, na aparência de um velho mandarim....
Outras vezes, afirmam que Oxossi é um jovem hindu ou italiano, de cabelos semi-compridos, com um manto púrpura ou um homem de cor morena-jambo, com uma faixa na cinta e três flechas enfiadas no corpo, tal e qual o modelo fabricado pelos santeiros.
A Umbanda é a Lei regida por princípios e regras em harmonia que não podemos alterar pela simples vontade; todos os que, conscientemente, tentam alterá-la, sofreram diferentes dissabores....
Repetimos e afirmamos: a Umbanda é o movimento do Círculo Inicial do Triângulo e , este, é o Ternário ou Tríade, que exterioriza sua vibrações através das TRÊS FORMAS ordenadas pela Lei , que são Místicas , pois simbolizam:

a) a PUREZA, que nega o o vício , o egoísmo e a ambição;
b)a Simplicidade, que é o oposto da vaidade , do luxo e da ostentação;
c) a HUMILDADE, que encerra os Princípios do amor , do sacrificial , e da paciência , ou seja , a negação do poder temporal...

As três formas que simbolizam essas Virtudes são as de CRIANÇAS , CABOCLOS E PRETOS VELHOS, que ainda traduzem: o Principio ou Nascer , o Meio ou a Plenitude da Força e a Velhice ou Descaço , isto é , a consciência em calma , o abandono das atrações materiais.... o esquecimento do ilusório para o começo da realidade.
No entanto, o Espírito , o nosso Eu Real, jamais revelou nem revelará sua verdadeira "forma", compreenda-se bem, sua "forma-essencial". Ele externa sua consciência, seu livre arbítrio, por sua alma, pelo corpo mental, que engendra os elementos para a formação do cognominado corpo astral ou perispírito, que é uma "forma durável" , fixa, podemos dizer.
Tentaremos explicar que o Espírito não tem Pátria, porém conserva em si ou forma a sua alma pelos caracteres psíquicos de vários renascimentos, em diferentes pátrias.
No entanto, no conjunto desses caracteres psíquicos experimentais contribui para formar a sua personalidade moral e mental, influindo decisivamente na "forma" de seu corpo "astral" e mesmo na física quando encarnado.
Poderá, pelo resgate, elevar-se ou evoluir tanto, espiritualmente, que sua imediata condição, estando de tal forma purificada, anula completamente os caracteres pessoais de sua ultima encarnação, e o seu corpo astral pode tomar uma "forma etérica" que apaga, em aparência, aquela que caracterizou esta passagem pelo "mundo da forma humana".
Assim, devemos concluir que existe maior quantidade de formas astrais feias, baixas, de aspectos brutais, reveladoras do atraso mental de seus ocupantes espirituais, do que formas belas que expressam a Luz, a consciência evolutiva.
Os ocupantes das formas que revelam um carma limpo, uma iluminação interior, é que são chamados a cumprir missão na Lei de Umbanda, e, por sues conhecimentos e afinidades, são ordenados em uma das Três Formas já citadas...velando, assim, suas próprias vestimentas carmânicas.
Essa metamorfose é comum aos que tomam a função de Orixás e Guias, que assim procedem escolhendo, por afinidade, uma dessas formas em que muito sofreram e evoluíram numa encarnação passada.
Para os que estão classificados como Protetores, em quase maioria, não se faz necessário essa transformação, porque conservam ainda uma das tr~es formas em seus corpos astrais, quais sejam: Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos.
Saibam todos que tudo isso não é mera concepção nossa: obedece a lógica, ao estudo e à experiência, verificadas em centenas de aparelhos, através das respostas de suas Entidades sobre o assunto.
Se não, vejamos, na mais simples e clara das provas: perguntem, através de um bom aparelho que nãoseja qualificado de "consciente" a qualquer Guia , quer de Xangô , Ogum , Oxossi, Orixalá, Yemanjá, Yori, etc., se ele é Japonês, Chinês, Inglês ou Italiano....
Na certeza responderá que não, pois no momento, está ordenado por uma dessas vibrações ou Linhas, e dirá, por exemplo: sou um Ogum Orixá e Caboclo, ou dirá Caboclo X da Falange de Ogum Yara, Ogum Megê ou Ogum de Lei, etc....
Se forem Entiades que se apresentam como Crianças, responderão , por exemplo: sou Yariri, Orixá da Vibração ou Linha de Yori ou , então, sou X da Falange de Yariri , Doum ou Ori, etc.
Perguntem, ainda, a um que se apresente como Preto-Velho, e ele dirá que é Pai X, por afinidade, Um Congo, Um Angola, um Cambinda, etc.. da Vibração de Yorimá ou da Falange de um Pai Arruda , Pai Guiné, Pai Tomé, que são Orixas, isto é,chefiam Legião ou Falange.
Como poderão compreender, tudo gira e se expressa nas Três Formas, ou seja, tríade, que por analogia é o reflexo da Trilogia Sagrada, o Ternário Humano, sintetizando na Unidade que é a manifestação de Deus.
"O número três reina por toda parte do Universo", disse Zoroastro, e este Universo é Tríplice em sua três esferas concêntricas: O Mundo Natural, o Mundo Humano e o Mundo Divino. Até no Homem são três as partes que o formam: Corpo, Alma e Espírito. Porque foi da combinação de Três Forças Primordiais( Espírito, Alma e Matéria) que surgiu a forma dos Seres que povoam os Universos dentro do Cosmos, limitado e ilimitado em si mesmo.
Ainda é a força sagarda do número três que forma os cultos trinitários. Exemplos: Na Índia com Brahma, Visnu e Shiva; a própria unidade do cristianismo com o Pai , o Filho e o Espírito Santo; no Egito é Osíris, Íris e Hórus; na China , é Brahma, Shiva e Buda; na Pérsia de Zoroastro , era Ozmud , Arihman e Mitra; na primitiva Germânia, era Votan , Friga e Dinar; os órficos na Grécia apelidavam de Zeus, Deméter e Dionísius; na antiga Canaã, era Baal, Astarté e Adônis Echemum... e os Cabiras , povos de inconcebível antiguidade , regiam seus mistérios de forma trinitária, com EA (pai), Istar(mãe) e Tammuz(filho) e, por fim, vamos chegar a Umbanda com Iamby(Zamby), Yemanjá e Orixalá(ou Oxalá).
Citamos tudo isso, para que possam conceber, com provas comparadas, que as formas, na Umbanda, de crianças, Caboclos e Pretos-Velhos, obedecem a uma Lei. Não é simples imaginação de A ou de B. Segue o mistério do número três... é a confirmação de uma trilogia religiosa.
Quanto à chamada apresentação desses Espíritos, cremos ter ficado patente que o fazem sempre e invariavelmente dentro dessas três roupagens fluídicas como Orixás, Guias e grande percentagem dos que chamamos de protetores, porque, parte desses não necessita dessa adaptação, por já a conservarem como próprias.
Nesta altura, faz-se necessário uma elucidação: sabemos, pelos ensinamentos dos Orixás, que essa Lei, essa Umbanda, é vivente em outros países, talvez não definida ainda com esse nome, porém princípios e as regras serão os mesmos. Quanto às "formas", são ou poderão ser as três que simbolizem, nesses países, os mesmos qualificativos que os nossos, ou sejam, os mesmos no Brasil( Pureza, Simplicidade e Humildade).
Agora, por suas apresentações nos aparelhos ou médiuns, devemos compreender como: características tríplices das manifestações chamadas incorporativas, que se externam:

1º pelas flexões fisionômicas vocais e psíquicas;
2º pelo ponto cantado ou prece;
3º pelos sinais riscados ou pontos de pemba;


Essas características, salvo situações especiais, são inalteráveis em qualquer aparelho, cujo Dom real o qualifique como Inconsciente (totalmente dirigido) ou Semi-inconsciente (parcialmente dirigido).
Então vamos passar a identificar , dum modo geral, os sinais exteriores, os fluídos atuantes e as tendências principais dos Orixás, Guias e Protetores, através de suas "máquinas transmissoras", pelas Vibrações ou Linhas, em número de SETE:

1.º) Linha ou Vibração de ORIXALÁ:

Essas Entidades usam a roupagem de Caboclos. São as mais perfeitas nas manifestações. Não fumam, mesmo no grau de Protetores, e não gostam de ser solicitados sem um motivo imperioso além das 21 horas. Suas vibrações fluídicas começam se fixando pela cabeç, por cima, na altura da glândula pineal e vai até aos ombros com uma sensação de friagem, pelo rosto, tórax e certo nervosismo que se comunica de leve ao plexo solar. A respiração faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos. o movimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que garal no corpo.
Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação, consevando a cabeça do aparelho, ora baixa ora semi-levantada...
Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje me , pois é raro que assumirem uma "chefia de cabeça" e quase nunca uma função auxiliar efetiva ( um dos Orixás-Chefes, se não o mais antigo, é o Caboclo Urubatão; o autor em seu eterno "peregrinar" em incontáveis "terreiros", teve momentos de verdadeira "agonia mental" quando era obrigado a cumprimentar "aparelhos" com "encosto" de Exu, dizendo-se, por vaidade ou puro animismo, ser Aquela Entidade.
essa "agonia" era por ver tremenda falhas de "representação", vistas e sentidas por seus próprios companheiros, que olhavam a "cena" divertidos e irônicos).
Baixam raras vezes e só o fazem amiúde , quando encontram a mediunidade de um ou outro em excelente estado moral e mental.
Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de grande beleza: dão a Flecha , a Chave e a raiz...
quase não falam , consultam pouco e não assumem "chefia de cabeça", porém são sempre auxiliares.


2.º) Linha ou Vibração de YEMANJÁ:


Fazem sentir seus fluídos de ligação pela cabeça, braços, joelhos. Balançam o corpo do aparelho suavemente, levantando os braços em sentido horizontal, flexionando e tremulando as mãos, arfando um pouco o tórax, pela elevação respiratória e, balançando a cabeça, tomam o controle do médium. Não dão gemidos lancinantes nem fazem corrupios com um copo de água seguro pelas mãos no alto da cabeça como se estivessem em exibição circense.
Gostam, isso sim, de trabalhar com água salgada ou de mar, fixando suas vibrações, porém serenos, sem encenações.
Suas preces cantadas ou "pontos" têm ritmo triste , falam sempre no mar e em Orixás da dita linha.
Seus pontos riscados são de contornos longos e dão a Flecha, a Chave e a Raiz...

3.º) Linha ou Vibração de YORI:

Essas Entidades , altamente evoluídas, externam pela máquina física, maneira e vozes infantis , mas de modo sereno, às vezes apenas um pouco vivas. Nunca essas ridicularias, onde certos "cavalos" usando e abusando do chamado dom "consciente", expelem seus subconscientes atulhados de superstições e vícios de origem, com gritos e "representações fúteis".
Atiram seus fluídos sacudindo ligeiramente os braços e as pernas e tomam rapidamente o aparelho pelo mental.
Gostam, quando no plano de Protetores, de sentar no chão e comer coisas doces, mas sem desmandos.
Dão consultas profundas e são os únicos que adiantam algumas provações que ainda temos de passar, se insistirmos nisso. Tornamos a lebrar: isso, apenas se estiverem em aparelhos de excelentes dons mediúnicos.
Suas preces cantadas falam muito em papai e mamãe do céu e em mantos sagrados. São melodias alegres, umas vezes, tristes , outras, e não esses ritmos estilizados que é comum ouvirmos.
Seus pontos riscados são curtos e bastante cruzados pela Flecha, Chave e Raiz...

4.º) Linha ou Vibração de XANGÔ:

Essas Entidades usam a forma de Caboclos, e se entrosam no corpo astral de maneira semibrusca, refletindo-se em arrancos no físico; suas vibrações atingem logo o consciente do aparelho, forçando-o do tórax à cabeça, em movimentos de meia rotação e pela insuflação das veias do pescoço, com aceleração pronunciada do ritmo cardíaco na respiração ofegante até normalizarem seu domínio no físico.
Emitem não um urro histérico alucinado como "ka-ô", , acentuando as sílabas, e sim, uma espécie de som silvado, da garganta para os lábios, que parece externar o ruído de uma cachoeira ou um surdo trovejar...
Não gostam de falar muito. seus pontos cantados são sérias invocações de imagens fortes e podem ser cantados em vozes baixas.
Seus pontos de pemba ou sinais riscados Fixam o mistério da Flecha, da Chave e da Raiz.

5.º) Linha ou Vibração de OGUM:

Têm a Forma de Caboclos. Essas Entidades vibram também com força sobre o corpo astral fixando seus fluídos pelas costas e cabeça, precipitam a respiração e tomam o controle do físico, quando o alteram para um porte desempenado. Geralmente dão uma espécie de "brado" que num bom aparelho, se entendem bem as duas sílabas da palavra Og-um, como invocação à Vibração que o ordena.
Jamais esses brados podem ser confundidos com certos "uivos e latidos" que se escutam em "alguns" lugares, em pessoas que se dizem mediunizadas com esgares e olhos injetados de vermelho, que indicam bebida alcoólica ou auto-sugestão.
esses Espíritos gostam de andar de um lado para o outro e falam de maneira forte, vibrante e em todas as suas atitudes demonstram vivacidade. Suas preces cantadas ou pontos traduzem a invocações para a luta da fé, demandas e etc.
Seus pontos riscados são semicurvos e revelam a força da Lei de Pemba pela Flecha, Chave e Raiz.

6.º) Linha ou Vibração de OXOSSI:


Têm forma de Caboclos: Os Orixás , Guias e Protetores são suaves em suas apresentações ou incorporações. Jogam seus fluidos pelas pernas, com tremores e ligeiras flexões das mesmas ( nessa altura, daremos um alerta aos irmãos de todos os graus que forem aparelhos em função de chefia: é em proporção assustadora que se observa na maioria dos aparelhos que dizem incorporar Caboclos, principalmente de Oxossi, um vício ou uma propensão oriunda do subconsciente fortemente influenciado por "conhecimentos externos", em simularem um aleijão da perna, geralmente esquerda, como se todos os espíritos na forma de caboclos fossem ou tivessem sido defeituosos da dita perna.
Um Orixá de Luz , um Guia evoluído , não conserva em sua forma astral essa mazela, que deixou através do resgate purificador dos erros que geraram aquela encarnação, que ficou apenas como experiência de uma fase escura em seu passado...talvez que , um ou ouro, no grau de Protetor, por necessidade de seu próprio carma, conserve essa consequência, mais daí a generalizar o hábito, não passa de infantilidade ou , então, acham que devem conservar uma perna flexionada, conforme a tem a imagem de S. Sebastião, supondo que todos os Caboclos são seus enviados e obrigados a manter a mesma postura...)
assim, como vínhamos dizendo, essas Entidades fluem suavemente pela cabeça até a posse total ou parcial.
Falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos.
Suas preces cantadas traduzem beleza nas imagens e na música: são invocações, geralmente tristes, as forças da Espiritualidade e da natureza.
Os pontos riscados são de sinais elegantes, pela Flecha, Chave e Raiz.

7.º) Linha ou Vibração de YORIMÀ:

Essas entidades são verdadeiros magos, senhores da experiência e do conhecimento em toda espécie de magia. São os Orixás-Velhos da Lei de Umbanda- são donos do mistério da "Pemba" nos sinais riscados, da natureza e da alma humana.
Têm a forma de pretos-Velhos e se apresentam humildemente, falando um pouco embrulhado, mas, sendo necessário, usam a liguagem correta do aparelho ou do consulente.
Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação, através da sua fumaça.
Falam compassado e pensando bem no que dizem. Rarissimamente assumem chefia de cabeça, mas invariavelmente são auxiliares de outros Guias, o seu "braço-direito".
Seus fluidos são fortes, porque fazem questão de "pegar bem o aparelho". Começam suas fluídicas de chegada, sacudindo com certa violência a cabeça e o ombro esquerdo, em paralelo com o arcar do tórax e das pernas.
Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros inferiores, como a posse do aparelho, conservando-o sempre curvado. Seus fluidos de presença vêm como uma espécie de choque nervoso sobre a matéria e emitem um resmungado da garganta aos lábios, quando se consideram firmes na incorporação.
Os pontos cantados são os mais tristonhos entre todos e revelam um ritmo compassado, dolente, melancólico; traduzem verdadeiras preces de humildade.
Os pontos riscados obedecem a uma série de sinais entrelaçados, às vezes retos, outros em ângulo. Temos encontrado neles, semelhantes a certas letras dos alfabetos primitivos ou Templários e dão logo os três sinais riscados expressivos da Flecha , Chave e Raiz.
Outrossim: nas "formas" de Pretos e Pretas-Velhas, existem os que se apresentam por afinidade , como um angola, um congo, um cambinda, etc...,e costumam até conservar em sua "forma astral" certa reprodução de características que identificam chefia, função, etc.., entre os povos da raça negra muito comum entre os que são qualificados de Protetores.
Essas afinidades também são semelhantes nos espíritos que tem a forma de Caboclos, comum aos que possuem ainda o evolutivo de Protetores.
Quanto a "forma" ser nova ou velha , não altera a essência da coisa, pois no fundo é o mesmo.
Essas sã em síntese o "mistério" das Três Formas em suas apresentações na Umbanda. Somente os SETE Orixás principais de cada linha são não-incorporantes...porém, já o dissemos algumas vezes, excepcionalmente, conferem suas vibrações diretas sobre um ou no máximo sete aparelhos , quando , dos espaços siderais, eles observam a Lei sendo chafurdada e confundida na idolatria, como o está sendo nos tempos presentes...
Certa maioria continua "reverenciando" estátuas a granel, de bruxos e bruxas e de supostas representações de Exu com serpentes, ferrão, cornos, capas pretas ou vermelhas do suposto Diabo da Mitologia...
Tudo isso, em crescendo assustador e deprimente, pois que, já são existentes em dezenas e dezenas de "terreiros", sendo cultuados com "comes e bebe..."
E é então que essas vibrações diretas se fazem ouvir através das vozes dos pequeninos que se tornam grandes, quando se trata de recompor as Verdades perdidas que refletem a própria Lei do Verbo.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pontos Riscados na Lei de Pemba




EM MANUTENÇÃO





segunda-feira, 31 de agosto de 2009

CONHEÇA A UMBANDA


CONHEÇA A UMBANDA




1-) Sessões públicas e aspectos internos


O Movimento Umbandista da atualidade apresenta templos com ritualísitcas distintas e proporcionais a cultura e ao alcance consciencial do grupo em questão. Porém, muitos locais que se intitulam casas de Umbanda possuem práticas que pouco apresentam dos conceitos fundamentais da Umbanda, onde utilizam da ingenuidade e as vezes da maldade das pessoas para estorquir dinheiro ou fazer trabalhos pesados invocando o mais baixo sub-mundo para alcançarem objetivos torpes e alimentarem o ódio das pessoas que desavisadas acham que podem utilizar a baixa magia impunemente para atingir seus desafetos… quanta ilusão !


Logo, o leitor consciente que sinta afinidade com o Movimento Umbanda deve observar bem os rituais de uma casa de Umbanda antes de se ligar a tal organização.


E como saber se uma casa segue os fundamentos da Umbanda?


Em primeiro lugar, observe o ambiente, veja se existe uma profusão de muitas imagens desorganizadas pois, não somos contra as imagens e muitos precisam delas mas, até no aspecto estético, a desorganização de um congá ( altar ) é o reflexo da desorganização da casa espiritual.


Procure lugares cujo som não seja agressivo aos ouvidos onde, se houver atabaques que ao menos sejam tocados com harmonia principalmente nos rituais de incorporação porque, o som do atabaque estimula o atavismo guerreiro e o animismo vicioso, ou seja, o médium fica com sua percepção tão excitada que cai nos processos de auto-incorporação ou mistificação porque entra em transe mas não fica sob o controle de uma entidade espiritual e sim de seu subconsciente e, isso pode vir a desenvolver doenças físicas como a labirintite, a arritmia cardíaca, e outras no médium e, os consulentes por outro lado não serão orientados e direcionados corretamente .


Também, procure lugares positivos onde não utilizem matanças de animais pois, respeitamos tais práticas mas elas não são da Umbanda. E o único sacrifício que as entidades pedem é que as pessoas entreguem seu ódio, sua ignorância, seu egoísmo, sua preguiça, etc… Enfim são só essas coisas que as entidades querem tirar de nós. Mas, é verdade que determinados elementos como flores, frutas, doces, etc… podem ser utilizados magisticamente para obtenção de benefícios mas essa é uma forma mais sutil da magia onde basicamente você recebe o que você entrega ou oferece para as entidades espirituais logo, se você oferece doces, a entidade afim manipulará esse elemento e transformará em energia para você, te proporcionando alegrias mas, se você oferecer a agonia de um animal quem receberá esse sacrifício e o que você receberá em retribuição??


Assim, em um ambiente de paz e harmonia é que as entidades da corrente astral de Umbanda trabalham e quando não há esse cuidado, só o sub-mundo se sintonizará com os médiuns. E aí, corra quem puder correr...


Com base nessas recomendações iniciais o médium pode se filiar a casas de trabalho sérias e compromissadas com o ideal maior da caridade. Mas não se iluda, as casas de Umbanda são postos de socorro constantemente atacados pelo sub-mundo espiritual e o médium chefe ter muito cuidado para que entidades do sub-mundo espiritual não dominem sua casa de trabalho.


Para isso, existe a tronqueira na porta das casas de Umbanda. Ela costuma ser feita, como uma casinha de alvenaria onde são colocados elementos e materiais de fixação e desagregação afetos ao Exu Guardião relacionado com o médium chefe da casa.


E ressaltamos que dentro da Umbanda existe muita variação quanto a ritualística na dependência do grau consciencial coletivo dos agrupamentos. Mas, como um exemplo elucidativo, em um bom ritual de Umbanda, antes de iniciar a sessão de caridade, o médium-chefe defuma seus seguidores e firma seu congá, enchendo as taças de água ( condensadoras de energia), acendendo as sete velas relativas aos sete Orixás e fixando suas vibrações por meio da oração mental edificante. Depois, firma a tronqueira ou a casa de força do guardião, acendendo novamente a vela, que é o elo entre o físico e o astral, e coloca o aguardente para que o Exu Chefe da casa e para que todos os Exus, possam haurir esse elemento e fazer vibrar suas poderosas correntes higienizadoras e protetoras.


Após esses preparativos básicos, os consulentes podem ser defumados e recebidos no ambiente à eles destinado.


Nesse momento o panorama do ritual é o seguinte: A corrente de médiuns, todos vestidos de branco, está posicionada no congá. E tendo como referência o congá, ou seja, olhando do congá para a assistência, os médiuns femininos ficam, lado a lado, do lado esquerdo do congá e os méduns masculinos ficam do lado direito; Os consulentes estão sentados em seus lugares e o médium chefe faz a invocação ( pedido ) de cobertura para os Orixás e às entidades dirigentes da casa de trabalho.


Então, o médium-chefe faz uma palestra de abertura para que todos adentrem em uma sintonia espiritual positiva, e invoca a corrente das crianças de Umbanda, sob o som de pontos cantados com ritmos que transmitem alegria e renovação; Em seguida os médiuns incorporam e dão suas consultas, depois de encerrada essa gira há um intervalo de 10 minutos para recomeçar a nova gira e após esse intervalo a corrente de caboclos é invocada na casa espiritual e essas entidades incorporam e promovem seus trabalhos sob o som de pontos cantados de vibrações fortes e estimulantes; Notem que oss caboclos de Umbanda em geral, utilizam o charuto para defesa do médium quando incorporados. Após essa gira há um novo intervalo de 10 minutos e decorrido esse tempo, a corrente de pais-velhos é invocada no congá; E os pai-velhos quando incorporados utilizam o cachimbo e trabalham sob pontos suaves que induzem à espiritualidade.


Nesse momento, já observamos que a Umbanda imita a vida pois, a primeira sessão foi a das crianças que, representam o inicio da vida ou a infância, depois vieram os caboclos representando o auge, a maturidade, e por fim os pais-velhos que representam, a conclusão, a senilidade. Agora devem girar no templo, os Exus guardiões que representam a morte e o renascimento e que fazem o elo de ligação entre essa sessão de caridade e a próxima.


Então prosseguindo nossa descrição da sessão, depois da gira de pais-velhos há um novo intervalo e os Exus Guardiões são invocados e incorporam nos médiuns; Eles também utilizam o charuto e trabalham sob o som de pontos cantados fortes que falam sempre de justiça, de lei, de trabalho. Nesse trabalho os médiuns continuam com a mesma roupa branca que usavam e trabalham no mesmo local que trabalharam com as outras entidades porque, Exu é o executor da Umbanda e para ele é destinada a execução dos trabalhos espirituais orientados e ordenados, por criança, ou caboclo ou pai-velho. Logo, Exu vem para cumprir as ordens dos mestres espirituais da Umbanda e nunca para fazer o mal a quem quer que seja. Nesse aspecto ainda, podemos dizer que Exu não é bom nem mal pois, ele é um executor da justiça kármica e como diz o ditado: ‘ quem deve paga e quem merece recebe ’. E que não somos nós os julgadores, somos sempre réus pois, temos uma visão limitada das coisas. Portanto, devemos sempre pedir misericórdia ao Exu Guardião porque, como disse Jesus: ‘ No mundo não há um justo sequer ’.


E como último aviso lembre-se que não nos recordamos de nossos atos em vidas passadas, portanto, não julgueis.


Além dos aspectos externos, a casa de Umbanda funciona como um todo e deve possuir suas bases e diretrizes. E tal como a letra de um antigo ponto cantado de Umbanda que diz: ‘Umbanda tem fundamento e é preciso preparar ’; Assim, antes do trabalho público externo, os médiuns devem estar preparados vibratóriamente e psiquicamnte para que possam fazer uma boa e positiva sintonia com o astral. Para isso, são feitas giras internas onde são abordados os apectos de adestramento mediúnico e onde os médiuns novos da casa, aprendem e iniciam seus trabalhos mediúnicos; Também, são realizadas reuniões para o estudo da doutrina Umbandista, e encontros para a manutenção e limpeza física da casa espiritual.


A casa de trabalho deve refletir a harmonia espiritual, portanto, conversas sobre os problemas e as coisas da vida profana devem ser evitadas no templo que sempre é sagrado. E todos problemas espirituais ou não devem ser direcionados para o médium-chefe que deve orientar seus seguidores.


Enfim, o dia a dia do templo é a essência de uma casa espiritual e a sessão de caridade é o elo do templo com o mundo.




VI - A liturgia da Umbanda


1-) Flores e ervas na Umbanda




As flores expressam a harmonia divina e proporcionam paz e serenidade mental aos que sabem aprecia-las.


A arte dos arranjos florais, estimula a criatividade e proporciona a paz interior, e a Umbanda como síntese, vela pela preservação da tradição dessa arte sublime.


A magia com flores é milenar e se preservou na arte do Ikebana que, até o final do século 19 era uma prática restrita apenas aos homens.


Assim como as flores, as ervas também são de fundamental importância para a restituição e a reconstituição do equilíbrio nos médiuns de Umbanda pois, a natureza preserva a harmonia divina e os elementos naturais carreiam o Axé ( força ) da natureza.


Nesse livro reproduzimos as importantes correlações preconizadas por mestre Yapacani ( W. w. da Matta e Silva ) e desdobradas pelo mestre Arapiaga ( F. Rivas Netos ), referentes aos sete Orixás, inclusive as essências que podem ser adquiridas em casas especializadas na comercialização de materiais para formulação de perfumes. Essas essências podem ser utilizadas na forma de banhos para restabelecimento do equilíbrio psico-aurânico bem como para a conservação do mesmo. No banho de essência utilizamos apenas três gotas para um litro de água pois, o excesso pode ser prejudicial, e no primeiro mês de uso fazemos o banho somente uma vez por quinzena e posteriormente uma vez por semana. Esse banho deve passar por todo o corpo, e para isso deve ser despejado por cima da cabeça ( ori ) passando por todo o corpo, após o banho normal de higienização.


O banho de ervas não deve ser usado a qualquer momento e se presta mais a desimpregnações e fixações mediúnicas e não deve ser despejado sobre a cabeça mas, sim a partir dos ombros. E para quem queira se banhar com as ervas, deve seguir a uma série de observações importantes principalmente na origem e no que tange a colheita das ervas que, deve ser executada em uma lua positiva ( nova ou crescente) pois, nessa época a seiva da planta se localiza nas folhas e na quinzena lunar negativa ( cheia e minguante ), a seiva se encontra próxima a raiz, ficando as ervas portanto, energeticamente defasadas .


Esse banho deve ser feito por infusão, ou seja, fervemos a água, a retiramos do fogo, colocamos as ervas e esperamos até que a mistura esfrie o suficiente para aplicá-la no corpo após o banho normal de higienização. Outra orientação é que se coloque um pedaço de carvão sob cada pé no momento do banho que deve ser despejado no corpo, no sentido do pescoço para baixo, ou seja, não deve ser despejado na cabeça. E basicamente é muito positivo utilizar nesse banho apenas uma erva da vibração de Oxalá ou uma erva da vibração original ( relacionada ao signo ) do médium que usará o banho.


As entidades de Umbanda, também utilizam a energia vegetal na forma de defumação, a fim de amortizar energias de choque oriundas do baixo astral e no intuito de aproveitar o equilíbrio natural dos vegetais para re-harmonizar nosso organismo por meio da absorção, via respiração, da energia emitida por essa aroma-terapia que é decodificada por nosso organismo por meio do rinoencéfalo.


Para melhor projeção das energias provenientes da defumação, a mesma deve ser feita em um turíbulo de barro e deve obedecer a critérios específicos que qualificam e quantificam as ervas ou essências utilizadas para esse fim.


Uma defumação positiva utilizada para desagregar energias negativas pode ser composta de três porções de erva-doce, com uma porção de cravo e uma porção de canela. Para defumar pessoas o importante é que a fumaça seja inalada ou seja, não é necessário 'fulmigar" a pessoa com excessiva fumaça pois, uma emanação sutil que possa ser sentida pela respiração já produz efeitos notáveis.


A nível superior podemos utilizar o incenso puro na forma de pequenas pedras utilizadas no turíbulo ou mesmo de varetas especialmente preparadas que podem ser adquiridas no comércio. A fumaça do incenso assim como a do sândalo e de outros elementos, veicula pedidos superiores e eleva nosso tônus vibratório


Para defumarmos ambientes como casas ou estabelecimentos comerciais, devemos fazer a defumação dos fundos do estabelecimento para a entrada ou seja, direcionaremos os fluídos negativos para fora da casa em questão. E para potencializar esse processo podemos deixar uma cumbuca de água com sal atrás da porta de entrada que deve ser substituída semanalmente, e podemos utilizar certos pontos cantados ou mantras que possuem o poder de direcionar as energias da natureza aumentando a eficácia do trabalho magístico.


Com essa mesma filosofia, as entidades ditas como caboclos e Pais-velhos, fazem uso do fumo nas sessões de caridade dos terreiros de Umbanda.


Portanto, não é correta a exortação de leigos que atribuem que o uso do fumo em forma de charutos e cachimbos pelas entidades de Umbanda seja decorrente de uma pseudo-inferioridade ou um suposto vício que esses seres astralizados trazem de vidas anteriores.


Existe portanto, um véu entre a aparência e a essência da Umbanda que raras pessoas podem conceber e mais raras ainda são as pessoas que se desprendem dos aspectos místicos e míticos e adentram o nível cósmico da Umbanda e da vida.


Como disse Shakespeare: " Existem muito mais mistérios entre o céu e a terra do que suponhe nossa vã filosofia..."


As flores consagradas aos Orixás são: lírio branco – Oxalá ; rosa Branca – Yemanjá ; crisantemo branco – Yori ( Ibeji ); cravo branco - Xangô ; violeta – Yorimá ( Obaluaye ) ; palmas vermelhas – Oxossi ; cravos vermelhos – Ogum ;
Forneceremos a seguir as principias ervas relacionadas com cada uma sete legiões dos sete Orixás segundo a alta magia de Umbanda baseada na correspondência astro-vegetativa focada nos sete chefes de legião principais de cada vibração original ou Orixá segundo seus entrecruzamentos vibratórios: ( SEGUNDO A ESCOLA DE W.W. DA MATA E SILVA E SEUS SUCESSORES )




Oxalá




Urubatão da Guia ------------------- Maracujá


Guaraci ------------------------------- Girassol


Guarani ------------------------------- Hortelã


Aymoré ------------------------------- Louro


Tupi ------------------------------- Arruda


Ubiratan ------------------------------- Jasmim


Ubirajara ------------------------------- Erva- cidreira




Ogum




Ogum de Lei -------------------------- Romã


Ogum Rompe-Mato ---------------- Samanbaia


Ogum Beira Mar ------------------------ Jurubeba


Ogum de Malé --------------------------- Cinco Folhas


Ogum Megê ------------------------------ Macaé


Ogum Yara ----------------------------- Losna


Ogum Matinata ------------------------- Tulipa




Oxossi




Arranca-toco -------------------------- Erva Doce


Cobra Coral ------------------------- Parreira-do-mato


Tupynambá ------------------------ Sabugueiro


Juremá ------------------------ Erva-doce


Pena Branca ------------------------- Malvaísmo


Arruda ----------------------- Malva-cheirosa


Araribóia ------------------------------ Dracena




Xangô




Xangô kaô ------------------------------ Limão


Xangô Pedra Preta ---------------- Goiaba


Xango 7 Cachoeiras ---------------- Erva-tostão


Xangô 7 Pedreiras -------------------- Abacate


Xangô Pedra Branca ----------------- Lírio da cachoeira


Xangô 7 Montanhas ---------------- Alecrim do mato


Xangô Agodô --------------- Fedegoso




Yorimá




Pai Guiné ------------------------------- Eucalipto


Pai Congo D´Aruanda ------------ Sete-sangrias


Pai Arruda ------------------------ Vassoura branca


Pai Tomé --------------------------- Alfavaca


Pai Benedito -------------------------- Trombeta


Pai Joaquim --------------------- Guiné-pipiu


Vovó Maria Conga ------------------- Tamarindo




Yori




Tupãnzinho ----------------------- Manjericão


Yariri ------------------------------ Verbena


Ori ------------------------------- Capim-limão


Yari ------------------------------- Melão-de-São Caetano


Damião ------------------------------- Morango


Doum ------------------------------- Amoreira


Cosme ------------------------------- Crisântemo




Yemanjá




Cabocla Yara ----------------------- Panacéia


Cabocla Estrela do Mar --------- Pariparoba


Cabocla do Mar ------------------- Picão-do-mato


Cabocla Indayá -------------------- Manacá


Cabocla Yansã ------------------ Folhas de violeta


Cabocla Nanã Burukum --------- Arruda fêma


Cabocla Oxum ------------------ Quitoco








2-) Oferendas ritualísticas






As oferendas ritualísticas na Umbanda são utilizadas como sustentáculos físicos para trabalhos magísticos, onde as entidades espirituais aurem a energia proveniente dos elementos da natureza ( flores, frutas, etc... ), e transmutam essa energia em emanações positivas que re-energizam e reequilibram o aura do ofertante.


É óbvio que as entidades espirituais não comem os elementos da oferenda, elas absorvem sua contra-parte astral, e esse processo gera uma desnaturação desses elementos no plano físico, ou seja, se colocarmos uma cumbuca com aguardente de cana ( marafo ), ele se volatilizará.


Citamos o marafo, que é utilizado constantemente por Exus e seus sub-planos, a fim de amortizar cargas oriundas do baixo astral, bem como, para carrear determinadas forças.


Dependendo da finalidade do trabalho, a energia proveniente da oferenda pode ser direcionada para atingir objetivos diversos, que em síntese podem ser classificados como : agregação ou desagregação de forças.


Para direcionar essa energia, as entidades de Umbanda utilizam sinais riscados, lei de Pemba, que abalam o astral e possuem sintonia com determinadas classes de entidades.


As oferendas são portanto, ângulos fundamentais da magia e podem ser utilizadas tanto para o bem como para o mal, na dependência das intenções do ofertante.


Lembremos que a lei do Karma é implacável, e o que fizermos a nós mesmos e aos outros refletirá profundamente em nossa vida presente e futura, é a lei : " Quem deve paga e quem merece recebe ", portanto....


Enfim, ofertamos o que queremos receber, ou seja, se ofertarmos incenso, flores e frutas, receberemos seus benefícios, e se ofertarmos a agonia de um animal sacrificado, não receberemos boas vibrações mas é claro que a intenção conta muito, por exemplo, nossos ancestrais africanos faziam uso do sacrifício de animais baseados no seguinte pensamento: " como você irá morrer, leve nossos pedidos aos Orixás que te acolherão" ; Então eles sacrificavam os animais retiravam os axés ( vísceras ) para as oferendas e comiam o restante da carne. Concluindo lembrem-se que a maioria de nós come carne então, não podemos julgar pois até o velho testamento da Bíblia contém muitas referências a sacrifícios e o próprio Cristo como cordeiro divino ofereceu seu corpo em sacrifício para nos livrar de nosso pecados.


3-) Guias ou colares ritualísticos


As guias ou colares ritualísticos podem ser confeccionadas com cristais de rocha, sementes de lágrima de Nossa Senhora, capacete de Ogum, conchas do mar etc. As guias são confeccionadas com material condutor como, fios de cobre, alpaca ou mesmo algodão, e nessas guias naturais não utilizamos fios de nylon.


Lembramos que, não confeccionamos as guias com cristais por vaidade, mas sim porque as pedras naturais ( cristais ) concentram determinadas energias devido a sua estrutura molecular geométrica; E as contas de plástico são estruturalmente amorfas, ou seja, sem nenhuma projeção ou modulação energética.... Por outro lado, o fio de cobre por exemplo, é um condutor ( ativo ), e em conjunto com cristais quantitativamente e qualificadamente selecionados, forma um instrumento radiônico possante que popularmente chamamos de guias....


Para potencializar ainda mais as guias, podemos utilizar certos clichês astrais que acionam a movimentação das forças sutis que tanto almejamos... Esses talismãs podem ser feitos de diversas formas, no entanto, deve existir sempre um cuidado redobrado quando se fala em magia pois, com magia podemos tudo mas, tudo tem um preço que cedo ou tarde pagaremos, é a Lei.


Enfim, as guias naturais são extremamente positivas e são pedidas pelas entidades espirituais de Umbanda, com o intuito de escudarem seus médiuns, contra os ataques das energias negativas provenientes do baixo astral. Porém lembramos que, o número excessivo de guias no pescoço do médium, não aumenta sua proteção e ainda reflete um aspecto desarmônico. Logo, concluímos que "uma só" guia imantada por uma entidade de fato é o suficiente para escudar o médium.


O segundo tipo de guia, as guias compostas de miçangas coloridas, se prende mais ao caráter simbólico, e aos aspectos sugestivos emitidos pelas cores.


Essas guias não possuem nenhum valor real de atração e reflexão de energias, atuando apenas como muletas psicológicas mas, simbolicamente ainda são muito utilizadas.






4-) Pontos cantados


Uma forma de utilização magística do som, está nos pontos cantados que de acordo com sua entonação, proporcionam freqüências próprias ( ciclos e ritmos ) que sustentam vibratóriamente o trabalho mediúnico. Nesse aspecto dispensamos a utilização de atabaques ou tambores pois, os mesmos propiciam estados de transe anímico que estimulam o afloramento do subconsciente do médium e dificultam a atuação de entidades espirituais, e também esses pontos não devem ser gritados para não estimularem o atavismo.


As palmas igualmente são dispensáveis nos rituais de incorporação porque provocam grande excitação, devido a grande quantidade de terminações nervosas sutis e protoplasmáticas ( cerca de 280.000 correntes ) que existem em nossas mãos.


Retornando a tônica dos pontos cantados de Umbanda, transcreveremos alguns pontos de Raiz, transmitidos por verdadeiras entidades espirituais:


Pontos da vibração de Oxalá - Sons místicos:


Estrela guia clareou, } Bis


estrela guia iluminou. }


Ele vem lá do Oriente *,


com as ordens de Orixalá.


Ele vem lá do Oriente,


Sr. Urubatão e sua corrente.






* Oriente - Leste, no sentido de portador da Tradição Solar




*
Clareou a mata, } Bis


Ele é Tupy } Bis


É filho de Guaraci !


Ele é Tupy } Bis


Ele é o caboclo Poty.




*
Quem vem lá do reino do Tembetá * } Bis


É Caboclo Águia Branca,


que vem Saravá.


É Caboclo Águia Branca,


com sua falange no Congá.


* Tembetá - É o nome sagrado do Núcleo Superior de Oxalá localizado na sétima esfera, a pátria da luz, a Aruanda. Assim também, os nomes dos Núcleos Superiores dos outros Orixás são:


Ynayá - Núcleo Superior de Yemanjá


Yoriá - Núcleo Superior de Yori


Yacutá - Núcleo Superior de Xangô


Yomá - Núcleo Superior de Yorimá


Juremá - Núcleo Superior de Oxossi


Humaitá - Núcleo Superior de Ogum




Pontos da vibração de Ogum - Sons vibrantes:


Ouvi 7 clarins anunciar,


que ele vai descer,


que ele vai chegar.


Abençoar seus filhos de Congá.


Trazendo lá da Aruanda,


as leis de Umbanda.


Filho de Umbanda ouça a clarinada,


Quem está chegando é Caboclo 7 Espadas !






* * * * * * *
- Caboclo Beira Mar e Caboclo 7 Lanças


Beira Mar vem da Aruanda,


com seu mano 7 lanças,


que é guerreiro de Umbanda.


Ele vem do Humaitá,


trazendo a Luz de Orixalá.


Iluminando este Congá, } Bis


para filho de fé abençoar. }


Pontos da vibração de Oxossi - Sons que imitam a harmonia da natureza:


No céu relampejou, na pedreira trovejou.


Na mata Coral piou,


cachoeira chorou.


Oke Babá Xangô, Maleme Agô Xangô !


Por seu filho Cobra Coral gritou.


Seu grito na mata ecoou,


na mata sabiá cantou.


E a passarada estremeceu,


quando a Coral piou.




* * * * * *
Eu vi Caboclo de flecha na mão,


atira a flecha, vai buscar seu irmão,


É seu Tupyara que vem nesse Congá.


Atirou sua flecha, para chamar mano Guará.




Pontos da vibração de Xangô - Sons graves






Eles são 3 irmãos desse Jacutá,


eles trabalham noite e dia, até o dia clarear.


Sete Montanhas a girar, com seu irmão Sete Lagoas,


até o dia clarear.


E ao romper da madrugada, até alta madrugada,


gira o Caboclo das Sete Encruzilhadas. } Bis




* * * *
Xangô escreveu a Justiça,


firmou sua Pemba em um pedra.


Ele escreveu a justiça: } Bis


" Quem deve paga, quem merece recebe. " }






* * * *


Pontos da vibração de Yorimá - Sons dolentes, melancólicos:


Preto-Velho caminhou,


Sete caminhos cruzou.


Caminhou sete dias,


sete noites caminhou.


Sete noites foi rezar,


aos pés de pai Orixalá.


Pai Joaquim foi rezar, } Bis


foi pedir foi implorar. }


Para ver a sua luz, }


iluminar o seu Congá. }




* * * * * *


Pai Joaquim desceu da cachoeira, } Bis


Saravou * o seu Congá. }


Sua benção meu pai,


Quem manda é Oxalá.


Pai Joaquim não deixa } Bis


seus filhos penar. }




* Saravou - é uma palavra utilizada como saudação, e é derivada do termo Saravá que significa : " As forças da natureza em movimento "


Pontos da vibração de Yori - sons alegres :


Yori Ori vem cruzado com Oxalá } Bis


Seu Ori vem no Congá,


Para seus filhos ajudar.


Trazendo harmonia,


E a força da alegria !




* * *
Abraço de criança é de coração,


abraço de criança de Papai Orixalá,


tem a benção.


Doum abraça filhos, } bis


Nas ordens de Mikael }




Pontos de Yemanjá - Sons suaves:


A lua clareou as águas,


E as ondas do mar cresceu.


Louve a Seus, ao Sr. Jesus, } Bis


chegou Cabocla Yara com a sua luz ! }






* *


Salve a Sra. Yansã,


salve todo povo do mar !


Salve Nanã Buruque


Vem nossa gira cruzar.


Ela é mamãe Yemanjá, é a senhora do mar.


Trás forças de Cindalê,


Para nossa gira firmar.






5 -) Pontos Riscados




As entidades espirituais que atuam no movimento umbandista se identificam por meio de sinais riscados traçados geralmente com um giz de cálcario conhecido como pemba. Esse giz mineral além de ser consagrado para ser utilizado para escrita magística também, pode ser transformado em pó e utilizado de outras formas em preparações ou cerimônias ritualísticas.


E o termo pemba também é utilizado na Umbanda no sentido de Lei, ou seja, confome o linguajar de Umbanda, se você está sob a Lei de Pemba, você está sob a Lei maior e isso possui sérios agravantes principalmente se o médium se desvirtua de sua tarefa pois, nesses casos a cobrança é imediata. Então, estar sob a corrente de Umbanda, estar sob a Pemba, exige muita cautela mas, por outro lado se o médium procurar cumprir suas tarefas e mantiver uma postura decente, essa mesma lei pode lhe ser favorável e muito útil porque o mesmo terá o auxílio direto das entidades do astral que lhe proporcionarão forças para trabalhar com dignidade.


Voltando a questão da escrita, não é sem propósito que a Lei é chamada de pemba pois, essa escrita sagrada traduz sinais que estão afins a determinadas egrégoras firmadas no astral a muito tempo. Assim, quando uma entidade de fato traça um sinal de pemba, ela está movimentando energias sutis, que na dependência da variação desses sinais, pode atrair ou dissipar determinadas correntes de energia com muita eficácia.


Esse assunto é muito complexo para ser aberto em um livro mas, no decorrer dos trabalhos mediúnicos o médium de fato e direto, segundo sua missão, merecimento e afinidades, pode receber determinados sinais diretamente das entidades espirituais que o assistem, no intuito de escudar esse médium contra o assédio do sub-mundo espiritual.


E se o leitor quiser se aprofundar um pouco mais nesse tema poderá consultar diversas outras obras que tratam com mais profundidade sobre o assunto, em especial recomendamos os livros: ‘O Arqueômetro’ de autoria de Saint Yves D´Alveydre, ‘Pemba- A grafia dos Orixás’ de autoria de Ivan Horácio Costa ( mestre Itaoman ) e ‘Umbanda – a Proto-síntese Cósmica’ de autoria de F. Rivas Neto ( mestre Arapiaga ); Essas obras trazem muitas elucidações reais sobre o tema.


No mais, lembramos que esses sinais são de uso exclusivo das entidades vinculadas a corrente astral de Umbanda e sua utilização inadequada por pessoas não habilitadas podem gerar uma série de aborrecimentos bem como atrair determinadas energias e entidades de difícil controle que podem levar o indivíduo às raias da loucura.


Portanto, é necessária muita cautela nesse tema e é por isso que na maioria dos terreiros, casas, agrupamentos ou templos de Umbanda, as entidades ensinam e utilizam outros sinais mais simples e simbólicos, apenas de efeito elucidativo (por exemplo: corações, machados, espadas etc.), deixando os verdadeiros sinais de pemba velados até que os filhos amadurecem e possam adentrar nesses campos com segurança.


Enfim, o importante é procurar trabalhar e deixar que as entidades atuem da forma que elas acharem conveniente porque com certeza elas nos conhecem melhor do que nós próprios pensamos que nos conhecemos...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

FALANGES DE EXUS

Srs Exus e suas falanges


Sr. Sete Encruzilhadas :         Exu de serventia de Oxalá

Caboclo Urubatão da Guia     representa a Vibração Espiritual         Exu Sete Encruzilhadas


Caboclo Guaracy                     intermediário para Ogum                       Exu Sete Poeira


Caboclo Guarany                     intermediário para Oxossi                      Exu Sete Capas


Caboclo Aymoré                     intermediário para Xangô                      Exu Sete Chaves


Caboclo Tupy                         intermediário para Yorimá                     Exu Sete Cruzes


Caboclo Ubiratan                    intermediário para Yori                         Exu Sete Pembas


Caboclo Ubirajara                  intermediário para Yemanjá                    Exu Sete Ventanias



Sr. Tranca Ruas :                    Exu de serventia de Ogum                    

Caboclo Ogum de Lei               representa a Vibração Espiritual             Exu Tranca Ruas


Caboclo Ogum Rompe Mato     intermediário para Oxossi                     Exu Veludo


Caboclo Ogum Beira Mar         intermediário para Xangô                      Exu Tira-Toco


Caboclo Ogum de Male            intermediário para Yorimá                     Exu Porteira


Caboclo Ogum Megê                intermediário para Yori                         Exu Limpa-Tudo


Caboclo Ogum Yara                 intermediário para Yemanjá                   Exu Tranca-Gira


Caboclo Ogum Matinata           intermediário para Orixalá                     Exu Tira Teima


Sr.Marabô :                              Exu de serventia de Oxossi                 

Caboclo Arranca Toco              representa a Vibração Espiritual         Exu Marabô


Caboclo Cobra Coral                intermediário para Xangô                   Exu Capa Preta


Caboclo Tupynambá                 intermediário para Yorimá                  Exu Lonan


Caboclo Jurema                        intermediário para Yori                      Exu Bauru


Caboclo Pena Branca               intermediário para Yemanjá               Exu das Matas


Caboclo Arruda                       intermediário para Orixalá                  Exu Campina


Caboclo Araribóia                   ntermediário para Ogum                    Exu Pemba



Sr. Gira-mundo:                      Exu de serventia de Xangô



Caboclo Xangô Kaô                representa a Vibração Espiritual               Exu Gira-Mundo


Caboclo Pedra Preta                intermediário para Yorimá                        Exu Meia-Noite


Caboclo 7 Cachoeiras               intermediário para Yori                           Exu Quebra Pedra


Caboclo 7 Pedreiras                 intermediário para Yemanjá                     Exu Ventania


Caboclo Pedra Branca             intermediário para Orixalá                        Exu Mangueira


Caboclo 7 Montanhas              intermediário para Ogum                         Exu Corcunda


Caboclo Agodô                       intermediário para Oxossi                        Exu das Pedreiras


Sr. PINGA FOGO :                 Exu de serventia de Yorimá (Pretos-Velhos).


Pai Guiné                                  representa a Vibração Espiritual              Exu Pinga-Fogo


Pai Congo D'Aruanda               intermediário para Yori                           Exu do Lodo


Pai Arruda                                intermediário para Yemanjá                    Exu Brasa


Pai Tomé                                 intermediário para Orixalá                       Exu Come-Fogo


Pai Benedito                            intermediário para Ogum                         Exu Alebá


Pai Joaquim                            intermediário para Oxossi                         Exu Bará


Vovó Maria Conga                 intermediário para Xangô                          Exu Caveira


Sr. Tiriri :                                 Estes exus de serventia das Crianças



Tupanzinho                              representa a Vibração Espiritual               Exu Tiriri


Yariri                                       intermediário para Yemanjá                    Exu Mirim


Ori                                          intermediário para Orixalá                      Exu Toquinho


Yari                                         intermediário para Ogum                       Exu Ganga


Damião                                   intermediário para Oxossi                      Exu Manguinho


Doum                                     intermediário para Xangô                      Exu Lalu


Cosme                                   intermediário para Yorimá                     Exu Veludinho


Sra. Pomba Gira:                    Exu de serventia de Yemanjá.


Cabocla Yara                          representa a Vibração Espiritual        Exu Pomba-Gira


Cabocla Estrela do Mar          intermediário para Orixalá                 Exu Carangola


Cabocla do Mar                     intermediário para Ogum                   Exu Má-Cangira


Cabocla Indayá                     intermediário para Oxossi                   Exu Nanguê


Cabocla Iansan                     intermediário para Xangô                    Exu Maré


Cabocla Nanã Burukum        intermediário para Yorimá                  Exu Gererê


Cabocla Oxum                     intermediário para Yori                       Exu do Mar

EXUS GUARDIÕES

OS EXUS GUARDIÕES


EM MANUTENÇÃO 

RITUAL E DISCIPLINA

RITUAL E DISCIPLINA


Todo terreiro de Umbanda possui um ritual e embora estes rituais se modifiquem, é necessário que haja disciplina para realizar uma gira, ou seja, NORMAS CONHECIDAS POR TODOS desde o dirigente ao iniciando que acabou de entrar. Este deve ser orientado ao máximo possível:


- com a relação a sua postura dentro do terreiro,


- bem como suas obrigações e deveres para com seus irmãos


- e claro, as normas básicas de respeito, tratamento.


- conhecimento correto de quem são nossos mentores espirituais


· O primeiro é ter respeito por tudo e por todos tem que ser o Dirigente e os filhos mais velhos (pois estes conhecem bem o interior de uma casa)


· Aquele que está se iniciando deve ter em seu dirigente um exemplo, uma meta a ser atingida (é claro que nenhum dirigente deve se torna “santo”, nem seus filhos serem forçados a virarem “ovelhinhas”. No terreiro cada um deve ser o que é, sem máscaras, sempre visando à auto-melhora, o auto conhecimento).


A Umbanda nos ensina que cada um é o que é, cada pessoa sabe em seu intimo quais são seus processos de ação e reação, infelizmente quase todos nos escondemos de nós mesmos, por falta de coragem de olharmos no nosso espelho interior, vermos nossos defeitos para podermos dar o primeiro passo para mudança. Para isso contamos com o auxilio fraternal das Entidades de Aruanda e também os conselhos dos Pais de Santé experientes e sinceros.


Mostrar o caminho não significa decretar, A UMBANDA NÃO AGRIDE AS CONSCIÊNCIAS, NÃO VISA TORNAR NINGUÉM INFELIZ OU VAZIO DE RELIGIOSIDADE.


Por isso é importante o Dirigente observar que se um novo integrante da corrente veio de outra religião e naquele momento de sua vida deseja abraçar a Umbanda, não é de repente que essa pessoa vai esquecer a fé que moveu por dentro durante tanto tempo.


O VERDADEIRO UMBANDISTA RESPEITA DOS OS CREDOS E SABE QUE A MESMA FÉ QUE O FAZ AMAR SEUS GUIAS E PROTETORES, FAZ UM CATÓLICO AMAR SUA IGREJA, OU UM MUÇULMANO AMAR ALÁ.


Com relação à conduta dos médiuns para com as entidades, a Umbanda tem por norma seguir os seguintes tópicos:


1) O médium de verdade deve ter em mente que na Aruanda todos são iguais (se há diferenças na hierarquia é porque os que chefiam, são as que mais trabalham e menos falam...).Isto quer dizer que os médiuns não devem sequer pensar que sua entidade é melhor que do seu irmão, as entidades de Aruanda preferem que seus filhos falem menos e trabalhem mais pelo seu próximo.


2) Não há necessidade de "chamar" seu protetor em qualquer hora ou lugar, principalmente evite falar da sua mediunidade em bares, ou na rua. As coisas da espiritualidade deve ser discutidas na tranqüilidade, e com pessoas que queiram falar sobre o assunto.


3) Nunca fale mentiras ou cometa erros em nome da sua entidade, pois nenhuma entidade de Umbanda acoberta isto ou aquilo dos seus "cavalos".


4) Se alguém precisar de ajuda e você precisar ir até a residência desta pessoa, procure não incorporar, apenas peça orientação e guarda do seu mentor, com certeza ele estenderá sua proteção e a devida instrução para o consulente.


5) Não é em todo lugar que os nossos protetores "baixam", nem todo lugar é sagrado e num ambiente pesado, não há a mínima vibratória para sua atuação.


6) Nunca desobedeça as ordens da sua entidade, nunca queira fazer algo que você ache que ela faria. Espere sua orientação, por exemplo, não encha seu pescoço de guias pensando que seu protetor parecerá mais "forte" aos olhos do consulente. A verdadeira força está em ser humilde e honesto, tenha certeza que sentirá seu protetor com maior intensidade.


fonte :LIVRO: CULTURA UMBANDÍSTICA - OICD


ROUPA BRANCA (A ROUPA DE SANTÉ)


As roupas de um Umbandista, quando em atividade no terreiro deve ser brancas e muito limpas, o médium nuca deve vir de casa vestido com as roupas para o ritual, pois a roupa de santo deve ser usada única e exclusivamente dentro do terreiro, em virtude desta ser uma vestimenta sagrada, cujas vibrações devem ser as mesmas do templo e da entidade.


O médium deve guardar suas roupas sempre dentro de um saco plástico e colocar dentro um pequeno chumaço de algodão embebido com essência de alfazema.


Há irmãos que usam sapatilha ou sapato brancos, mas aconselhamos que nunca usem nenhum pisante durante o ritual, porque em virtude das energias que são manipuladas durante o ritual é preciso que os médiuns estejam descalços, UMA VEZ QUE AS MÃOS CAPTAM ENERGIAS, NOSSOS PÉS AS DEVOLVEM AO SOLO. SE ESTES PÓLOS ESTÃO IMPEDIDOS, MUITAS ENERGIAS NEGATIVAS COMEÇAM A SOBRECARREGAR NOSSO CORPO, PODENDO COM ISSO ORIGINAR MUITAS DOENÇAS.


Para manter a harmonia da gira aconselhamos roupas iguais para médiuns homens e mulheres (túnica e calça largas e confortáveis).A diferença é que a túnica pode ser um pouco mais comprida para as mulheres, tornando-se mais discreta.


O objetivo desta roupa não é ser extravagante, nem apertada ao corpo por motivos óbvios, pois não queremos despertar nos consulentes e muito menos na corrente pensamentos e sentimentos sexualizados, altamente prejudicial ao andamento das sessões mediúnicas.


A VISUALIZAÇÃO DE UMA CORRENTE DE MÉDIUNS HARMÔNICA, EM SILÊNCIO, TODOS TRAJANDO ROUPAS IGUAIS É FATOR IMPORTANTE QUE ACALMA OS CONSULENTES E VOLTA SUA ATENÇÃO PARA O RITUAL E NÃO PARA OS MÉDIUNS.


PELO MESMO MOTIVO DESACONSELHAMOS O USO DE BRINCOS, PULSEIRAS, JÓIAS, RELÓGIOS, ENFEITES DE CABELOS E OUTROS ADEREÇOS PELOS MÉDIUNS.


ASSIM COMO CONSIDERAMOS INOPORTUNA A UTILIZAÇÃO DE QUALQUER PERFUME NO RITUAL, QUE NÃO SEJA GOTAS DE ALFAZEMA.


OBS: é interessante que ao adentrar no congá TODOS OS MÉDIUNS recebam algumas gotas de colônia de alfazema em suas mãos que farão passar suavemente pela cabeça.


O motivo de usarmos durante a gira um perfume comum a todos é para tornar a gira mais harmônica e a alfazema é considerada uma essência “coringa”.


Após estas considerações, concluímos também que a roupa de Santé é ALGO PESSOAL E NÃO PODE SER EMPRESTADA DE IRMÃO PARA OUTRO, E PREFERENCIALMENTE CUIDE VOCÊ PRÓPRIO DA SUA ROUPA, NÃO DELEGANDO ESTA FUNÇÃO A OUTRAS PESSOAS.