sexta-feira, 29 de março de 2013


CONDUTA DENTRO E FORA DO TERREIRO

Se somos pessoas religiosas, ou seja, se temos uma religião, espera-se de nós atitudes compatíveis com esta condição. Em função disto já que sou umbandista, falo de minha religião e sobre o que é esperado de seus praticantes.

Muitos falam apenas na conduta esperada no médium antes e durante as sessões ou giras, mas quase nada se fala do depois da gira e normalmente o que é falado é sobre o imediatamente após a gira ou no máximo 24 horas após o término da sessão.

Não podemos e nem devemos ser umbandistas durante as 48 horas que giram em torno de uma sessão, mas sim 24 horas por dia e 7 dias por semana. Mas isso é no sentido da conduta no nosso dia-a-dia. O quanto nos preocupa a caridade, o amor, a fraternidade e o respeito pelo próximo, o quanto disto tudo faz parte de nossos corações e mentes, verdadeiramente.

Não adianta de absolutamente nada banhos, defumadores, preceitos preparatórios para as sessões, se quando a mesma termina, trocamos nossa roupa e esquecemos todas as palavras e orientações recebidas durante a sessão, saímos do centro achando que nossa missão e papel terminaram ali e consequentemente não aplicamos o nosso aprendizado.

A Umbanda é extremamente prática e nós temos obrigação de executarmos essa praticidade. Como? Tendo uma conduta compatível com a nossa religiosidade dentro e fora do terreiro.

As defesas de um terreiro não serão abaladas pela conduta inconsequente de alguns médiuns, mas as defesas do médium sim. Daí advém problemas que alguns médiuns passam e ainda tem a coragem de afirmar que "tomou o banho" direitinho, que firmou o Anjo da Guarda direitinho, etc, etc... Ou ainda, o que considero pior: dizem que não merecem isso ou aquilo e que a “Banda” deles tem a obrigação de resolver!!

Desculpas! Meras e tolas desculpas, que servem apenas para ajudar a mascarar a verdade. E qual é a verdade que estou me referindo? A verdade que alguns médiuns e dirigentes acreditam que preceitos e oferendas substituem conduta moral correta, honestidade de propósitos, caridade e humildade!

Não! Em absoluto não! Não há banho, trabalho, preparo, despacho, oferenda, amaci, que substitua um coração nobre, caridoso, honesto e sincero! Para que os preceitos de Umbanda surtam efeito é fundamental a coerência entre o que está sendo feito e quem está fazendo ou recebendo.

Urge que nos tornemos aparelhos melhores. Preocupe-se menos com oferendas e mais com conduta moral. Aprenda primeiro a “oferendar-se”, somos a melhor oferenda que podemos dar aos nossos guias e mentores, mas eu digo, que precisamos ser dignos de sermos oferendados.

Lembre-se: somos os únicos responsáveis pelas companhias invisíveis que atraímos e mantemos. Cabe a cada um de nós respeitar a Umbanda através de atos nobres, corretos e coerentes com Ela dentro e fora do terreiro, pois não agindo assim, tornamo-nos os piores detratores de nossa própria religião, e para cada um de nós existe uma conduta esperada coerente com o fato de sermos umbandistas, e a intolerância e a vaidade não fazem parte dela.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Palestra Matta e Silva



Mais uma palestra deixada para divulgação no site umbanda do brasil, administrado por nosso irmão de santé Rogério.


MATTA E SILVA, LINGUAGEM CLARA

É realmente interessante de se constatar a inexistência de uma ´´linguagem cifrada ´´ ou ´´decodificada´´ na fala de Matta e Silva, sua posição é bem caracterizada, bem definida em toda a sua literatura, em suas palestras gravadas e no passado para quem testemunhou, na sua prática ritualística também.

Meus familiares, especialmente minha avó, integraram a corrente mediunica da Tenda de Umbanda Oriental, e seus relatos estabelecem uma coadunação plena entre a teoria preconizada e a sua prática ritualística dentro da esfera de vivência de Matta e Silva. E segundo eles, não existiu qualquer tipo de notificação naquela época, nem de Matta e Silva e nem de suas Entidades, quanto a passagem do comando da Raiz de Guiné para um sucessor.

Minha avó conta que na última manifestação mediunica de Pai Guiné, ele se dirigiu a corrente mediúnica com votos de luz para a caminhada de todos, o que ficou posteriormente entendido que se tratava de sua despedida, ele foi oló, e foi só.

Creio que a tentativa do sr. Rivas Neto, de ressignificar o legado e os conceitos estabelecidos através de Matta e Silva, no sentido de salvaguardar a sua estrutura de encaminhamento filosófico, é um grande equívoco.

A dita ´´convergência´´ dos variados sistemas de ritos afro-brasileiros seria uma possibilidade de encaminhamento fáctivel? não sei, talvez sim, talvez não, o máximo que posso afirmar é que não me identifico com esse tipo de entendimento.

Agora, querer ´´forçar a barra´´ no sentido de TRANSFORMAR OS CONCEITOS DEIXADOS POR MATTA E SILVA COMO FUNDAMENTAÇÃO E BASE ARGUMENTATIVA PARA A MODELAGEM DA DITA ´´CONVERGÊNCIA´´,É ALGO ABSOLUTAMENTE CONTRÁRIO AOS ENSINAMENTOS DEIXADOS POR MATTA E SILVA.

ISSO É ILÓGICO, SERIA DESPERDIÇAR UMA ENCARNAÇÃO INTERIA DEVOTADA A UMBANDA.

SERÁ QUE O ASTRAL APÓS LANÇAR NOVAS LUZES DE COMPREENSÃO ATRAVÉS DE MATTA E SILVA, RETORNARIA DÉCADAS DEPOIS DEFENDENDO O QUE OUTRORA FOI ALVO DE SUA RETIFICAÇÃO?

Entendemos que os ensinamentos preconizados por Matta e Silva, estabelecem uma via descendente isto é, o Astral Superior interpenetra os planos e subplanos de vivências e concepções inacuradas, deturpadas e confusas. Onde os prepostos Espirituais desses Planos de Luz adaptam sua abordagem, no sentido de promover aos poucos, uma espécie de desmame gradual de paradigmas errôneos, de toda essa massa aferrada à práticas atávicas, ao mesmo tempo em que vai infundindo da mesma forma gradualmente, novas concepções. Entendendo dessa forma a necessidade de um processo de acomodação e adaptação dos conceitos mais pertinentes a Realidade da Espiritual da Umbanda para este ciclo.

O que seria de fato procedente era o sr. Rivas assumir as suas concepções como sendo de sua inteira responsabilidade, especialmente no que concerne a AUTORIA da mesma, ESTABELECENDO ASSIM TOTAL SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE ENTRE ELE E MATTA E SILVA NESSE ASPECTO.

A pessoa pode não ter conhecido pessoalmente Matta e Silva, ela pode não ter sido iniciada ou não ter sido filha do santé dele, contudo, sua mensagem é cristalina, é ler para entender que um Chefe de Terreiro de fato da Corrente Astral de Umbanda não troca sua roupa branca por ´´desfiles da última moda do santo´´.

Matta e Silva não escreveu suas 9 obras para depois rasga-las e dizer que era para esquece-las.
Texto reproduzido por um irmão de santé Tarso Bastos, que teve sua avó como uma iniciada na Raíz de guiné e hoje também caminha na mesma direção.

Axé e votos de paz e luz a todos.

sábado, 16 de fevereiro de 2013


UMBANDA E A RAIZ DE GUINÉ

Para quem ainda não conhece o legado deixado através de W. W. da Matta e Silva, o site Umbanda do Brasil, estruturado por um iniciado e incansável trabalhador dessa Raiz, apresenta importantes amostras dessa estrutura de conhecimento denominada ´´Umbanda Esotérica´´ ou ´´Raiz de Guiné´´. 

Matta e Siva publicou um série de 9 obras, que revelam fundamentos e práticas, com conceitos devidamente respaldados dentro de uma sólida literatura, embasada através de bibliografia constituída por autores abalizados e de renome em suas respectivas áreas de conhecimento. 

E tal fundamentação é de suma importância, pois não se trata apenas de alguém que surgiu ´´do nada´´ e simplesmente se conceituou como fundador de um novo paradigma, de uma nova visão e norteamento através de sua mediunidade. Certamente não foi este o desenrolar de Matta e Silva em sua estrada mediunica. Pois em suas obras verifica-se, sobretudo, nos pilares fundamentais que sustentam todo esse sistema dito Religío-científico, a comprovação de estudos históricos, antrolpológicos e linguísticos. 

E esta bibliografia ainda que possa ser categorizada como ´´antiga´´ ainda se faz respeitada e serve de base para trabalhos que são produzidos nas atualidade. Certamente, que muito do que é apresentado e conceituado nessas obras, choca-se frontalmente com o que a relidade apresenta nos terreiros cujos adeptos afirmam ser de Umbanda. Esse é um dos pontos mais críticos que merecem atenção, pois grande parte do que é discutido na obras de Matta e Silva é justamente, o porquê da existência de tanta confusão, deturpação e inversão de valores dentro da Umbanda, especialmente nos aspectos da mediunidade e suas Entidades Militantes. 

E assim Matta e Siva faz uma ampla e profunda análise desde a era pré-cabralina com as civilizações indígenas do tronco Tupy e a Sabedoria dos Velhos Payes no Tuyabaé Cuaa, entrando nos aspectos da antiga Africa com a perda do conhecimento outrora passado oralmente, de Babalawô para Babalawô. 

Entra também no ocultamento das chaves do conhecimento uno, especialmente ocorrida na India através do Cisma de Irshu, o que resultou na falsificação da Cabala e deturpação dos conhecimentos que nos chegam fragmentados e alterados.

Matta e Silva integra e correlaciona todos esses fatos históricos, mostrando todo o seu desdobramento e evolução aqui no Brasil. Onde elementos ritualísticos e litúrgicos já degenerados dos povos africanos e indígenas passaram a se misturar frente ao natural intercâmbio dessas duas raças, juntamente com os elementos do catolicismo romano estigmatizados na raça branca e posteriormente mesclados ao Kardecismo vindo da França.

O produto de toda essa imensa interação racial apresentou-se como um mesclagem de usos e costumes, de concepções religiosas e místicas, enfim, com crenças que passaram a impulsionar toda uma massa crescente de adeptos. Inevitávelmente muita confusão surgiu e evoluiu de todo esse processo.


Por conseguinte, Matta e Silva discute como todo esse complexo processo descrito, redundou em uma tremenda confusão e contrasta isso tudo, com os parâmetros religiosos e ciêntificos mais adequados e pertinentes para a Umbanda segundo os ensinamentos de suas Entidades de fato e de direito.

Texto Reproduzido por nosso irmão Tarso Bastos, que espelha com certeza o pensamento de muitos que andam no meio. Mais uma vez parabéns ao Site Umbanda do Brasil pelo trabalho que esta realizando.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Umbanda do Brasil



MEU MUITO OBRIGADO, AO MEU IRMÃO DE FÉ ROGÉRIO CORRÊA, ADMINISTRADOR DO SITE UMBANDA DO BRASIL E PELA MINHA IRMÃ DE FÉ DE SP, PELA ALEGRIA DE ESTAREM LUTANDO PARA FORTALECER E TRAZER A TONA VERDADES OUTRORA GUARDADAS E QUE HOJE, ESTÃO AJUDANDO A MUITOS IRMÃOS A VEREM DE FATO E DIREITO ESSA UMBANDA DE TODOS NÓS.

SALVE PAI GUINÉ,
SALVE A RAÍZ DE GUINÉ
SALVE O AUMBANDHAM
SALVE MESTRE YAPACANI.

TODOS OS CRÉDITOS DESTE TRABALHO, SÃO DESSES IRMÃOS QUE MENCIONEI E QUE GENTILMENTE ME AUTORIZARAM A COLOCAR NO SITE .

MAIS INFORMAÇÕES NO SITE:
http://www.umbandadobrasil.com.br



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


EXÚS GUARDIÕES
                                

Falar dos Srs°  Exús Guardiões tenho em primeiro lugar solicitar sua permissão e seu agô:
Salve aquele que me guarda, salve o Sr° ..........Daí-me a sua proteção e agô para falar dos Senhores Guardiões.
Que nosso Pai Oxalá dessa Umbanda de Todos Nós nos abençoe hoje e sempre.
Aviso! Se você crê que os Exús Guardiões, são espíritos bossais, com patas e chifres, interesseiros, pornográficos, por favor, não continuem nas páginas seguintes;
Se você acredita que os Exús Guardiões, são Orixás, que seus nomes verdadeiros são escritos ao contrário e que Exú é igual ou maior que o Cristo Planetário, por favor, não continue a leitura, pois aqui não encontrarão esses fundamentos.
Agora se você, filho de fé estudioso dessa Umbanda de Todos Nós, quiser se debruçar nos ensinamentos deixados por Pai Ernesto de Moçambique e Pai Guiné D’       Angola você encontrará aquilo que realmente deseja e espera encontrar:

EXÚ NA UMBANDA , NEM ORIXÁ , NEM DEMÔNIO.....

Quando chamados por quem de fato tenha “ordens e direitos” de trabalho se identificam, dentro do seu respectivo grau pelos sinais da Lei de Pemba.
Essa entidade, ainda cheia de controvérsias nos dias de hoje, pertencentes ao plano oposto da Lei, a chamada Quimbanda ( não confundir com Quiumbanda, que agrega espíritos trevosos e malfeitores, e que ´controlada e frenada pelos citados Exús) é um agente mágico, responsável pela supervisão e guarda das regiões do astral inferior e, principalmente, o chamado “Reino do Bruxedo”.
Para melhor compreensão do leitor, vamos compará-lo a um policial que faz a busca e apreensão do malfeitor, de um viciado em drogas, de um enganador, enfim, de alguém que esteja burlando a lei. Os Exús se encarregam de tal função no Plano Astral, são a polícia de choque do astral inferior, realizando funções que vão desde o controle e frenagem das falanges do mal, até a captura e aprisionamento de várias entidades negativas que atuam em nosso planeta. São também os executores da Lei de Causa e Efeito, dentro da “paralela passiva”, ordenados pelos Orixás, Guias e Protetores em cumprimento das Leis coordenadas pelas hierarquias constituídas.
Dentro da Umbanda , eles são ordenados e não considerados Orixá, como fazem nossos dignos irmãos de outras escolas. São, isso sim, elemento de ligação serventia dos chamados Orixás ( sejam eles virginais ou ancestrais), tendo os Exús a função de atuarem onde o Orixá e seus prepostos Guias e Protetores, por suas próprias  condições vibratórias elevadas não tem missão de atuar de forma direta e sim, através de ordenados de grau próprio.
Quanto a sua assimilação ao diabo da igreja católica, veio da assimilação feita do arquétipo do Exú trazido pelos antigos escravos da África e aos poucos tomando forma material, através dos chamados “santeiros” e entronizados nos terreiros ( nas chamadas “Casas de Exú”), com o Exú tal e tal, por chefes de terreiro, babás, babalaôs, tátas, etc., desavisados, com poucos conhecimentos e mal preparados.
Queremos deixar aqui escrito, o nosso veemente protesto em defesa dos Exús ( respeitando o evolutivo de cada um), que Exú de verdade, os chamados batizados, cabeças de legião, nunca tiveram tal forma, que podem, isso sim, corresponder a espíritos trevosos da Quimbanda, que formas  a cauda das legiões de Exús, ou cascões mentais que ainda povoam o sensitivo de certos “videntes”.
Dentro da Umbanda destacamos, segundo os ensinamentos do ai Guiné de Angola e pai Ernesto de Moçambique, sete principais cabeças de Legião, chefiados por um “maior” que é denominado o Senhor Maioral. Esses Exús são os formadores da chamada “Coroa da Encruzilhada” e, são eles os elementos de ligação dos Orixás dentro da Quimbanda, sendo eles:

1 – Exú SETE ENCRUZILHADAS, com ligação e serventia para a vibração de Orixá;

2- Exú POMBA GIRA, como elemento de ligação e serventia para a vibração de YEMANJÁ;

3- Exú TIRIRI, como elemento de ligação e serventia para a vibração de YORI;

4- Exú GIRA MUNDO, como elemento de ligação e serventia para a vibração de XÂNGO;

5- Exú TRANCA –RUAS, como elemento de ligação e serventia para a vibração de OGUM;

6- Exú MARABÔ, como elemento de ligação e serventia para a vibração de OXÓSSI;

7- Exú PINGA FOGO, como elemento e ligação e serventia para a vibração de YORIMÁ.

Qualquer um desses cabeças de Legião, quando chamados por quem de fato e de direito tenha “ordens e direitos” de trabalho se identificam, dentro do seu respectivo grau, pelos sinais da Lei de Pemba.
E salve todos os seus falangeiros, Guardiões dos verdadeiros Caboclos, Pretos Velhos e Crianças, mais uma vez pedindo, implorando e rogando a todos os senhores as suas proteções.
Que assim seja!

ENCRUZILHADAS DE RUAS: O PERIGO MORA AO LADO

Revela lamentável ignorância, falta de entendimento das mais simples regras da Corrente Astral de Umbanda, a criatura que se diz ou pretende ser umbandista praticante, quando faz os chamados “despachos” para exú nas encruzilhadas de nossas ruas...
Muitos, ao procederem assim, ou tem consciência do mal que estão fazendo – o que duvidamos muito – ou estão cegos pelo “fanatismo tradicional” de certos “terreiros” que os induzem a levar oferendas para exú nas encruzilhadas de ruas.
Nós afirmamos agora, em alto e bom tom, que Exús de Lei, guardiões ou cabeças de legião ( os chamados  popularmente de batizados) não fazem o seu habitat vibratório nesses ambientes, isto é, não operam diretamente nessa encruzilhadas.
Quem opera nessas encruzilhadas e quem infesta esses lugares, são as diversas classes de espíritos atrasados, dentre os quais estão os chamados quiumbas ( esses grandes marginais astrais).
É necessário se ter em mente que as encruzilhadas de rua são verdadeiros sugadouros das mais diversas ondas de pensamento, mormente as negativas de toda espécie, pois são pontos de onde as criaturas passam por caminhos que se cruzam, criando e alimentando assim um constante cruzamento vibratório de seus pensamentos que, por afinidade, se repelem ou se atraem. São, nada mais nada menos que, pontos de concentração preferidos pelo que há de mais baixo no astral inferior.
E para dar mais um simples exemplo de relação, é bastante lembrarmos que me quase todas as encruzilhadas de ruas existem botequins nas suas esquinas, isto é, casa onde se ingerem bebidas alcóolicas, embriagam-se, brigam-se, proferem palavrões e etc...
Além do mais, as pessoas leigas que olham para as tais “oferendas”, emitem pensamentos de escárnio, desdém, temor, ou mesmo pisam, as destroem, etc, eliminando assim a ligação mágica que porventura nelas poderiam existir para os exus de lei.
Vejamos agora a formação vibratória desses ambientes: Espíritos viciados, perturbadores, odientos, vingativos, brigões, enfim, tudo o quanto se pode qualificar como marginais do astral dos mais inferiores planos e condições. Todos procuram ávidos esses pontos de concentração- chamados encruzilhadas de rua- para vampirizar, perseguir , e saciar desejos, bem como atacar, perturbar e seguir os encarnados que por ali passarem e “portas abertas” (fornecendo condições vibratórias para o acampamento).
Assim é que,  quando se bota um desses chamados “despachos”, aí é que eles vibram de contentamento, porque caem (tal como viciados em um entorpecente qualquer) vorazes em cima da oferenda (geralmente grosseiras, levando carnes, sangue de animais de várias espécies, etc.) e marcam logo a aura ou o corpo-astral do ofertante, para segui-lo e daí poderem se insinuar através do psiquismo do ofertante ( através da chamada intuição) a fim de sugerirem, sempre que desejarem, mais oferendas. Não largam mais a presa e acabam fazendo do pobre ofertante um escravo dos seus gozos.
Poderá o exú de lei em casos excepcionais ordenará colocação de algum trabalho lá ( como nos casos dos chamados “subornos”, já entrando aí a “lei de compensação” para afastar esse astral inferior do infeliz ofertante), mas esses são casos raríssimos.
 Portanto, cremos que ficou bastante claro e compreensível que não é nesse ambiente de encruzilhadas de ruas que o verdadeiro exú habita, ou melhor, tem seu campo mágico vibratório para os seus trabalhos, sabendo-se que o verdadeiro exú de lei ( assim como o Sete Encruzilhadas, Marabô, Tranca-Ruas, Pomba-Gira, Sete Capas, e outros, tão difamados e vilipendiados pela ignorância e pela maldade dos maus filhos de fé) cumpre uma função Kármica.
Não é espírito boçal, ignorante ou atrasado, no sentido que lhes emprestam, pois muitos desses citados já foram em encarnações passadas até Reis ou altas personalidades, na ciência, na política, no militarismo a até grandes sacerdotes num passado longínquo. O “porque” de estarem nessas condições cármicas só eles e os tribunais do astral sabem.
Afirmamos que encruzilhada do exú de lei é nas matas, e, fica aqui mais um aviso, eles não aceitam essas oferendas grosseiras que se vê por ai, feitas por pessoas sem nenhum conhecimento de magia, pois para dar caminho a qualquer oferenda através do exú de lei precisa conhecer o tipo de encruzilhada de cada ( se de quatro ou três caminhos), o horário astrológico próprio do exú guardião a que se deseja pedir favores, a maneira de entrar e sair dessa encruzilhada, são mistérios da magia, que se os maus corações soubessem usar, mais conturbados ainda estaria a vida das pessoas e o meio umbandista. Deixo aberto aqui que também há orações de ordem que esses guardiões reconhecem quem está ofertando, assim como os sinais que ali estão no ponto riscado, são ensinamentos dados internamente e que somente um mestre de iniciação pode dar.