sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Xangô 


Linha ou Vibração Original de Xangô, que significa o Senhor da Lei ou da Balança Cármica, isto é, aquele que coordena toda Lei karmânica; o Dirigente das Almas, que afere nosso estado espiritual, que pesa os méritos e os deméritos das criaturas a fim de aplicar a Justiça, o Senhor da Balança Universal.

Segundo a Lei do Verbo a Linha ou Vibração de Xangô reflete ou traduz: Movimento de Vibração da Energia Oculta – O Raio Oculto – A Alma ou o Senhor do Fogo – O Dirigente das Almas

É a Vibração ou Linha de Força Espiritual sob a qual estão situados todos os Espíritos que fazem executar a Lei Cármica, pela aferição das Causas. É a Faixa Vibratória que dá assistência e formação direta aos Tribunais Inferiores do Astral. 

Esses espíritos ou Entidades trabalham muito na magia positiva, com os elementares ígneos e hídricos pela corrente eletromagnética do Planeta JÚPITER.


ATUAÇÃO E MANIFESTAÇÃO MEDIÚNICA

Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a forma de Caboclos. Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha do Povo da Cachoeira, Linha de São Jerônimo, etc.

As entidades de Xangô, quando incorporam, vibram com bastante força sobre o aparelho mediúnico, fixando seus fluídos com muita intensidade no plexo cardíaco. Se entrosam no corpo astral de maneira semi-brusca, refletindo-se em arrancos no físico. Suas vibrações atingem logo o consciente do médium, forçando-o do tórax à cabeça, em movimentos de meia rotação, com insuflação das veias do pescoço e aceleração pronunciada do ritmo cardíaco, produzindo uma respiração ofegante até que seja normalizado seu domínio no físico. 

Estes espíritos, quando incorporados, emitem uma espécie de som silvado, da garganta para os lábios, que parece externar o ruído de uma cachoeira ou um surdo trovejar.  Nunca um “urro” semelhante ao de um leão, ou um grito alucinado que traduzem como "ka-ô", acentuando as sílabas.

Não gostam de falar muito. Seus pontos cantados são sérias invocações, de imagens fortes e podem ser cantados em vozes baixas.

Grafia de Xangô 
CARACTERES GRÁFICOS E SIGNIFICADO DA PALAVRA


 No termo XANGÔ ou CHANGÔ, a primeira sílaba mágica também compõe a palavra Orixalá¹ , em sua sonância original. Eis, portanto, a palavra certa CHANGÔ ou a variação CHAMGÔ que gerou SHANGÔ e depois XA-ANGÔ ou XANGÔ:

SHAN ou CHAM²  - O Fogo Subterrâneo
 – Senhor, Dirigente
ANGÔ – O Fogo Oculto.
 – Raio, Fogo, Alma

O SENHOR DAS ALMAS E DO ELEMENTO ÍGNEO
MOVIMENTO DE VIBRAÇÃO DA ENERGIA OCULTA
O RAIO OCULTO OU O SENHOR DO FOGO
O RAIO OCULTO OU A ALMA DO FOGO CELESTE
O DIRIGENTE DAS ALMAS
O DIRIGENTE DA LEI OCULTA


O Arcanjo é MIGUEL, cuja grafia correta é MIKAEL, que traduz silabicamente:
MI – O Centro Vibratório;
KA – o Céu, o Éter, que cobre e protege
EL – Deus
O CENTRO VIBRATÓRIO DO CÉU DE DEUS

¹ SHA ou SAN ou ainda CHAM ou CHÃ, que gerou CHA, XÃ ou XÁ, traduz-se como Fogo – Senhor – Dirigente.

² A sílaba CHAM ou SHAN é de muita força para certas invocações da magia celeste.

 Chakra Cardíaco de Xangô 
CHAKRA CARDÍACO – ANAHATA
GLÂNDULA TIMO
LOCAL CORAÇAO
MANTRA: YAM

Sua vibração de cor, em origem é Verde, mas pelas circunstâncias na forma humana, quando em atividade-positiva, tende à vibração da cor amarelo com cambiantes em azuis. O Planeta que particulariza este centro é Júpiter.
Sua função é transmitir energia reguladora e mantenedora para o coração. Alimenta igualmente os pulmões, tonificando o sangue que leva a todas as partes do corpo as energias que agem em cada célula do organismo.

Este centro atua diretamente no Plexo Cardíaco, e tem seu ponto de assento e fixação no coração e sangue.  A glândula correspondente é a Timo que está situada no peito entre os dois pulmões. Projeta-se para baixo cobrindo a parte superior do coração e envolvendo os grandes vasos na parte de cima. Situa-se sobre a traquéia e alcança seu maior tamanho no início da puberdade.
A glândula Timo é muito desenvolvida na criança, mas, vai se atrofiando com a chegada da puberdade, quando então, as gônadas começam injetar na corrente sangüínea do adolescente, os seus humores. 


Orixás, Guias e Protetores de Xangô 
Os Sete Orixás da Vibração de Xangô são:


Abaixo destas Entidades temos os Guias.  Algumas Entidades no Grau de Guia da Vibratória de Xangô:

Caboclo Alafin - Caboclo Pedra Roxa - Caboclo Cachoeira - Caboclo Pedra Ruiva - Caboclo Cachoeirinha - Caboclo Rompe Ferro -Caboclo do Sol e da Lua - Caboclo Rompe Fogo - Caboclo do Vento - Caboclo Rompe Serra - Caboclo Embamba - Caboclo Rompe-Aço -Caboclo Gira Mundo - Caboclo Sumaré - Caboclo Japuruá - Caboclo Urucutango - Caboclo Junco Verde - Caboclo Urucutum - Caboclo Nazaré - Caboclo Ventania


Abaixo destas Entidades temos os Protetores.  Algumas Entidades no Grau de Protetores da Vibratória de Xangô:

Caboclo do Raio - Caboclo Pedra Verde - Caboclo Itapiranga - Caboclo Quebra Pedra

CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE GUIAS E PROTETORES

Na Corrente Astral de Umbanda, as Entidades que atuam como Guias são Entidades de conhecimentos profundos, mestres na alta magia, com centenas de reencarnações (muitos já isentos disso) e com lições e experiências em vários setores da vida humana e astral.

Os Protetores, embora estejam abaixo dos Guias, são entidades evoluídas, têm conhecimentos seguros sobre várias coisas e principalmente das leis kármicas. Foram grandes rezadores, curandeiros, médicos, em suas sucessivas reencarnações.

Por menor que seja o grau evolutivo desses espíritos como Guias e Protetores, sempre estarão muito acima do grau evolutivo de seus médiuns.

Oferendas aos Caboclos de Xangô
Melhor dia: Quinta-feira - Horário: Hora de Júpiter
Local apropriado: cachoeiras ou pedreiras
Material
  • Alimentos: batata doce; espigas de milho verde; abóbora; postas de côco maduro;
  • Frutas: Manga, carambola
  • Bebidas: vinho branco com leite de côco ou cerveja preta
  • Flor: Cravo, Lírio e Palma branca
  • Erva: caruru
  • Fumo: Charuto ou cigarro de palha e fósforos.
  • Recipientes: Pratos/travessas, tigelas e pires branco de louça, madeira, barro, palha ou papelão.
  • Pemba: Branca.
  • Toalha: Pano de 50 x 70 cm na cor verde
  • Velas: Pares para pedidos de ordem material e ímpares para pedidos de ordem moral, espiritual, etc.

Arrumação
  • Cozinhar a batata doce, a espiga de milho e a abóbora em água sem sal e arrumar em pratos ou travessas cobertos com caruru, assim como as postas de côco maduro.  Colocar o vinho branco com leite de côco ou a cerveja preta em tigelas de louça branca; velas em pires brancos sobre o pano. Por último acende o charuto ou o cigarro de palha dando 3 baforadas e deixando aceso sobre a caixa de fósforos aberta.


Obs.Grau de Guias: só aceitam flores e velas na toalha.

                                            Ponto Riscado

                                           


Pontos cantados de Xangô
Ponto para Afirmação na Vibração de Xangô

-1-
Que mata é essa que o leão bradou?
Que pau é esse que o machado não cortou?
Que pedra é essa que o corisco alumiou?

Que terra é essa?
Essa terra é da Jurema, filho meu
Mas a pedra é de Xangô
Zamby é quem deu...
(bis)

-2-
Caboclo, olha a sua banda
Caboclo que é de Xangô
(bis)
Lá onde o rouxinol cantava
É lá que Xangô morava
(bis)
É Caboclo da Cobra Coral (3 x)
Kaô
(bis)

-3-
Eram dez horas
Quando o sino tocava
Na marambaia, cidade da Jurema

Eram dez horas
Quando o sino tocou
Com licença de Zamby
Sarava, Pai Xangô!

-4-
Xangô mora na pedreira
E mandou relampejar
Caô-cabê-cilhe Obá, Xangô!
Saravá Xangô
Saravá Xangô

-5-
Longe, bem longe
Lá onde o sol raiou
(bis)
Sarava, Umbanda!
Sarava, Xangô!
(bis)



-6-
Estava sentado na minha tarimba
Estava rezando pra meu pai Xangô
(bis)
Bateram na porta meu mano chamou
Eu abri a porta era meu pai Xangô
(bis)

-7-
Mas como é linda a pedreira, como é linda
A lua cheia clareia com esplendor
Mas como é linda a pedreira, como é linda
Lua clareia a morada de Xangô

-8-
Na pedreira da mata virgem
Onde mora meu pai Xangô
(bis)
Se a água minou
É Nanã Burukum
Se a pedra rolou
Saravá Pai Xangô
(bis)

-9- 
Xangô escreveu a justiça
Firmou sua pemba em uma pedra
Ele escreveu a justiça
Quem deve paga, quem merece recebe

-10-
É Xangô
Senhor de lá da pedreira
É Oxum
Senhora da cachoeira

Xangô é Lei
Xangô é Lei Orixá
Escreve Lei pros filhos de Oxalá 
(bis)

-11-
Caboclo não tinha caminho para caminhar
(bis)
Caminha por cima da pedra
Por baixo da pedra, por todo lugar
(bis)


Ponto de Chamada dos Caboclos de Xangô

-1-
Xangô Kaô
Deixa sua pedreira aí
(bis)
Umbanda está lhe chamando
Deixa essa pedreira aí
(bis)


Ponto de Corte de Demanda com a Falange de Xangô

Sua machadinha é de ouro
É de ouro, é de ouro
(bis)
Machadinha que corta mironga
É machadinha de Xangô
(bis)




Ponto de Firmeza de Gira na Vibração de Xangô
Meu Pai Xangô firma terreiro
Meu Pai Xangô já vai girar
(bis)
Olha seus filhos lhe pedem meu pai
Não deixa os filhos chorarem
(bis)




Ponto de Força de Xangô
Na matriz da cachoeira
Veio implorar
Os poderes de Pai Xangô
Pra seus filhos firmar

Firma, firma, Pai Xangô
No seu Juremá
Firma este filho
Em nome de Oxalá


Ponto para Firmar Ponto Riscado na Vibração de Xangô

-1-
Naquele tempo
Que Xangô escrevia
(bis)
Sua pemba de ouro
Era o que nos valia
(bis)


-2-
Pedra rolou Pai Xangô
Lá na pedreira
Firma seu ponto meu pai
Na cachoeira
(bis)
Na cachoeira Xangô estava sentado
Com Mãe Oxum e Inhassã ao seu lado
(bis)


Ponto do Caboclo Agodô

-1-
A sua machadinha brilhou
A sua machadinha brilhou
(bis)
Quem manda na macaia é Oxossi
Quem manda na pedreira é Agodô
(bis)

-2-
Banb-aruê
A terra é da Jurema
Leão vem lá das matas
Seu brado é muito forte
Machado tem bom corte
Seu Agodô é de Xangô

-3-
Meu pai Xangô olha seus filhos
Que eu também sou filho seu
(bis)
Seu Agodô Yemanjá sobá
(bis)

-4-
Caboclo Agodô é de Xangô
Senhor do meu destino até o fim
(bis)
O dia em que faltar
A fé no meu senhor
Que caia essa pedreira sobre mim
(bis)


Ponto do Caboclo Alafim
Lá na pedreira
Onde seu Alafim morava
(bis)
Sentado na pedra orava
E o rouxinol cantava
(bis)
Na mão direita sua machadinha de ouro
Na mão esquerda sua guia segurava
Caboclo Alafim vem na Umbanda
Na nossa Umbanda sagrada
Ponto do Caboclo Araçaí
Caboclo Araçaí
Ele é Tata mirô...
Desde os tempos da sua aldeia
Ele é Tata mirô




Ponto do Caboclo Araranguá
Risca ponto no terreiro
Pro Caboclo Araranguá
Risca ponto no terreiro
Pra caboclo trabalhar

Ele vem lá da pedreira
Ele é filho de Araré
Ele vem cá no terreiro
Com Jesus de Nazaré
(bis)





Ponto do Caboclo Araré
Na cachoeira vi um clarão
Corri para ver quem é
(bis)
Vi um lindo caboclo de penacho
Seu nome era Caboclo Araré
(bis)




Ponto do Caboclo Araúna para cortar Demanda
Ele é o Caboclo Araúna
Da Aruanda ele vem trabalhar
Salve as falanges de Umbanda
Que essa demanda ele vai desmanchar

Ele é o Caboclo Araúna
Seu irmão é Araré
Da pedreira quebra demanda
E demanda se vence com fé







Ponto do Caboclo Cachoeira

-1-
Ô lá na mata 
Tem um lindo rouxinol
Tem uma pedreira 
Onde mora Xangô
Ah! Não me corte a pedra
Não me toque na pedreira

Não me mate o rouxinol
Que ele é de seu Cachoeira

-2-
Vamos saravá
Quem é dono da pedreira
(bis)
Saravá meu pai Xangô
Saravá seu Cachoeira
(bis)
-3-
A água vem caindo pela serra
Vem descendo pela gruta
Vem batendo pelas pedras
(bis)

No terreiro de Umbanda
Vem chegando, vem baixando.
O Caboclo Cachoeira.
(bis)



Ponto do Caboclo Cachoeirinha
A mata virgem escureceu
Veio o luar e clareou
(bis)
Foi quando ouvi o seu brado na pedreira
Caboclo Cachoeirinha é que chegou
(bis)



Ponto do Caboclo Cariri
Ele é Caboclo Cariri
Na pedreira estava sentado
E lá firmava o seu ponto
Com a sua machadinha do lado



Ponto do Caboclo Jaguaré
Das horas de Deus baixou
Da Aruanda com fé
Das horas de Deus chegou
Da Aruanda com fé

No terreiro de Umbanda baixou
O Caboclo Jaguaré
No terreiro de Umbanda chegou
A falange de Jaguaré



Ponto do Caboclo Japuruá
Ah! Como canta lá nas matas o passarinho
Onde mora Japuruá eles fazem os seus ninhos

À beira d’água
Bem perto da cachoeira
Lá onde a água corre
Molhando toda pedreira
(bis)




Ponto do Caboclo Junco Verde
Ô lá no céu a trovoada roncou
Na cachoeira a água rolou
(bis)
Ô saravá seu Junco Verde!
Ô saravá meu Pai Xangô!
(bis)




Ponto do Caboclo Kaô

-1-
Lá em cima daquela pedreira
Tem um livro que é de Xangô
(bis)
Xangô, Kaô
Caô-cabê-cilhe!
(bis)

-2-
Kaô, meu pai!
Ilumina este congá
Para os filhos de Aruanda
Virem nele trabalhar
(bis)
Com a proteção de Xangô
Vamos todos trabalhar
Aliviando a dor
De quem vem neste congá

Protegendo a criatura
Que nos pede proteção
Retirando a amargura
De seu pobre coração

-3-
Xangô ô ô ô ô...
Xangô meu pai é
(bis)
Xangô mora na pedreira
E manda relampear
Caô-cabê-cilhe, Obá!
Xangô
Saravá Xangô
Saravá Xangô

-4-
Quem rola pedra 
Na pedreira é Xangô
(bis)
Vivo na Coroa de Zamby 
Vivo na Coroa de Zamby 
Vivo na Coroa de Zamby 
É Xangô
(bis)






Ponto do Caboclo Lírio

-1-
Lá no rio Amazonas
Eu vi um índio caçador
Que firmava o seu ponto
Era o Caboclo Lírio
Com Tupã Nosso Senhor



-2-
Lírio, como o Lírio é Lírio
Oh! Lírio, como o Lírio é Lírio
(bis)
Olha Lírio de Umbanda
Como Lírio é...
Olha Lírio de Aruanda
Como Lírio é... 

Ponto do Caboclo Nazaré

-1-
Ô índio, é índio 
É índio Nazaré
O meu caboclo é índio
É índio Nazaré



-2-
Caboclo do mato
O que é que você quer
Folhas verdes de guiné
(bis)
Zum, zum, zum Narué
Zum, zum, zum Nazaré
(bis) 


Ponto do Caboclo Pedra Branca

-1-
Roncou trovoada na serra
Ao longe gritou o trovão

Chegou o caboclo Pedra Branca
Ajudando todos seus irmãos
(bis)


-2-
Lé, lé, lé, lé, ô Kaô.
Lé, lé, lé, lé, ô Kaô.
Dizem que meu pai é Pedra Branca
Dizem que meu pai é Xangô


-3-
Vem meu caboclo
Vem Pedra Branca, vem trabalhar
Vem dá a esperança
E a caridade prestar

Vem meu caboclo
Dá fé e esperança
Da luz vibrante
Da Pedra Branca


Ponto do Caboclo Pedra Preta

-1-
Vi o dia escurecendo
Dentro da noite gemendo
Vi trovão no céu gritando
E a cachoeira chorando

É o Caboclo Pedra Preta
Vi a banda lhe chamando
Sua pedreira clareando
(bis)

-2-
Ô, babá o kelê lê Xangô
Ô, babá o kelê lê Xangô
Eu fui na sua pedreira
Sua pedreira estourou
Eu chorei e eu gritei

Me valeu seu Pedra Preta
Que é um caboclo de Xangô
(bis)
-3-
Pedra rolou e não caiu
Salve Xangô, que segurou.
(bis)
A pedra rola na pedreira
Meu pai bradou na cachoeira

Salve o Caboclo Pedra Preta
Que firma ponto à luz de Iacy
(bis)



Ponto do Caboclo Pedra Ruiva
No alto daquela serra
Eu vi um caboclo orando
(bis)
É o Caboclo Pedra Ruiva
Que seus filhos estão chamando

Caboclo Pedra Ruiva
É um caboclo curador
Trabalha nas matas da Jurema
Na falange de Xangô


Ponto do Caboclo Rompe Aço
A lua brilhou no céu
E toda mata clareou
(bis)
Ouvi um brado na pedreira
Era seu Rompe Aço de Xangô
(bis)


Ponto do Caboclo Serra Negra
O seu grito de guerra
Lá na mata, lá na serra ecoou
(bis)
Saravando todo povo de Umbanda
Caboclo Serra Negra chegou
(bis)
Ponto do Caboclo Serra Verde
Ele estava na Aruanda
Filho de fé foi chamar
Salve o Caboclo Serra Verde
Que vem lá do Juremá
(bis)
Com “sua” mano ele firma sua fé
(bis)
Salvando a Estrela Guia
E ao Caboclo Araré
(bis)



Ponto do Caboclo Sete Cachoeiras

-1-
É lá do céu que eu escuto a trovoada
Ela é tão forte que a terra estremeceu

Ô salve, salve Pai Xangô lá na pedreira
Chegou na Umbanda seu Sete Cachoeiras
(bis)

-2-
A sua banda lhe chamou
A sua banda lhe chamou
(bis)
Ouvi um brado na pedreira
Era de meu pai, seu Sete Cachoeiras
(bis)

-3-
O céu é lindo e o mar também é
(bis)
Lá aonde vai Sete Cachoeiras
Vai desmanchar toda essa mironga
Lá nas ondas do mar

-4-
Ouvi o brado de seu Sete Cachoeiras
Tremeu a terra balançou lá na pedreira

Ele é Sete Cachoeiras
É Cachoeira, é Cachoeira
Mas não é de brincadeira
(bis) 


Ponto do Caboclo Sete Montanhas

-1-
Quando ele vem
Pelos rio das pedras claras
Firmando a banda que ela é sua
Vejam que beleza
Sete Montanhas no clarão da lua



-2-
Voltando ao nosso terreiro
A lua cheia brilhou
(bis)
Saravando Sete Montanhas
Caboclo de Xangô
(bis)
Protegendo seu terreiro
Cruzando a beira mar
(bis)
Salvando todos filhos
Da nossa mãe Yemanjá
(bis)





Ponto do Caboclo Sete Pedreiras

-1-
Por detrás daquela serra
Tem uma linda cachoeira
(bis)
Onde mora Xangô
Que é dono das Sete Pedreiras
(bis)

-2-
Salve Xangô na cangira
Olha Xangô é quem manda
(bis)
Seu Sete Pedreiras
Firma nossa banda
(bis)
-3-
Xangô meu pai
Ele é Sete Pedreiras

Com sua machadinha de ouro
Cravejada de estrelas
(bis)



Ponto do Caboclo Sumaré
O curisco iluminou a mata
Meu Deus, mas que ventania!
(bis)
Era o Caboclo Sumaré
Que bradava ao romper do dia



Ponto do Caboclo Tacuiji
Tacuiji, Tacuiji, Tacuiji
Ele é filho da Cobra Coral
(bis)
Na sua mata o rouxinol cantava
Lá na Pedreira onde Xangô morava


Ponto do Caboclo Treme Terra

-1-
Caboclo nasceu na mata
Araré quem lhe criou

Sete dias de nascido
Pai Xangô lhe batizou
(bis)

Ele é Treme Terra de Umbanda
Caboclo meu protetor

Toma benção meu padrinho
Que Xangô me enviou
(bis)
-2-
O meu pai é seu Treme Terra de Umbanda
Ele é caboclo nascido no Juremá
Ele é mensageiro de Zamby Maior
Ele traz força e proteção pra esse congá




Ponto do Caboclo Urucutango
Eu vi caboclo bradando
E a sua pedreira tremer
(bis)
Ô saravá seu Urucutango
Nas horas aflitas venha nos valer
(bis)



Ponto do Caboclo Urucutu
Seu Urucutu é curisco
Que nasceu na trovoada
(bis)
Ele mora na pedreira
Levanta de madrugada
(bis)



Ponto do Caboclo Ventania

-1-
Ele vem com o sol
Ele vem com a lua
Ele vem com a noite
Ele vem com o dia
Ele vem com o vento
Ele é Ventania

-2-
Ventania nasceu na pedreira
Na pedreira nasceu ventania
(bis)
Na cachoeira ganhou coroa
Coroa que merecia
(bis)


-3-
Saravá Ventania saravá
Ele vem na Umbanda trabalhar
(bis)
Ogum dá, ê Papai
Ogum dá, ê Mamãe
Ogum dá, ê Papai
Ogum dá, ê... 
(bis)

-4-
Pegou na pemba, pemba quebrou
Pegou na pemba, pemba queimou

Chegou caboclo com o vento
Caboclo Ventania chegou
Chegou caboclo com o vento
Caboclo Ventania baixou 


Ponto do Caboclo do Vento
No alto daquele rochedo
Com a lua a iluminar
(bis)
Eu vi o Caboclo do Vento
Firmar seu ponto e não errar
(bis)

Ponto de Subida dos Caboclos de Xangô
-1-
Oré, eles vão orar...   (bis)
Que Jesus está lhe chamando
Oré, eles vão orar...   (bis)
Paz de Deus fique com todos
Oré, eles vão orar...   (bis)


-2-
É hora, é hora!
Ô paranga...
Pai Xangô vai embora
Ô paranga...
Com a mão na pemba
Ô paranga...
Ele cantou vitória
Ô paranga...



Fontes Bibliográficas
MATTA E SILVA. W.W. Lições de Umbanda (e Quimbanda) na palavra de um “Preto Velho”. 6ª ed. rev. e ampl.  Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1995.
MATTA E SILVA. W.W. Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda São Paulo: Ícone, 1999.
MATTA E SILVA. W.W. Umbanda de Todos Nós (a lei revelada). 7ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1992.
MATTA E SILVA. W.W. Macumbas e Candomblés na Umbanda. 2ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1977.

Pesquisa: Yacyamara neta de Matta e Silva