sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

                     A Confraria dos Espíritos Ancestrais
              (Governo Oculto de nossa Orbe )


A confraria dos espíritos Ancestrais é constituída dos espíritos mais antigos do Planeta Terra.
Como mais antigos, queremos dizer os espíritos que mais encarnaram e que há milênios deixaram de encarnar, porque foram os primeiros a esgotar to o carma individual pela roda das sucessivas encarnações.
Foram os pioneiros na formação das primitiva raças, desde á época mais remota de nossa orbe, até o período terciário ( quando se deram as primeiras materializações ou encarnações dos espíritos, aqui no Brasil - pelo planalto central, a primeira região do planeta a emergir do pélago universal), dali, surgindo 
sempre na vanguarda, até o ciclo da Lemúria, dos Atlantes, etc.
Esses espíritos conhecidos como Ancestrais acumularam elevadíssimas condições morais-espirituais, inclusive na sabedoria, sob todos os aspectos.
E é claro, portanto, que nessa Confraria se encontram os espíritos condutores de raças, os grandes magos, os célebres taumaturgos, os grandes profetas, os maiores gênios da filosofia, da ciência, bem como os grandes predestinadores ou reformadores e condutores das correntes religiosas, iniciáticas, espiríticas, esotéricas, como todos dentro de suas respectivas funções e graus correspondentes.
É nessa Confraria que se mantém "a verdade viva", isto é, zelam para que a Lei da Tradição pura sejam mantidas no seio do sagrado de seu santuário.
Dali é que são enviados os mensageiros ou missionários, para atuarem sobre as coletividades afins as citadas correntes.
E isso o fazem, sempre que necessário, para que, seja qual for o grau ou o plano das ditas correntes, se processe uma chamada para o centro, ou seja, para a luz, para a verdade, revivendo no meio afim os textos sagrados, a força viva da Lei, constantemente postergada.
Enfim, procuram sempre de todas as maneiras, incrementar o estado evolutivo ou moral-espiritual dessas coletividades, lançando em seu meio, através da encarnações, os precursores, reformadores, doutrinadores, os médiuns-missionários, etc.
A Confraria dos Espíritos Ancestrais está afeta a execução direta do Governo Oculto do Mundo, através de seus departamentos especializados que se ocupam, cada um, de um País ou das sub-raças que formam por sua vez, o povo de cada região e, por isso mesmo é que foi denominada pelos setores esotéricos mais adiantados de "Governo Oculto do Mundo".
Porém, é claro, insofismável, que essa Confraria está sob a chefia do cristo Planetário, ou seja, sob o comando direto de Jesus.
E quando dizemos que todos estão dentro de suas respectivas funções e graus, é porque permanecem em contato vibratório com as raças e com as correntes religiosas, espiríticas, iniciáticas, etc.., a que tanto se ligaram no passado e as quais continuam ajudando no caminho íngreme da evolução, sobretudo por força da responsabilidade cármica que assumiram desde o princípio.
Até no meio desta Augusta Confraria estão, também, os condutores das primitivas raças indígenas e seus remanescentes e, no nosso caso ( velando através das vibrações eletromagnéticas do Cruzeiro do Sul ) os velhíssimos payés (pajés), como guardiões fiéis do Tuyabaé-cuaá, ou seja, da sabedoria integral, assim como estão também, os primitivos sacerdotes da Lemúria, da Atlântida, da Índia, do Egito, da China, etc.., todos zelando pela única e verdadeira Tradição, que     
é, em substância, a eterna Lei Divina que rege todas as correntes.
Dizemos velando pela verdadeira tradição-isso não nos cansamos  de frisar- porque essa tradição, essa cabala que se espalhou do Oriente para o Ocidente, após o famoso "Shisma de Irshu" e pela qual quase todo o esoterismo se pauta, é falsa, foi deturpada pelos hebreus, que foram tão infelizes, ou melhor, tão castigados, que acabaram deixando cair as 78 lâminas nas mãos seus antigos donos- os sacerdotes egípcios, que as escondem até hoje.
Todavia, o livro Astral existe, ou seja, o original dessa Cabala Ária ou Nórdica. está nos arquivos astrais dessa confraria, aos quais nossos Guias têm acesso.
 E foi precisamente há pouco mais de um século, (segundo a palavra de um mago astral que se nos apresentou com o nome de "Caboclo velho Payé" ) que houve uma importante reunião nessa Confraria, para serem debatidos certos aspectos sombrios, que estavam influindo negativa e pavorosamente sobre o carma individual, grupal, e coletivo das criaturas adeptas ou praticantes das chamadas seitas afro-brasileiras.
Debateram a questão e chegaram a conclusão de quem urgiam providências. Um meio foi escolhido como o mais adequado: uma interpenetração nessa coletividade, de uma nova corrente astral, afim de opôr resistência, combater e entrar com a doutrina, completamente postergada nesse meio.
Como procederam? Ora, ligada ou fazendo parte também dessa Augusta Confraria, existe uma poderosa corrente conhecida em várias escolas como dos Magos Brancos. Urgia sua cooperação imediata para essa missão, pois era a única dotada de certos poderes, de certos meios, de certos conhecimentos apropriados para enfrentar esse dito meio.
Isso porque era patente estar esse meio contaminado pelo que existe de mais escuso no baixo astral, tudo sob a orientação ou comando voraz das legiões negras, ou seja, dos mais conhecidos e endurecidos magos negros do astral e de todos os tempos, ali atraídos, dada a mistura de ritos fetichistas, aliados a um baixíssimo sistema de oferendas.
Reunida a corrente dos Magos Brancos, debateram a questão e logo foram sendo escolhidos os "pontas de lança", os vanguardeiros, para essa nobre e espinhosa missão.
E assim foi que começaram a recrutar os pretos velhos, os caboclos, já no grau de Guias (porque, esses, por sua vez, recrutaram outros afins) que, como espíritos velhíssimos- dado o número de reencarnações esgotadas - acumularam pela experiência, pela sabedoria, os conhecimentos adequados da Magia, pois essa seria, como foi, a "arma" mais indicada para dar início a essa batalha gigantesca da luz contra as trevas.
Dessa reunião - em que se lançou mão de uma antiqüíssima e poderosa corrente, e em que se recrutaram outros espíritos elevados e afins ao carma coletivo dessa massa tida como de adeptos dos cultos afro-brasileiros, outra ação também ficou logo assente: incrementar os meios mediúnicos para que essa ação se firmasse com maior força de expressão sobre a credulidade e conseqüente aceitação dessa massa.
Fizeram ressurgir também um poderoso mantra, ou Nome Sagrado, que identifica essa antiqüíssima Corrente dos Magos Brancos do Astral e que , por força dessa adaptação de sons e fonemas, em nosso idioma, veio precisamente a ser pronunciado com UM - BAN - DAM ou Umbanda, para ser, como foi e é, a Bandeira para esse novo Movimento.


W W da Matta e Silva      





Os Magos Payés ( ou Pajés )


Os Magos Payés ( ou Pajés )
Por Maurício Omena (Yracuera)


A cerimônia de imantação dos maracás ou mbaracás, segundo Hans Staden ( que viveu muitos anos prisioneiro dos índios Tupinambás), envolvia um ato ritualístico que dava a esse instrumento ( que possuía em seu interior os itapossangas ) um som próprio que levava as sacerdotisas Ikanyabas a perder os sentidos e, em transe, profetizarem.
Os nativos do território brasileiro não eram exemplares de uma raça primitiva no início de sua evolução e, sim, os remanescentes de uma raça antiquíssima em plena decadência.
Os Mistérios Solares ( Guaracy ), os Mistérios Sagrados ( Tuyabaé-Cuaá ), em suma, tinham a noção perfeita de um Deus Único (TUPÃ), como da imortalidade da alma ( Na, Ang ou Angá ).
Os tupinambás, conforme a narração de Hans Staden, traduzida por Tristão Araripe e inserta na revista do Instituto Histórico e Arqueológico do Rio de Janeiro, possuíam conhecimentos esotéricos.
Tinham notícias muito precisas do Plano Astral e eram mestres no uso de mantras, com o uso da repetição monotônica de certos sons ( vogais, sílabas ou palavras acompanhadas de pancadas e movimentos rítmicos ) – Hans Staden chama cantos e momices, que iam crescendo até o máximo de celebridade possível ou diminuem até o máximo da lentidão, caíam em transe, entrando a predizer ( sem falhas ) os fatos futuros. Essas cerimônias ( segundo Hans Staden ) eram realizadas em guerras, viagens, por ocasião de epidemias, etc.
A interpretação dos sonhos era outro método de que se utilizavam os Payés para desvendar os segredos do porvir. Os Payés eram os magos mais elevados das tribos, tendo logo inferiores a eles os Karaybas, que eram tidos mais como feiticeiros, sendo um mago de menor categoria. Os Payés praticavam o hipnotismo, o magnetismo, a sugestão e a magia se utilizando do Caá-Yari no cultivo e colheita das ervas para a cura dos enfermos.
Na cerimônia de imantação dos maracás, os Payés recitavam, a meia voz, uma série de orações, diz Hans Staden. Falavam aos maracás e estes respondiam, estabelecendo-se um verdadeiro diálogo.
Toda a sabedoria dos Payés, segundo se afirmava, foi transmitida pelo primeiro deles, que se chamava Suman, que deixou entre eles a sabedoria dos Magos, o Tuyabaé-Cuaá, que entre outras coisas previa a vinda do messias Yurupary e o seu martírio, assim como, dava aos Payés a responsabilidade da manutenção das leis até a vinda do mesmo ( o que realmente houve, ainda no período pré-cabraliano ).
Isso deve fazer você, umbandista, pensar e chegar a algumas conclusões sobre esse antigo povo e seus Magos Payés.
Jornal Orixá 467