sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

                     A Confraria dos Espíritos Ancestrais
              (Governo Oculto de nossa Orbe )


A confraria dos espíritos Ancestrais é constituída dos espíritos mais antigos do Planeta Terra.
Como mais antigos, queremos dizer os espíritos que mais encarnaram e que há milênios deixaram de encarnar, porque foram os primeiros a esgotar to o carma individual pela roda das sucessivas encarnações.
Foram os pioneiros na formação das primitiva raças, desde á época mais remota de nossa orbe, até o período terciário ( quando se deram as primeiras materializações ou encarnações dos espíritos, aqui no Brasil - pelo planalto central, a primeira região do planeta a emergir do pélago universal), dali, surgindo 
sempre na vanguarda, até o ciclo da Lemúria, dos Atlantes, etc.
Esses espíritos conhecidos como Ancestrais acumularam elevadíssimas condições morais-espirituais, inclusive na sabedoria, sob todos os aspectos.
E é claro, portanto, que nessa Confraria se encontram os espíritos condutores de raças, os grandes magos, os célebres taumaturgos, os grandes profetas, os maiores gênios da filosofia, da ciência, bem como os grandes predestinadores ou reformadores e condutores das correntes religiosas, iniciáticas, espiríticas, esotéricas, como todos dentro de suas respectivas funções e graus correspondentes.
É nessa Confraria que se mantém "a verdade viva", isto é, zelam para que a Lei da Tradição pura sejam mantidas no seio do sagrado de seu santuário.
Dali é que são enviados os mensageiros ou missionários, para atuarem sobre as coletividades afins as citadas correntes.
E isso o fazem, sempre que necessário, para que, seja qual for o grau ou o plano das ditas correntes, se processe uma chamada para o centro, ou seja, para a luz, para a verdade, revivendo no meio afim os textos sagrados, a força viva da Lei, constantemente postergada.
Enfim, procuram sempre de todas as maneiras, incrementar o estado evolutivo ou moral-espiritual dessas coletividades, lançando em seu meio, através da encarnações, os precursores, reformadores, doutrinadores, os médiuns-missionários, etc.
A Confraria dos Espíritos Ancestrais está afeta a execução direta do Governo Oculto do Mundo, através de seus departamentos especializados que se ocupam, cada um, de um País ou das sub-raças que formam por sua vez, o povo de cada região e, por isso mesmo é que foi denominada pelos setores esotéricos mais adiantados de "Governo Oculto do Mundo".
Porém, é claro, insofismável, que essa Confraria está sob a chefia do cristo Planetário, ou seja, sob o comando direto de Jesus.
E quando dizemos que todos estão dentro de suas respectivas funções e graus, é porque permanecem em contato vibratório com as raças e com as correntes religiosas, espiríticas, iniciáticas, etc.., a que tanto se ligaram no passado e as quais continuam ajudando no caminho íngreme da evolução, sobretudo por força da responsabilidade cármica que assumiram desde o princípio.
Até no meio desta Augusta Confraria estão, também, os condutores das primitivas raças indígenas e seus remanescentes e, no nosso caso ( velando através das vibrações eletromagnéticas do Cruzeiro do Sul ) os velhíssimos payés (pajés), como guardiões fiéis do Tuyabaé-cuaá, ou seja, da sabedoria integral, assim como estão também, os primitivos sacerdotes da Lemúria, da Atlântida, da Índia, do Egito, da China, etc.., todos zelando pela única e verdadeira Tradição, que     
é, em substância, a eterna Lei Divina que rege todas as correntes.
Dizemos velando pela verdadeira tradição-isso não nos cansamos  de frisar- porque essa tradição, essa cabala que se espalhou do Oriente para o Ocidente, após o famoso "Shisma de Irshu" e pela qual quase todo o esoterismo se pauta, é falsa, foi deturpada pelos hebreus, que foram tão infelizes, ou melhor, tão castigados, que acabaram deixando cair as 78 lâminas nas mãos seus antigos donos- os sacerdotes egípcios, que as escondem até hoje.
Todavia, o livro Astral existe, ou seja, o original dessa Cabala Ária ou Nórdica. está nos arquivos astrais dessa confraria, aos quais nossos Guias têm acesso.
 E foi precisamente há pouco mais de um século, (segundo a palavra de um mago astral que se nos apresentou com o nome de "Caboclo velho Payé" ) que houve uma importante reunião nessa Confraria, para serem debatidos certos aspectos sombrios, que estavam influindo negativa e pavorosamente sobre o carma individual, grupal, e coletivo das criaturas adeptas ou praticantes das chamadas seitas afro-brasileiras.
Debateram a questão e chegaram a conclusão de quem urgiam providências. Um meio foi escolhido como o mais adequado: uma interpenetração nessa coletividade, de uma nova corrente astral, afim de opôr resistência, combater e entrar com a doutrina, completamente postergada nesse meio.
Como procederam? Ora, ligada ou fazendo parte também dessa Augusta Confraria, existe uma poderosa corrente conhecida em várias escolas como dos Magos Brancos. Urgia sua cooperação imediata para essa missão, pois era a única dotada de certos poderes, de certos meios, de certos conhecimentos apropriados para enfrentar esse dito meio.
Isso porque era patente estar esse meio contaminado pelo que existe de mais escuso no baixo astral, tudo sob a orientação ou comando voraz das legiões negras, ou seja, dos mais conhecidos e endurecidos magos negros do astral e de todos os tempos, ali atraídos, dada a mistura de ritos fetichistas, aliados a um baixíssimo sistema de oferendas.
Reunida a corrente dos Magos Brancos, debateram a questão e logo foram sendo escolhidos os "pontas de lança", os vanguardeiros, para essa nobre e espinhosa missão.
E assim foi que começaram a recrutar os pretos velhos, os caboclos, já no grau de Guias (porque, esses, por sua vez, recrutaram outros afins) que, como espíritos velhíssimos- dado o número de reencarnações esgotadas - acumularam pela experiência, pela sabedoria, os conhecimentos adequados da Magia, pois essa seria, como foi, a "arma" mais indicada para dar início a essa batalha gigantesca da luz contra as trevas.
Dessa reunião - em que se lançou mão de uma antiqüíssima e poderosa corrente, e em que se recrutaram outros espíritos elevados e afins ao carma coletivo dessa massa tida como de adeptos dos cultos afro-brasileiros, outra ação também ficou logo assente: incrementar os meios mediúnicos para que essa ação se firmasse com maior força de expressão sobre a credulidade e conseqüente aceitação dessa massa.
Fizeram ressurgir também um poderoso mantra, ou Nome Sagrado, que identifica essa antiqüíssima Corrente dos Magos Brancos do Astral e que , por força dessa adaptação de sons e fonemas, em nosso idioma, veio precisamente a ser pronunciado com UM - BAN - DAM ou Umbanda, para ser, como foi e é, a Bandeira para esse novo Movimento.


W W da Matta e Silva      





Os Magos Payés ( ou Pajés )


Os Magos Payés ( ou Pajés )
Por Maurício Omena (Yracuera)


A cerimônia de imantação dos maracás ou mbaracás, segundo Hans Staden ( que viveu muitos anos prisioneiro dos índios Tupinambás), envolvia um ato ritualístico que dava a esse instrumento ( que possuía em seu interior os itapossangas ) um som próprio que levava as sacerdotisas Ikanyabas a perder os sentidos e, em transe, profetizarem.
Os nativos do território brasileiro não eram exemplares de uma raça primitiva no início de sua evolução e, sim, os remanescentes de uma raça antiquíssima em plena decadência.
Os Mistérios Solares ( Guaracy ), os Mistérios Sagrados ( Tuyabaé-Cuaá ), em suma, tinham a noção perfeita de um Deus Único (TUPÃ), como da imortalidade da alma ( Na, Ang ou Angá ).
Os tupinambás, conforme a narração de Hans Staden, traduzida por Tristão Araripe e inserta na revista do Instituto Histórico e Arqueológico do Rio de Janeiro, possuíam conhecimentos esotéricos.
Tinham notícias muito precisas do Plano Astral e eram mestres no uso de mantras, com o uso da repetição monotônica de certos sons ( vogais, sílabas ou palavras acompanhadas de pancadas e movimentos rítmicos ) – Hans Staden chama cantos e momices, que iam crescendo até o máximo de celebridade possível ou diminuem até o máximo da lentidão, caíam em transe, entrando a predizer ( sem falhas ) os fatos futuros. Essas cerimônias ( segundo Hans Staden ) eram realizadas em guerras, viagens, por ocasião de epidemias, etc.
A interpretação dos sonhos era outro método de que se utilizavam os Payés para desvendar os segredos do porvir. Os Payés eram os magos mais elevados das tribos, tendo logo inferiores a eles os Karaybas, que eram tidos mais como feiticeiros, sendo um mago de menor categoria. Os Payés praticavam o hipnotismo, o magnetismo, a sugestão e a magia se utilizando do Caá-Yari no cultivo e colheita das ervas para a cura dos enfermos.
Na cerimônia de imantação dos maracás, os Payés recitavam, a meia voz, uma série de orações, diz Hans Staden. Falavam aos maracás e estes respondiam, estabelecendo-se um verdadeiro diálogo.
Toda a sabedoria dos Payés, segundo se afirmava, foi transmitida pelo primeiro deles, que se chamava Suman, que deixou entre eles a sabedoria dos Magos, o Tuyabaé-Cuaá, que entre outras coisas previa a vinda do messias Yurupary e o seu martírio, assim como, dava aos Payés a responsabilidade da manutenção das leis até a vinda do mesmo ( o que realmente houve, ainda no período pré-cabraliano ).
Isso deve fazer você, umbandista, pensar e chegar a algumas conclusões sobre esse antigo povo e seus Magos Payés.
Jornal Orixá 467

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

VOZES SOBRE UMBANDA 


Silencioso, na humildade do Congá, trabalhava, carregando a Missão da noite escura das Dívidas, a alvorada do Resgate, quando ví seus clarões iluminarem mais um "caminho" por onde minha alma extenuada tinha que passar, mas, antevendo os desenganos, vacilava.

Porém...o chamado era imperioso e dizia: anda, vai, escuta, observa e cumpra a tua parte.

E assim sendo, fui e cheguei. Puz-me a escutar as "Vozes" que falavam de Umbanda. De umas, as palavras fluiam eloquentes, empolgavam pelo conhecimento, buscando origens e explicações ...era a "cultura da doutrina".

De outras, o Verbo se espraiava vibrante, mostrando causas e coisas, citavam exemplos e interrogavam...era a ânsia de Saber.

De outras mais, que refletiam inteligências de mentes agéis explanando teorias belas, em cujas "imagens" se podia identificar o reflexo...dos Livros. E ainda outras se fizeram ouvir, veementes na imposição do "Eu Sei" emissora de vagas concepções...

E todas pareciam penetradas pela Fé. Entretanto, a triteza, filha da decepção, apoderou-se de mim e fêz com que descobrisse o porquê. Então elevando o pensamento ao Astral, fi-lo clamar angustiado:

...Oh! Senhora da Luz Velada!, Umbanda de Todos Nós..faltam aqui as "Vozes" daqueles que seus teus filhos diletos...Poderias Tu levar aos "quatro ventos", pelo som dos clarins da Falange de Jorge, uma pequenina e humilde "voz" com essa mensagem?...Ogans,"Babas", Pais-pequenos, Mães-pequenas, médiums que o forem de fato e direito, meus desconhecidos Confrades. Onde Estais?

Desçam de suas "Tendas" de sonho e perfume e venham "ver"e ouvir a Realidade...Por acaso não chegaram a seus ouvidos as notícias do que"esta se passando"? Se não, ouçam e "entendam"o que quero dizer: Nós, que somos os trabalhadores de todas as noites, veículos desses "Orixás" que nos ensinam a existência dessa mesma Umbanda; nós, primeiros a ser esclarecidos em seus fundamentos, que amassamos ser "pão de cada dia" e nos sentimos ferir em seus "espinhos"...nós é que somos os mais indicados a distribuír suas Pétalas...pois, sabemos, ELA existe no Jardim da Luz e do Merecimento, aspergindo sua essência aos sequiosos e aflitos que buscam seu Seio como guarida.

Assim, devemos reconhecer essas Verdades e "despertar"do ridículo em que ficamos quando certas interrogações nos são feitas do porquê - "em cada canto a coisa é diferente"?

Unifiquemos," pontos-de-vista", para não darmos o triste espetáculo, visto e revisto do "cada um por si" com uma banda própria...

Sim...porque APENAS numa coisa somos unos, é na FÉ...e fortalecido nela, com a vontade irmanada a um ideal, na inspiração de algo que está em mim e não é meu,ouço sempre uma "VOZ", súplice, dizer...Oh! Senhora da Luz Velada!, Tu, que acalentas nos braços os sofrimentos de todos os Planos, desvelando e dando a cada um, segundo seu grau,as verdades que estão em Ti...olha e vigia "ESSES" que vão ser encarregados de colher Teus ensinamentos...não permitas que, nessa hora, Teus "Congás" permeçam mudos, pois, BEM O SABES, quase todos estão "quêdos", testemunhas silenciosas de "panoramas e cenários"...aí, quão doloroso é sentí-los assim... e por quanto tempo ainda...Oh! Umbanda! Teus "Congás" ficarão "em funeral"?


W W DA MATTA E SILVA
UMBANDA QUEM ÉS? 


Oh! Senhora do Karmana...eis-me aqui, pobre "eu" que geme na penumbra da forma e exausto, se arrastando chega ao pé da Tua Porta...abafa êsse grito ansiado que vibra dentro de minha alma. Ele afere como se instrumentos invisíveis tivessem estacionado seus "NÚMEROS musicais de SONS COLORIDOS", num lamentoso DÓ...e escuta então.

Contas venho prestar; de YOXANAN, ordens cumpridas, dei; em ALERTAS, sua Voz lancei...; de ADVERTÊNCIA seus conselhos espalhei; de CÓLERA, seu "brado" vibrei, e somente o "eco" de um silêncio tumular foi a resposta que senti de "tuas almas" chegar.

 

Agora, genuflexo ao pó do "plano terra", torno a implorar; Oh! Senhora da Banda, sopra chamas de Luz em teus diletos filhos, pois parece, continuam na silenciosa expectativa do ser ou não ser, do duvidar ou crer, dize porque hei de ver tua Lei na interpretação obscurecida de umas "tantas quantidades", como se de papiros poluídos fossem os fundamentos teus....

 

Serás, por acaso, essa cigana corriqueira, enfeitada de colares de louça e vidro, que, em requebrados lascivos, danças e cantas, despertando o atavismo, essa herança discutível, e estendes as mãos onde as castanholas se chocam, mostrando no multicolor das "gangas', paisagens convidativas, que envolvem aconchegos e conchavos?

 

Seria talvez, essa dama coberta de seda e veludo, que habita nesses templos brilhantes de marmores furta-cores, onde se espalha a Vaidade de seus "donos", ou serás esse Vestal, de roupagens brancas, que no balouças das cortinas, deixa apenas aos míseros mortais, entrever um mundo de sonhos orientais, não se podendo distinguir que espécie de Umbanda és?

 

Serás ainda essa umbanda que alguns plantaram e outros querem semear, cujas raízes foram transformadas em galhos de Lendas e folhas de Mitologias, gerando frutos exóticos, cujo sabor esta em relação com a guia que "cada um tem" de ser seu único e exclusivo possuidor?

 

E será.Oh! porque será que teus Orixás estão em tão prolongado silêncio?

 

Será que por "verem" tantos e tantos aparelhos se construírem em veículospróprios e, em consequência, "dispensarem os serviços" desses mesmos guias e protetores, passando a fazer de tuas mais simples verdades, um fascinante baralho de "mirongas", procurando impingir a Gregos e Troianos, o A,B,C, que eles ainda não sabem nem por onde começar?

E assim, como sempre, na inspiração de algo que esta em mim e NÃO é meu, a YOXANAN clame: Mestre meu e de mais seis, mas que "fixado" em mim és como tu mesmo o disseste: TRADUZ, Senhor, essas vozes constantes que agora ouço...

Ele então, na transconfiguração empressionante de sua LUZ ofuscante, VEICULOU:

 

EU SOU A SENHORA DA LUZ VELADA, essa UMBANDA DE TODOS NÓS, Mãe Geradora de Todas as Ciências, pois que SOU a própria MAGIA,"veículo básico" do SUPREMO ILUMINADO...É por mim que SEUS "pensamentos-ordens" fazem as vibrações se conjugarem, da Unidade à Totalidade,do Marco Inicial ao Ponto Final da Única Verdade, RELIGANDO todas as místicas a uma só causa-original...

 

Eu ONTEM fui Aquela que conheci a tudo e a todos e SOU essa que desperta em toda alma, a concepção da EXISTÊNCIA DÊLE; em RAMA firmei seu VERBO REVELADOR, e DAÍ "meu manto ser sempre visto de várias formas";no entanto, EU SOU O PRÓPRIO  MANTO DO CRIADOR...

 

...mas, HOJE eu sou ONTEM e minha "IDADE" é revelada por uns "quantos na forma"e por outros "tantos no espaço", ORIXÁS que são em cima ou embaixo.

 

E ainda vos digo: minhas manifestações são"ordenadas por UM", dirigidas por VÁRIOS e executadas por MUITOS, pois que tudo "é movimento de SUA VONTADE",antes mesmo que ELE dessa "vida-ativa" aos INCRIADOS espíritos. CRIANDO-LHES "almas de Si", pelo sopro do Livre Arbítrio, desde quando começaram a GERAR SEUS PRÓPRIOS KARMAS...e assim velando, de YOXANAN, "ISSO" escutei e por quanto tempo ainda?


 
...isso eu não sei...  

W W DA MATTA E SILVA

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

NOÇÕES SOBRE A ETERNA DOUTRINA DA LEI DE UMBANDA

 A fim de incrementar a evolução de todos os Seres ou Espíritos carnados ou desencarnados que estão situados na faixa vibratória e Cármica da Corrente Astral de Umbanda, é que existem esses Caboclos, esses Pretos-Velhos etc., olhando, fiscalizando e ajudando de todas as maneiras positivas nos ambientes astrais dos terreiros e das tendas, que os chamam incessantemente, em tremenda barulhada, pensando que eles podem “incorporar” nos “cascões” da ignorância dos homens ditos e tidos como “médiuns”...
   Naturalmente que é imenso o esforço das entidades dentro desses ambientes, para incorporarem num aparelho de fato, a fim de poderem aplicar diretamente a Doutrina do Cristo Planetário dito como Jesus ou Oxalá.
Esses ambientes ruidosos, porém, têm seu lado bom, Pois cumpre a sua parte na lei natural das coisas. Nem tudo está preto no meio umbandista...
Existem muitas e muitas Casas de umbanda onde a Caridade é norma, é o pão de cada noite. Há centenas de umbandistas conscientes que não se “apavoram” nem se deixam envolver pela ostentação, pela vaidade de seus irmãos ainda escravizados ao aspecto exterior, vulgar, material das coisas que os olhos físicos gostam de ver...
Nós, umbandistas conscientes, não estamos arraigados aos exteriores que servem de escala e de contato para os planos superiores.
Quem se aferra a eles, são as criaturas dentro do sagrado direito de praticarem de acordo com seus estados de consciência ou percepção.
Concebemos a Lei de Umbanda como parte atuante na Terra, das Hierarquias Constituídas. Interpretamos a Lei de Umbanda como o Movimento destas Hierarquias Constituídas que originam mensageiros ou trabalhadores espirituais que são os espíritos chamados de “caboclos e pretos-velhos”, Orixás Intermediários, Guias e Protetores e que portanto representam a Lei de Umbanda.
O caminho que nos apontam é o do Amor, no duplo aspecto da Renúncia e da Caridade, não por nossa palavra apenas, pois nos consideramos muito aquém deste Amor-renúncia. Traduzimos a palavra como simples e despretensioso veículo destes “caboclos e pretos” que muitos desprezam, pensando serem eles calapalos ou xavantes ou pobres negros africanos egressos de carnações recentes, pois que só pensam ou têm em mente a visão de “mestres orientais”, sem quererem dar crédito quando afirmamos que estes mestres são os mesmo que se envolvem em outras roupagens. Eles não fazem escolhas pessoais, quando se trata de fazer a caridade ou incrementar a evolução das coletividades humanas.
Sabiamente se adaptam à mística, pelo relevo moral e espiritual, étnico, místico, social e religioso de cada povo ou raça.
O objetivo é atingir o estado de renúncia, porque é a forma de dinamizar a própria matéria orgânica, pelas vibrações do espírito, nos aproximando do Cristo, realizando gradativamente o Cristo em nós.
A meta das Entidades militantes da Lei de Umbanda não é apenas atuar em médiuns de incorporação – em maioria se prestam tão-só para servir, que quase sempre forçados pelas circunstâncias que os obrigaram a procurar o espiritual. Eles procuram médiuns com faculdades mais elevadas, a Fim de fazê-los missionários de luz.
Afirmamos, então, que o objetivo real dessas entidades é preparar mediadores entre esses médiuns, influentes ou com tendência-afim às luzes da verdade na própria consciência, para que possam ser, assim, os mediadores reais de suas mensagens ou ensinamentos, veículos adequados aos contatos superiores dos Orixás intermediários nas mensagens aceleradoras da evolução humana.
Ao falarmos nestes “caboclos e pretos-velhos”, queremos definir o mérito destes espíritos, oh! Irmãos que não querem ver! “Cegos, guias de cegos”, que vêem a luz do Sol estender suas vibrações pelos cumes das montanhas, para beijar o mais ínfimo dos seres... O Sol espiritual é para todos, oh! Irmãos criados nos “cascões” da ignorância ou da incompreensão religiosa!...
Por que desprezar o que não conhecem internamente? A sublimidade da obra está, justamente, na não seleção dos agrupamentos, quando se espalham as sementes! Quanto mais o “campo for agreste”, maior o mérito, pelo espírito de sacrifício e tolerância. É assim que nossas Entidades trabalham, ao se revestirem das formas apropriadas – tal e qual como as ferramentas que usam no preparo da terra de “um campo agreste”...
Seria inútil devassar a mata virgem, sob condições bravias, na roupagem dos ricos e potentados, de finos calçados e elegantes tecidos. Logo receberiam a reação dos “espinhos ou cardos” da incompreensão. Não seriam olhados na confiança pelo desajuste no alcance e assimilação – apenas com temor e desconfiança.
Irmãos! Assemelhem à imagem! Estados de consciência são questões de foro íntimo! Somente a psicologia destes “caboclos e pretos-velhos”, que é a divina Magia da compreensão e adaptação, ode vencer nos terreiros, quando impulsionam as criaturas pelos degraus da ascensão!
Oh! Irmãos! Que sentimos nós quando atingimos aquele degrau e olhamos os que ficaram nos outros! Sentimos dor e piedade. Dor, por vermos o quanto lutamos e ainda temos que lutar dentro das ações e reações da matéria às reencarnações! Piedade, por identificarmos neles a ilusão, mãe da amargura, a mesma que, no passado, nos levou através das lições a duras experiências...
Tentamos traduzir fagulhas desta palavra, desta doutrina de nossas Entidades! Amor-renúncia-caridade! Não para agradar ao meigo Oxalá, para que Ele interceda por nós, pelo nosso egoísmo, no temor de um “Deus Justiceiro”, que nos espera em julgamento no dia do “Juízo!” Pouco adiantará uma ascensão condicionada a este estado de consciência!
Elevemo-nos ao Cristo, Realizando dentro de nós mesmos a consciência crística, que nos conduzirá à Consciência UNA, ao DEUS-UNO!
UMBANDA é Movimento espiritual sério e não somente os sincretismos ou similitudes das práticas que as criaturas transformam na bizarria dos fetiches coloridos, que são os adornos que a vaidade embala, como se fosse da Umbanda!
Oh! Irmãos! Quem transforma os ambientes no desregramento das tendências que são os espíritos que conhecemos como “caboclos e pretos-velhos”! SÃO OS HUMANOS SERES QUE IMAGINAM “RECEBÊ-LOS” PARA ISSO OU AQUILO!


Fonte:MISTÉRIO E PRÁTICAS DA LEI DE UMBANDA
Autor: W. W. DA MATTA E SILVA (YAPACANI)
LIVRARIA FREITAS BASTOS S.A 3ª EDIÇÃO
ATENÇÃO!




"Aí de vós, doutores da Lei ! porque tirastes a chave da ciência: vós mesmos não entrastes , e impedistes os outros que entravam."
                                                                         
                              
    Este é um aviso a todos aqueles que vem deturpando Umbanda em seus mais elevados conceitos os quais transcendem a própria razão de ser .

Aí de vós , mestres de iniciação, que ostentam um título e um nome iniciático que já não ecoam mais no Plano Astral.

A vocês que foi dado o agô do Astral em desvendar os Arcanos desta Senhora da Luz Velada, são agora os mesmos que a estão deturpando.

Vocês são TRAIDORES desta mesma Umbanda que os recebeu de braços abertos, quando ainda encontravam-se cheio de mazelas e vicissitudes. Infelizmente a maioria de nossos irmãos sequer tem consciência de que estão sendo enganados e envolvidos por vocês.

"Oh! Cegos guia de cegos". Mal sabem eles que novas   "revelações" não vem sendo feitas pelos Astral Superior já faz algum tempo, devido a toda essa bagunça e confusão que as pessoas insistem em fazer e chamar de  Umbanda. Como fundar novas raízes, se a inicial ainda nem foi assimilada? Além do mais, para uma raiz ser nova, deve ter, obviamente,  somente conhecimentos da entidade que a esta implantando e não antigos conhecimentos como os de Pai Guiné, Pai Ernesto e Pai Tibiriça ,apenas mudando um pouco daqui e  dali .

O que vocês estão fazendo é estragando tudo o que já foi feito em prol desta religião, somente por não conterem   "seus egos esacerbados " e  sua imensa vontade de aparecer e serem iguais ao antigo Mestre.Este sim, Mestre de fato e direito que lutou durante toda sua jornada para colocar a Umbanda em seu devido lugar.  O que será que ela deve estar pensando sobre vocês agora? Realmente, "quando o pastor vai embora o rebanho fica desorientado". Por último, gostaria de afirmar que não nos importamos com o que vocês fazem, Senhores Mestres de Iniciação, porém não chamam de Umbanda.    
                                                           

                                                   Eduardo ( Abatinan )       

terça-feira, 17 de janeiro de 2012









Obrigado Deus, por me permitir evoluir e fazer de minhas vitórias e derrotas, os marcos concretos de minha obrigatória evolução.

Mais do que ver e perceber o outro é preciso se interiorizar e fazer de nossa caminhada uma marca de mudança interna (microcosmo). Além disso, é preciso deixar de ser orgulhoso e perceber que todos nós temos obrigações uns com os outros, mesmo que ainda não entendamos bem tais obrigações.


Pensar em ano Novo é pensar em reforma interna, utilizando o ano que passou como um basilador de nossas novas atitudes. Deixar de querer inventar e fazer parte do movimento cósmico de harmonia, torna-se uma boa idéia. Deixar de subverter, mentir, criar cismas, conflitos e outros vícios oriundos do orgulho, é mais que uma obrigação, é uma meta.
Lembrem-se que todos os que nos cercam tem representação microscósmica em nossas vidas; nossos pais representam todos os pais do mundo, nossos filhos, todos os filhos do mundo e nossos irmãos todos os irmãos espalhados por todos os recantos da terra. Deixar de exercer a caridade dentro de nossa casa e furtar com o dever cósmico de ser caridoso e generoso de forma absoluta, ou seja, se tornar um cidadão do mundo.

Pense nisso, releia a cartilha de sempre, dedique um tempo ao texto abaixo, ele apesar de ser antigo é fielemente atual e seu bom entendimento e prática pode nos livrar de muitas armadilhas.


O CAMINHO RETO DA INICIAÇÃO NA UMBANDA


Caríssimo leitor. Você já estará certamente convencido, conscientemente compenetrado, pelo que vem lendo e assimilando, de que a Corrente Astral de Umbanda é um fator vivo, imperante. Existe, expressa-se e se relaciona através de milhares e milhares de Falanges de Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças, Guias e Protetores. Como Guias identificamos as entidades que estão num grau muito mais elevado ou possuem conhecimentos gerais muito mais amplos do que os que se encontram no grau de Protetores.


Os Guias operam no cabalismo profundo da Magia dos Sinais Riscados - que denominamos também de Lei dePemba, e os Protetores, via de regra, são auxiliares, trabalham, isto é, operam na Magia, dentro de seus conhecimentos, porém num âmbito relativo e mais simples. Os Guias não são comuns ou afins à maioria dos médiuns; nesse caso estão os Protetores, e assim mesmo somente através dos que sejam médiuns de fato, positivos. De qualquer forma, com ou sem médiuns, as Falanges atuam sobre a coletividade umbandista, fiscalizando, frenando, amparando. Não confundir, portanto, animismo, fanatismo, influência de "quiumba" e mesmo a mistificação vaidosa, consciente, que também são fatores reais, com a legítima manifestação do Guia ou Protetor de fato e de direito. Devemos tolerar os senões apontados, visto serem produto da falta da Doutrina especializada, da ignorância, e sobretudo porque eles definem estados de consciência "dando cabeçadas nos degraus da evolução".

No entanto, desculpar ou tolerar não é compactuar, submeterse, aliar-se. Assim, o leitor já deve ter deduzido definitivamente que os valores postos em ação e reação pela mentalidade da massa são circunscritos, isto é, "medidos, pesados e contados" pelo seu grau de mentalidade ou de alcance do intelecto, e não como o produto direto da atuação das genuínas Falanges de Caboclos, Pretos-Velhos, etc.

Bem, sabemos que são inumeráveis os desiludidos por via desses fatores reais. Sabemos que se contam às centenas os simpatizantes, adeptos e mesmo iniciados inconformados e muitos até envolvidos pela sombra da descrença, dado que confundiram, misturaram o que era do humano médium com o que pensaram ser do próprio Guia ou Protetor. Conceitos errôneos adquiridos por força de tantos impactos, de tantos fracassos e de tantas desilusões, humanas, é claro. Um nosso caso particular elucida bem o que desejamos ressaltar:

"Aos 16 anos de idade tivemos a oportunidade surpreendente de falar e receber conselhos, inclusive três profecias do caboclo Yrapuã, através de urna mocinha, médium, mas de família carola, católica. Durante seguramente uns vinte anos - depois que nos embrenhamos na seara umbamdista - falamos com vários 'Yrapuãs', sem que jamais nos tenham reconhecido ou identificado, pois aquela entidade nos havia dito que voltaria a falar-nos no futuro, tendo ainda o cuidado de nos ter avisado de que, com esse nome, só existia ele mesmo. Esse retorno real aconteceu, porém, há uns dois anos atrás e por intermédio deum médium que jamais nos havia visto. Yrapuã veio confirmar os acontecimentos realizados e profetizados. Logo após subiu em definitivo; foi oló".

Por essas e por outras, oh! irmão, não é que você vai deixar de se filiar diretamente à Sagrada Corrente Astral de Umbanda, composta essencialmente dos Guias e Protetores astrais; passe por cima dessa subfiliação que implica em você se deixar cair, ou envolver, na faixa vibratória de um médium qualquer, quer seja chefe de terreiro, pai ou mãe-de-santo, tata ou lá o que for.

Isso porque as condições reinantes, de chefia, doutrina, ritual e magia, são dúbias, e você sendo urna pessoa que lê, estuda, perquire e compara, na certa não vai, nem deve, submeter-se a um "quiumba" qualquer, arvorado a caboclo ou preto-velho. Você, sendo um verdadeiro "filho de fé" da Corrente Astral de Umbanda, não deve ficar na dependência e no temor dos "caprichos de A ou de B", sabendo que o elemento mediúnico é humano; é "aparelho" sujeito a desgaste, erro, subversão de sua própria mediunidade ou dom.

E mesmo que o médium seja bom, positivo, correto, esclarecido e com bons Guias ou Protetores, está sujeito a morrer, adoecer e a errar também, podendo inclusive surgir um problema qualquer no terreiro com você e conseqüente afastamento; portanto, a filiação direta e tão-somente a faixa espirítica, moral e vibratória de um chefe de terreiro não é o bastante para lhe acobertar de eventuais problemas ou decaídas mediúnicas, cisões, etc. Entenda bem: se você é filho de santo ou iniciado por um Guia ou Protetor de um médium, está, ipso facto, ligado essencialmente quer à sua corrente espirítica mediúnica, quer às suas condições mentais ou psíquicas, morais, etc., isto é, fica envolvido inteiramente em sua orientação, práticas, subpráticas ou rituais.

Se ele morre, erra ou decai na moral e na mediunidade, lógico que você fica impregnado, comprometido com todos os fatores mágicos, ritualísticos ou práticos e astrais a que tanto se ligou por intermédio dele, e se você brigar com ele e se afastar, muito pior, porque haverá forçosamente um impacto moral, mental, astral, isto é, um choque de correntes, quer a razão esteja com você, quer com ele, e como a maioria desses chefes são vaidosos e cheios de sensibilidade, esperam que o caso não fique assim ... assim ... entendeu, não é?

Por essa e por outras é que existe, acertadamente, no culto africano a tirada da mão de vumi, isto é, ninguém que enxergue um palmo do assunto deseja ficar ligado às influências astrais do defunto "pai-de-santo", ou aos impactos decorrentes de uma decaída ou cisão. E se levarmos diretamente ao caso do erro ou da subversão dos valores morais-mediúnicos, tanto pior, pois aí é que você vai receber a metade da pancadaria, ou melhor, as sobras da derrocada. Lógico.

Você estava ligado, comprometido e até participava de trabalhos especiais constantemente (embora inocente ou inconscientemente, na confiança), como queria ficar isento dessas injunções? Magia é magia. Astral é astral. Ligação é ligação. Raciocine, entenda e compare.

Então, não convém a ninguém (adepto ou iniciado) ficar sujeito a essas eventualidades ou condições, mesmo que o médium seja da linha reta, em tudo por tudo. Não mantenha ilusões, estamos lhe dando um recado, que vem muito de cima e não de baixo.

O que lhe convém é se pôr a coberto de qualquer uma dessas eventualidades, filiando-se por cima de tudo isso e diretamente à Corrente Astral de Umbanda - a sua Cúpula Astral, composta dos Guias Espirituais, que são os seus legítimos mentores; esses jamais subverterão essa cobertura, essa proteção, porque não são humanos, não são médiuns.

Se você seguir o que vamos aconselhar, vinculando tudo ao item 2, do qual vai inteirar-se logo adiante, nada terna, nem mesmo o seu chefe, quer seja caboclo ou preto-velho, quer seja o próprio médium, porque o Guia ou Protetor, seu ou desse médium, não pode negar, nem desfazer e nem obstruir isso, alegando qualquer coisa, porque se assim proceder, não é um legítimo integrante dessa Sagrada Corrente Astral de Umbanda, visto estar na obrigação de saber que a Ordem é de cima, da Cúpula Astral, e não de baixo, pessoal, nossa. E não se esqueça, irmão, todo "quiumba" prima pela vaidade, arrogância e desfaçatez.


Tudo o que lhe vamos TRANSMITIR redundará numa FILIAÇÃO ou numa INICIAÇÃO Astral DIRETA - não alterando outros fatores ou valores, e se o fizer, é para melhor, mesmo que você conserve outros talismãs ou colares particulares, de seus protetores, de seu terreiro. Porque por onde vamos encaminhá-Io encontrará urna superfiliação e não apenas urna subfiliação, pois vai implicar em:


1º) conselhos e advertências claras, positivas e irreversíveis dentro da Linha da Reta Iniciação;

2º) consolidação disso tudo, numa GUIA CABALÍSTICA, ordenada e CONSAGRADA pela Cúpula da Corrente Astral de Umbanda, que sintetiza, representa e traduz: a) os Sagrados Mistérios da Cruz; b) o Signo Cosmogônico da Hierarquia Crística; c) a Alta Magia da Umbanda e a sua identificação corno genuíno adepto ou iniciado umbandista. Essa guia (colar com a cruz e o triângulo – veja adiante) define cabalmente o lado A - UMBANDA Evolutiva, o lado B - Africanismo degenerado, catimbó, pajelança, rituais confusos, práticas grosseiras, mescladas, etc. Atente primeiro para as questões relacionadas com o item 1º. Pratique a caridade, seja lá corno for; por intenção ou sentimentos bons, por generosidade e até mesmo por vaidade - faça a caridade, quer material, quer moral, quer astral-espirítica.

O único "talão de cheque" que você pode levar quando deixar essa sua carcaça apodrecendo lá na cova é esse; único pelo qual pode sacar no Banco Cármico do Astral. Lá você pode depositar suas "ações", sujeitas até a "correção de valores" entre seus méritos e deméritos, e onde se aplica a regra eternal do "fora da caridade não há salvação".
Não aceite a baleIa que por aí pregam, de que "a caridade sem a boa intenção nada vale". Isso é força de expressão doutrinária "de nossos melodiosos irmãos kardecistas".
Toda ação positiva, quer parta da pureza intencional, quer parta simplesmente da generosidade, quer seja impulsionada apenas pela vaidade, produz um benefício, um conforto, uma satisfação, um alívio.

Portanto, será contada, medida e pesada, para que se lhe atribua um valor. Entretanto, a caridade não se restringe apenas ao socorro aos que estão necessitados de comida, roupa ou medicamento; há outros elementos, por via de certos conhecimentos, poderes psíquicos e mediúnicos. Os desesperados e decaídos por causas morais, emocionais e astrais são incontáveis e a esses nem sempre o pão e a roupa fazem falta. Asseveramos isso de cadeira, porque militamos como "curandeiros e macumbeiros" há quase trinta anos. Sim, porque, via de regra, o médium que cura é logo apodado de "curandeiro" pelos interessados, invejosos, despeitados e contrariados, e se ele for de Umbanda, adicionam logo: "é macumbeiro".
Assim, afirmamos que há desesperos e traumas de toda espécie, complexos terríveis, que somente um "curandeiro experimentado ou um médium-magista pode enfrentar e curar". Da medicina especializada aos terreiros é onde termina a via-crucis de um sem-número de infelizes, do corpo e da alma.

A verdadeira Iniciação da Corrente Astral de Umbanda é subir pelo merecimento, pela vontade férrea, os degraus do conhecimento e do poder, a fim de adquirir as condições indispensáveis à prática desse tipo de caridade.

Para que você vive, irmão? Só para comer, beber, gozar, procriar... e vegetar? Isso os irracionais também fazem. Assim você sobe e desce, sempre navegando nas mesmas águas.
Procure ser útil a seus semelhantes, e da forma mais positiva, mais aproveitável e real, que se traduz na caridade pela sabedoria. Amor somente não o levará à verdadeira Iniciação; tem que irmaná à sabedoria das coisas.

Então, como já explanamos especialmente essa questão de caridade, esperamos que você faça tudo para pautar sua conduta dentro desses singelos itens:

a) Escute muito, observe muito e fale pouco. Não seja um impulsivo. Domine-se. E quando o fizer, que o seja para conciliar, amparar, mas sem ferir o ponto fraco de ninguém.

b) Não alimente vibrações negativas, de ódio, rancor, inveja, ciúme, etc. E nunca perca seu tempo, para não desperdiçar suas energias neuropsíquicas, na tentativa de convencer um fanático, um arrogante ou pretensioso, seja de tal ou qual setor, mormente do religioso.

c) Não tente impor seus dons mediúnicos, ressaltando sempre os feitos de seus guias ou protetores. Tudo isso pode ser bem problemático, e não se esqueça de que pode ser testado, ter desilusões, até porque, se tiver mesmo dons e poderes, eles saltarão, e qualquer um logo perceberá. Isso o "zé-povinho" cheira de longe.

d) Não mantenha convivência com pessoas más, invejosas e maldizentes. Isso é importante para sua aura, a fim de não ficar sobrecarregado com "as larvas ou os piolhos astrais" desse tipo de gente. Tolerar a ignorância não é partilhar dela.

e) Tenha ânimo forte, através de qualquer prova; confie, espere, mas se movimente de acordo com o que vai aprender relativo ao item 2.

f) Não tema ninguém, pois o medo é prova de que está com algum débito oculto em sua consciência pedindo reajuste.

g) Não conte seus "segredos" assim, a um e a outro, pois sua consciência é o templo onde deverá levá-Ios a julgamento; todavia, deve saber identificar um verdadeiro amigo, e o faça seu confidente. Isso é bom. Ninguém deve ficar "remoendo" certas coisas na consciência.

h) Lembre-se sempre de que todos nós erramos, pois o erro é humano e fator ligado à dor, à provação e, conseqüentemente, às lições com suas experimentações. Sem dor, lições, experiência, não há carma, não há humanização, nem polimento íntimo – o importante é não reincidir nos mesmos erros. Passe uma esponjano passado, erga a cabeça e procure a senda da reabilitação e aprenda a não se incomodar com o que os outros disserem de você; geralmente aquele que fala mal de outro tem inveja, despeito ou uma mágoa qualquer.

i) Conserve sua saúde psíquica zelando pelo seu moral, ao mesmo tempo que cuide da física com uma alimentação racional; não force sua natureza a se isentar da carne, se você verificar que seu organismo sente a sua falta; não abuse de fumo, álcool ou qualquer outro excitante.

j) Na véspera e logo após a sessão mediúnica não tenha contato sexual, especialmente se for participar de algum trabalho de descarga, demanda, etc., dentro de uma corrente mágica ou de oferendas.

k) Todo mês, escolha u m dia a fim de passar algumas horas em contato com a natureza, especialmente um bosque, mata ou cachoeira. O mar não se presta muito à meditação ou à serenidade quando está um tanto ou quanto agitado”. (...)

W. W. Matta e Silva

Livro Doutrina Secreta de Umbanda.

Se meu burro falasse!




Sempre que posso faço dois exercícios, um deles consiste em me desligar de todo universo afeto a Umbanda. Onde fico dias sem ler, escrever, pesquisar, ver ou me ater a atos externos praticados em favor ou contra a Umbanda. Chamo tal ato de oitiva da voz coletiva, ou melhor, é um momento em que passo a ouvir o coletivo, através de um ato de silêncio.

Bem, sendo este um problema que é da minha única e exclusiva conta, tomo a liberdade de mostrar a você que é tão humano quanto eu, que existem muitas formas de tirarmos as vendas que nos atrapalham a visão. Assim, descrevo a segunda forma de exercício ligado a Umbanda que praticamos, a qual chamo de exercício de auto análise ou de crítica construtiva. Em que pese a possibilidade de desequilíbrio entre o inconsciente e o consciente que sempre surgem com resultado, no final a concretização de tal ato é por vezes muito gratificante.

Começamos pensando nos benefícios que a religião de Umbanda e sua religiosidade têm trazido para humanidade. Depois pensamos nos benefícios que a religião de Umbanda tem trazido para o ser humano. Após analisamos os benefícios para o nosso país, depois para a nossa cidade, nosso bairro, nossa casa, nossa família e finalmente para nós mesmos, nos permitimos uma crítica. A qual tem lugar após estas primeiras análises, onde colocamos sobre crítica a importância da Umbanda para as pessoas de credo diferente dos nossos. Fazemos também uma crítica das sociedades cuja base religiosa possui uma diversidade das coisas que aparentemente são diferentes das que cultuamos na Umbanda, vamos ainda analisando os povos espalhados pelo mundo, nações terrenas e até mesmo extraterrenas.

Confessamos que após anos de análise profícua sobre a religião e a religiosidade de Umbanda, afirmamos categoricamente que somos muito inocentes e presos a forma. Nossa forma de leitura, inclusive a minha, é muito limitada. Analisamos as coisas de forma muito medíocre e apegada, por isso sofremos tanto.

Acreditamos, sem sombra de dúvidas, que o simples fato de darmos nome a nossa manifestação do sagrado já limita seu poder natural de manifestação. Criamos barreiras e falamos uma linguagem ininteligível aos nossos corações e cercamos de mimos um projeto que busca muito mais do que nossas limitadas intenções e capacidade de perceber e entender o sagrado.

Roupa branca, preta, vermelha, azul ... colares, miçangas, velas, bichos, atabaques, comidas, gritos, berros, macumbas, feitiços, magias mortas e vivas, garfos e facas, roças, terreiros, choupanas, farofas, sinais, pontos, pólvoras, velas, flores, cachaça, dendê, pimenta, cantigas, cantos e etc. Nada disso é Umbanda e ao mesmo tempo deixa de ser sua manifestação, pois muito mais que objetal, a Umbanda é uma intrincada manifestação de abarcamento e filosofia de vida. Ela avança sobre o fetichismo e espera pura e imutável pela nossa presença e vontade de mudar o nosso destino. Umbanda é vida, ela, graças ao grande espírito, não encarcera ou escraviza. Suas várias faces se adaptam a busca de cada ser, mas ela continua imaculada e bela, sem perder-se pela vontade e vaidade de cada um dos atrasados seres que se alimentam em suas sagradas fontes de conhecimento.

Para finalizar ainda existe uma última análise. Esta é feita no interior de cada ser, ela sem nenhum vício de resistência, analisa as nossas burradas, ou melhor, nossos atos de inconseqüência e ignorância. Nesta hora devemos ouvir o burro que existe dentro de cada um de nós. Dói um pouco, mas este burro precisa falar e quando um burro fala o outro abaixa a orelha. Devemos nos posicionar com um mínimo de dignidade e afastar as fontes de erro que nos fazem sofrer tanto. Deixe seu burro falar, para depois você não se arrepender de não ter deixado que o mesmo azurrasse por sua necessária mudança.

Aratanan – Ouça o burro que existe em voce, não seja ele

TEXTO EXTRAÍDO DO BLOG:

Onde buscar a Umbanda?




Você que está chegando à banda agora e mesmo você que já esta há alguns anos a perfilar as colunas da bandeira branca de Oxalá, cuidado. Cuidado em primeiro lugar com você mesmo, pois tudo de bom ou ruim que você colher é fruto do plantio feito a alhures pela vossa clara caminhada evolutiva. Já que chafurdamos nas lamas de reencarnações passadas e por impositivo da lei estamos mudando obrigatoriamente nossos graus consciencionais, receba o alerta de cuidado pessoal com seus instintos.

Existe grande diferença entre, luz, sombra e trevas. E como a Natureza não dá saltos, e, estamos no processo de regresso à luz, devido a queda de nossas consciências nas trevas que nos aniquilam a vontade, cuidado. Pois, somos fruto de nossas desmedidas atitudes e valorizamos muito o que não presta e é ruim. Penso inclusive que somos moldados já na infância a acreditar que o mal vence. Lembre-se só: “- Menino não mexe nisso que a bruxa vai te pegar; não pega nisso que o homem do saco vai te levar; não responde que a mula sem cabeça vai te levar, ...”. Uma vez adulto, estas informações ficam embutidas no nosso pensar, assim valorizamos muito o que é mal em desfavor do que é bom e nos liberta.

Esta tendência nos acompanha pelo resto da vida. E pela grande ênfase e valorização do mal que carregamos, somos vítimas de nós mesmos todo o tempo. E por incrível que possa ser temos de forma costumeira medo do mal, dos espíritos, das assombrações e companhia limitada, apenas por terem incutido em nossas mentes o poder que o mal tem de nos arrebentar a fé. Não nos esqueçamos que os espíritos, os fantasmas, as almas e companhia limitada são nós mesmos. Após os estágios na vida física, passamos a habitar o mundo paralelo e espiritual, por clara conclusão, somos nós mesmos os fantasmas, espíritos, ou seja lá o que você quiser inventar.

Diante disso, todo aquele que dominar o mal que existe dentro de nós é vitorioso e também nos domina. Basta incutir, um trabalho, uma magia, olho grande, demanda, despacho, sapironga e até mesmo uma vingança pessoal por parte dos espíritos que nos assistem, para que o mal se instale em nossas pobres almas desvalidas. Daí pra frente é um Deus nos acuda, pois a nossa tendência como sempre, é valorizar o mal que nos faz escravos de nós mesmos.

Outrossim, quando a coisa toma conta dos dirigentes de terreiro o negócio fica feio, pois quando o acesso aos bons espíritos é fechado e só sobra o que é mal, não existe outra escapatória do que se aliar ao mal que sempre valorizamos. E ai minha gente muito do que foi dito e pregado vai pelo ralo, pois sustentar o bem às vezes não nos trás nenhum pagamento perceptível em um primeiro momento, mas chafurdar no mal, nos trás uma série de aborrecimentos. Dentre deles a perda de contato com os irmãos espirituais que tanto nos amam no bem, ficando a desdita de quem os ignora arvorada nas falsas manifestações e na tentativa desesperada de fazer tudo aquilo que um dia se reservava a bondade pessoal de cada um.

A lei é clara, não tente mudá-la, o mal sempre será transformado em bem, não o contrário. Tem muito irmão por ai que pensa e age de forma contrária, mas o problema é dele, não nosso, Graças a Deus.

Nosso alerta – cuidado. 
http://umbandaeuniversalismo-umgritodealerta.blogspot.com/