quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Yorimá 
Linha ou Vibração Original de Yorimá, que significa Potencia ou Ordem Iluminada da Lei. Essa é a linha ou a faixa afim sob a qual estão situados todos os Espíritos que podem exercer uma ação geral sobre os encarnados. 

É a Faixa Vibratória que congrega os mestres da magia, da terapêutica natural e oculta. Senhores do cabalismo, são, por excelência os consultadores dos terreiros, os mestres da Magia em fundamentos e ensinamentos, os Senhores da Experiência, adquirida através de seculares encarnações. 

Segundo a Lei do Verbo, essa Vibração traduz: Potência, Ordem, Princípio Permanente.

Composta dos primeiros Espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações. São os Orixás, velhos, verdadeiros Magos, que velando suas formas kármicas, revestem-se das roupagens de Pretos-Velhos, distribuindo e ensinando as verdadeiras mirongas, sem deturpações.

Manipulam a magia positiva sob todos os aspectos, inclusive pelas rezas, tudo se relacionando com os elementares eólicos e telúricos da corrente eletromagnética do planeta SATURNO. 


ATUAÇÃO E MANIFESTAÇÃO MEDIÚNICA

Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a Roupagem Fluídica de Pretos e Pretas Velhas.  Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha dos Pretos-Velhos, Linha de São Cipriano, Linha dos Cacarucaio e até como Linha das Almas.

São senhores do conhecimento em toda espécie de magia, donos dos mistérios da natureza e da alma e senhores dos mistérios da pemba nos sinais riscados.

Apresentam-se humildemente, falando um pouco embrulhado, mas, se necessário, usam a linguagem correta do aparelho ou do consulente. Falam compassados e pensando bem no que dizem. Raramente assumem chefia de cabeça, mas invariavelmente são os auxiliares dos outros Guias, o seu braço-direito. Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação, através da fumaça. 

Seus fluídos são fortes, porque pegam bem o aparelho. Começam suas vibrações fluídicas de chegada, sacudindo com certa violência a cabeça e o ombro, em paralelo com o arcar do tórax e das pernas. 

Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros inferiores, com a posse do aparelho, conservando-o sempre curvado. Seus fluídos de presença vêm como uma espécie de choque nervoso sobre a matéria e emitem um resmungo da garganta aos lábios, quando firmes na incorporação.

Os pontos cantados são os mais tristonhos entre todos e revelam um ritmo compassado, dolente, melancólico; traduzem verdadeiras preces de humildade. 

Os pontos riscados obedecem a uma série de sinais entrelaçados, às vezes retos, outros em ângulo. Temos encontrado neles, sinais semelhantes a certas letras dos alfabetos primitivos e dão logo os três sinais riscados expressivos da Flecha, Chave e Raiz.

Nas formas de pretos e pretas-velhas, existem os que se apresentam, por afinidade, como um angola, um congo, um cambinda, etc. e costumam  conservar em sua forma astral, certas características que identificam chefia, entre os povos da raça negra, muito comum entre os que são qualificados como Protetores. 

As denominações de Congo, Angola, Moçambique, Mina, etc. está geralmente ligada à uma raiz iniciática, ou seja, locais onde eles tiveram suas iniciações em encarnações passadas, que neste caso foi no continente Africano. Os que se dizem da Bahia ou de Minas, geralmente foram espíritos de grande evolução, grande rezadores em tempos bem distantes.

Alguns dizem ser das Almas. Almas significa uma graduação. O espírito atinge um nível evolutivo tal que foi recrutado para a falange das Santas Almas Guardiãs do Cruzeiro Divino, atuando sob a chefia direta de São Miguel.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
MATTA E SILVA. W.W. Lições de Umbanda (e Quimbanda) na palavra de um “Preto Velho”. 6ª ed. rev. e ampl.  Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1995.
MATTA E SILVA. W.W. Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda São Paulo: Ícone, 1999. 
MATTA E SILVA. W.W. Umbanda de Todos Nós (a lei revelada). 7ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1992.
MATTA E SILVA. W.W. Macumbas e Candomblés na Umbanda. 2ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1977.
Pesquisa: Yacyamara neta de Matta e Silva

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